Uma Semana no Corvo
Por Alice Vieira
12 DE OUTUBRO, 4ª FEIRA
CHEGUEI ao fim do mundo.
Mal entrei neste quarto que vai ser a minha casa até à próxima semana, deixei-me cair em cima da cama, e ainda não percebo o que me espera. A única coisa que sei é que, desta estada terá de sair, mais tarde, o texto para um livro de fotografias do Jorge Barros. Que me impôs um único requisito: que eu, que nada sei do Corvo, assim continuasse até aqui aterrar.
Nem me reconheço: eu que, de cada vez que parto em viagem, faço sempre um rigoroso trabalho de casa, leio livros, e googlo-me a uma velocidade impressionante – desta vez chego a uma terra de que apenas sei o nome.
Mas já percebi que, a haver um fim do mundo, é aqui. (...)
Texto integral [aqui]12 DE OUTUBRO, 4ª FEIRA
CHEGUEI ao fim do mundo.
Mal entrei neste quarto que vai ser a minha casa até à próxima semana, deixei-me cair em cima da cama, e ainda não percebo o que me espera. A única coisa que sei é que, desta estada terá de sair, mais tarde, o texto para um livro de fotografias do Jorge Barros. Que me impôs um único requisito: que eu, que nada sei do Corvo, assim continuasse até aqui aterrar.
Nem me reconheço: eu que, de cada vez que parto em viagem, faço sempre um rigoroso trabalho de casa, leio livros, e googlo-me a uma velocidade impressionante – desta vez chego a uma terra de que apenas sei o nome.
Mas já percebi que, a haver um fim do mundo, é aqui. (...)
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