Frankensteins à portuguesa
Por Antunes Ferreira
PPC é demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein cá desta santa terrinha. Mas, é. Gaspar é, também demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein II cá desta santa terrinha. Mas, é. Pereira é, ainda, demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein III cá desta santa terrinha. Mas, é.
Viram a entrevista do dr. Coelho de quarta-feira na SIC? Eu não vi, felizmente, mas uns quantos que viram contaram-ma logo a seguir. E li nas Notícias Google, imediatamente após. E continuo a ler o que dela tem decorrido. Disseram-me que houve gente que se transformou, em frente do ecrã televisivo, em estátua de sal, como a mulher de Ló, quando fugia de Sodoma e Gomorra; olhou para trás, lixou-se.
O pesadelo, mesmo depois da aprovação do «mais difícil Orçamento de sempre», segue nos próximos capítulos. 2012 ameaça tsunami. Os apertos, já tão pesados, serão mais… apertados. O que quer dizer que a austeridade será mais… austera. Os sobreviventes: aos abrigos! A desordem será mantida, contra tudo e contra todos. E as forcas de segurança continuarão atentas. As forças também.
Porém, Coelho deu mais passos. Enviou depois um recado claro a Cavaco Silva: «O Governo não foi eleito para expressar as opiniões do Presidente.» O primeiro-ministro afirmara antes que as críticas de Belém ao OE não punham em causa as relações institucionais, uma vez que também «o Presidente da República não foi eleito para representar o PSD».
O chefe deste Governo sublinhou que o seu papel é demonstrar lá fora, aos parceiros europeus, que não existe «um problema entre os órgãos de soberania» na aplicação do memorando da troika. Se Cavaco Silva tiver dúvidas sobre o OE, «estará no seu direito» e «tem prazos próprios para o fazer», acrescentou.
Na quinta-feira, António José Seguro comentou a entrevista, acusando Passos Coelho de «baixar os braços» e, com «insensibilidade social"» dar «pesadelos aos portugueses» em vez de dar «soluções», isto por ter pré-anunciado «mais medidas de austeridade». Segundo Seguro, o primeiro-ministro revelou na entrevista de quarta-feira que não acredita no seu Orçamento, desresponsabilizando-se da sua execução, e demonstrou que existia a «margem» que os socialistas têm vindo a reclamar para atenuar o embate da austeridade.
O secretário-geral socialista encontrou na entrevista do primeiro-ministro a prova de que o projecto político do Governo é o da «direita mais conservadora e ultra-liberal» que já esteve no poder em Portugal. Tem uma referência, os mercados, nada contra os mercados, tudo pelos mercados. A lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos agradecer, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados depois vão ser nossos amigos e vão baixar as taxas de juro, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos reconhecer e abençoar», criticou.
Pelo meio ficou uma entrevista, na TVI, de Mário Soares a Constança Cunha e Sá, que demonstrou bem o que o ex-PR afirmou a dada altura: «eu ainda não estou xexé…». Nela, o fundador do PS até repetiu que achava Passos Coelho uma pessoa simpática, mas que se tornara escravos dos mercados e do duo Merkel e Sarkosy. E ainda outras críticas se levantaram por parte de vozes diferentes. Entre elas avultou a de Manuela Ferreira Leite. Antigas contas – e não só…
Mesmo em Cabo Verde, no final de uma visita oficial, o ministro da Defesa Aguiar Branco tentou deitar água na fervura em… defesa do seu chefe. O que o primeiro-ministro fizera fora apenas um alerta, tal como o faz em linguagem militar uma sentinela. «Não vamos antecipar esse momento, porque esse momento, só se for necessário, é que irá acontecer. Neste momento, a linguagem de realismo e de verdade que este Governo assumiu é que faz com que essa hipótese possa ser considerada, mas só se houver circunstâncias que obriguem a isso.» Lapidar. E castrense.
