13.4.11

Os nossos sabores

Por A.M. Galopim de Carvalho

OS AROMAS e os sabores prevalecentes na nossa memória, alguns já desviados da linha tradicional, são os que tivemos à mesa dos nossos pais e que ainda hoje persistem no nosso quotidiano. São os colhidos ao longo de uma vivência alentejana com fortes laços nunca interrompidos. Basta atravessar o Tejo e ir até Almada, à Cova da Piedade, ao Seixal, ao Barreiro ou ao Montijo para nos sentirmos em casa, não obstante a fronteira administrativa estar muito mais para lá. A emigração do alentejano para a capital não atravessou o gargalo do grande Rio, assentou arraiais na Outra Banda e isso sente-se no falar das gentes, na praça do mercado, onde não faltam o pão caseiro, os nossos enchidos, os queijos de ovelha, a massa de pimentão, as beldroegas, os poejos, e a hortelã da ribeira. A nossa preferência tem muito de cultural, está ligada às origens, o que não impede que reconheçamos Portugal, de Norte a Sul, como o país com a cozinha mais saborosa do mundo, opinião muito pessoal que damos com os fundamentos de quem já se sentou à mesa em muitas latitudes e longitudes. (...)
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