A velha Albânia ao pé desta gente que diz que nos governa – o que é uma redonda mentira, porque quem o faz é essa estranha figura bissexual a Merkosy – era uma estagiária de aprendiz de auxiliar de praticante. Valha-nos a Senhora da Agrela, que não há santa como ela. Ámen. Ainda que eu seja um incrédulo.
PPC é demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein cá desta santa terrinha. Mas, é. Gaspar é, também demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein II cá desta santa terrinha. Mas, é. Pereira é, ainda, demasiadamente arrumadinho, penteadinho, engravatadinho, para ser o Frankenstein III cá desta santa terrinha. Mas, é.
Viram a entrevista do dr. Coelho de quarta-feira na SIC? Eu não vi, felizmente, mas uns quantos que viram contaram-ma logo a seguir. E li nas Notícias Google, imediatamente após. E continuo a ler o que dela tem decorrido. Disseram-me que houve gente que se transformou, em frente do ecrã televisivo, em estátua de sal, como a mulher de Ló, quando fugia de Sodoma e Gomorra; olhou para trás, lixou-se.
O pesadelo, mesmo depois da aprovação do «mais difícil Orçamento de sempre», segue nos próximos capítulos. 2012 ameaça tsunami. Os apertos, já tão pesados, serão mais… apertados. O que quer dizer que a austeridade será mais… austera. Os sobreviventes: aos abrigos! A desordem será mantida, contra tudo e contra todos. E as forcas de segurança continuarão atentas. As forças também.
Porém, Coelho deu mais passos. Enviou depois um recado claro a Cavaco Silva: «O Governo não foi eleito para expressar as opiniões do Presidente.» O primeiro-ministro afirmara antes que as críticas de Belém ao OE não punham em causa as relações institucionais, uma vez que também «o Presidente da República não foi eleito para representar o PSD».
O chefe deste Governo sublinhou que o seu papel é demonstrar lá fora, aos parceiros europeus, que não existe «um problema entre os órgãos de soberania» na aplicação do memorando da troika. Se Cavaco Silva tiver dúvidas sobre o OE, «estará no seu direito» e «tem prazos próprios para o fazer», acrescentou.
Na quinta-feira, António José Seguro comentou a entrevista, acusando Passos Coelho de «baixar os braços» e, com «insensibilidade social"» dar «pesadelos aos portugueses» em vez de dar «soluções», isto por ter pré-anunciado «mais medidas de austeridade». Segundo Seguro, o primeiro-ministro revelou na entrevista de quarta-feira que não acredita no seu Orçamento, desresponsabilizando-se da sua execução, e demonstrou que existia a «margem» que os socialistas têm vindo a reclamar para atenuar o embate da austeridade.
O secretário-geral socialista encontrou na entrevista do primeiro-ministro a prova de que o projecto político do Governo é o da «direita mais conservadora e ultra-liberal» que já esteve no poder em Portugal. Tem uma referência, os mercados, nada contra os mercados, tudo pelos mercados. A lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos agradecer, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados depois vão ser nossos amigos e vão baixar as taxas de juro, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos reconhecer e abençoar», criticou.
Pelo meio ficou uma entrevista, na TVI, de Mário Soares a Constança Cunha e Sá, que demonstrou bem o que o ex-PR afirmou a dada altura: «eu ainda não estou xexé…». Nela, o fundador do PS até repetiu que achava Passos Coelho uma pessoa simpática, mas que se tornara escravos dos mercados e do duo Merkel e Sarkosy. E ainda outras críticas se levantaram por parte de vozes diferentes. Entre elas avultou a de Manuela Ferreira Leite. Antigas contas – e não só…
Mesmo em Cabo Verde, no final de uma visita oficial, o ministro da Defesa Aguiar Branco tentou deitar água na fervura em… defesa do seu chefe. O que o primeiro-ministro fizera fora apenas um alerta, tal como o faz em linguagem militar uma sentinela. «Não vamos antecipar esse momento, porque esse momento, só se for necessário, é que irá acontecer. Neste momento, a linguagem de realismo e de verdade que este Governo assumiu é que faz com que essa hipótese possa ser considerada, mas só se houver circunstâncias que obriguem a isso.» Lapidar. E castrense.
A velha Albânia ao pé desta gente que diz que nos governa – o que é uma redonda mentira, porque quem o faz é essa estranha figura bissexual a Merkosy – era uma estagiária de aprendiz de auxiliar de praticante. Valha-nos a Senhora da Agrela, que não há santa como ela. Ámen. Ainda que eu seja um incrédulo.
Etiquetas: AF
16 Comments:
esta é para o A. Barreto:
António, desculpe lá, mas em "mau estado mental" estamos todos nós portugueses. E desde há muito! Não se lembra quando começaram a construir o manicómio em Vila Real? Um poeta declarou: "para quê construir um manicómio nesta cidade? Cerque-se a cidade e está o manicómio feito."
http://psicanalises.blogspot.com/
O Aguiar Branco que refere deve ser o Aguiar-hífen-Branco, não? Os outros não conheço. E que foi ele fazer a Cabo Verde? Visitar algum amigo de peito, lá exilado?
(O Álvaro que antecede é da Bila?)
Um retrato real e atento do estado em que vamos tentando sobreviver. Tal com o 500 estou admirado com o comentário desse Senhor Álvaro. Quem é o António? Sendo o Barreto como se pode pensar, que vem ele fazer aqui?
Acho que o Autor se enganou na história. Deve ser da anedota amarela.
Aparentemente, o comentário de Álvaro destina-se a António Barreto.
Mas, como este 'post' não é da sua autoria (mas sim de Antunes Ferreira), não sei se A. B. tomará conhecimento dele.
sou da Bila sou e como todos os da Bila sou "doente mental" mas estou cansado sobretudo de ser português. Tenho vivido em Lisboa e detesto isto e esta gente, ainda que o pessoal da Bila n seja mto melhor, antes pelo contrário...
então o Barreto não lê os comentários nos posts dos "comorades" de blog?!
Caro Álvaro,
Os comentários que são afixados nos vários 'posts' são reencaminhados automaticamente para os respectivos autores.
No caso dos 'posts' de A. Barreto (e há pouco foi afixado um, aqui e no 'Jacarandá'), sei que ele os lê, e até costuma responder-lhes (por vezes, até, directamente).
Quanto aos outros comentários, não sei se os lê ou se não os lê. É lá com ele, e não lhe vou perguntar.
A.F.
Estão mais para Dráculas, do que para
Frankensteins. Vampiros que sugam o sangue de tudo o que é gente.
Abraço
Maria
Álvaro A)
Penso que há aqui uma grande confusão; eu chamo-me Henrique Antunes Ferreira, não me chamo António Barreto. Donde, não tenho nada que ver com o seu comentário, ok?
Quinhentos
Ao que dizem, o senhor ministro da Defesa foi em visita auxiliar, não sei se com hífen ou sem.
No resto, apenas soube que ele tinha vindo apoiar o mestre. Não o Mestre, que esse é mais juventude e desporto.
Parente
Essa da anedota amarela está bué da fixe. Obrigado.
Carlos
Pelo que vejo no comentário do Álvaro, os tais «comorodes» que não sei, sinceramente quem são e o que são, em vez de esclarecido, o imbróglio está cada vez mais... embrulhado.
Álvaro B)
Qual Bila? A mesma faço ao 500. Se for a Bila da Feira, já passou a cidade, carago!...
Álvaro C)
Estou mesmo baralhado. Tenho de voltar a dar; oxalá fique com dois ases, uma manilha e um trunfo.
Carlos B)
Pois é. Quem pode dar uma mãozinha - honny soit - nesta salada é mesmo o meu e nosso Amigo António Barreto. Socorro!
Maria
No céu cinzento sob o astro mudo
batendo as asas pela noite calada
vêm em bandos com pés veludo
Chupar o sangue fresco da manada
Eles comem tudo, eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada...
Está cada vez melhor, o nosso Zeca
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