Governo sem memória nem pudor – Viva o 5 de Outubro
Por C. Barroco Esperança
O GOVERNO de estagiários saído das últimas eleições propôs a eliminação de 4 feriados nacionais que denomina de civis e religiosos. O inefável ministro Álvaro Santos Pereira não tem pudor em excluir, entre os primeiros, o 5 de Outubro, a data emblemática que define a natureza do regime, enquanto os segundos, referentes a dias especiais de uma religião particular, ainda aguardam a bênção do Vaticano.
Não exijo ao ministro Santos Pereira, de rudimentar cultura e parco entendimento, o que significa para a história o 5 de Outubro. Não perceberá o ridículo da afirmação feita aos jornalistas: «Não será feriado mas será celebrado no domingo». Celebrar o 5 de Outubro num domingo, devendo-se-lhe a separação da Igreja do Estado, é como transferir a data do 25 de Abril para 28 de Maio.
Desconhece talvez que Portugal é um país laico e que os feriados religiosos foram uma concessão do salazarismo. A atitude não envergonha apenas o ministro, mostra como é pusilânime o Governo, arrogante para os portugueses e genuflectido perante o Vaticano.
Um governo democraticamente eleito, que quer rasgar do calendário a comemoração da data que mudou Portugal e é a pedra basilar da democracia, ofende a cidadania, trai os heróis da Rotunda e desonra a história, vilania que nem a ditadura ousou.
VIVA O 5 DE OUTUBRO, SEMPRE.
O GOVERNO de estagiários saído das últimas eleições propôs a eliminação de 4 feriados nacionais que denomina de civis e religiosos. O inefável ministro Álvaro Santos Pereira não tem pudor em excluir, entre os primeiros, o 5 de Outubro, a data emblemática que define a natureza do regime, enquanto os segundos, referentes a dias especiais de uma religião particular, ainda aguardam a bênção do Vaticano.
Não exijo ao ministro Santos Pereira, de rudimentar cultura e parco entendimento, o que significa para a história o 5 de Outubro. Não perceberá o ridículo da afirmação feita aos jornalistas: «Não será feriado mas será celebrado no domingo». Celebrar o 5 de Outubro num domingo, devendo-se-lhe a separação da Igreja do Estado, é como transferir a data do 25 de Abril para 28 de Maio.
Desconhece talvez que Portugal é um país laico e que os feriados religiosos foram uma concessão do salazarismo. A atitude não envergonha apenas o ministro, mostra como é pusilânime o Governo, arrogante para os portugueses e genuflectido perante o Vaticano.
Um governo democraticamente eleito, que quer rasgar do calendário a comemoração da data que mudou Portugal e é a pedra basilar da democracia, ofende a cidadania, trai os heróis da Rotunda e desonra a história, vilania que nem a ditadura ousou.
VIVA O 5 DE OUTUBRO, SEMPRE.
Etiquetas: CBE
9 Comments:
Disse tudo o que o assunto merece,sem rodriguinhos e floreados.
Eles são neófitos...não vale!
Subscrevo inteiramente e acrescento:
é a vergonha ou melhor a falta dela que impera nesta sociedade.
Um estado laico só no papel! E ainda me criticam pela falta de sentimento de nacionalidade!!!! Com este tipo de sociedade eu tenho vergonha de ser portuguesa sim! Hipocrisia, falta de coragem e arrogância fazem-me ter vergonha deste país! Não aparece um único politico que tenha a coragem de cortar com as amarras à Igreja Católica???? Vergonha sim!
INGOVERNÁVEIS,
caro CE.
Tudo uma falácia.
O tempo dos feriados 'poupado', tal como a "1/2 hora" de mais trabalho, poderiam ter uma solução muito simples.
Limitar o mês de férias anuais, que já ninguém deve saber quantos dias úteis comporta.
E disciplinar, plebe e patrícios, na treta das pontes.
Problema: não têm tempo para pensar, tão ocupados a trabalhar na Acrópole e ministérios de S.Bento.
Insinuar que o 5 de Outubro é mais importante que o 25 de Abril ou o 1 de Dezembro não é grave. É trágico. A que ponto chegou a demagogia.
Nuno Resende:
Onde é que eu insinuei que o 5 de Outubro é mais importante do que o 25 de Abril?
A liberdade tem 3 datas em Portugal:
A Revolução de 1820, o 5 de Outubro e o 25 de Abril.
Deixo uma palavra aos mártires do 31 de Janeiro cuja derrota não lhes permitiu o resultado que mereciam.
A liberdade tem duas datas: a de 1820 e a de 1974. Ou vai-me dizer que a II república nunca existiu? E que o se instaurou em 1910 não foi se não um regime demoliberal mono-partidário e clientelista que redundou no golpe de 1926? Vai dizer-me que antes de 1910 não havia liberdade, nem votos, nem democracia? se disser isso contradiz-se. O 5 de Outubro deve ser lembrado. Comemorado já me parece forçado.
Segundo a opinião de alguns historiadores (que eu acolho) esta é a 2.ª República. De 1926 a 1974 houve um monarquismo (de um só homem - Salazar).
A República falhou em vários aspectos (no voto das mulheres, v.g.) mas foi e é o regime que transforma em cidadãos os vassalos.
Ao 5 de Outubro devemos avanços na educação pública, a separação da Igreja do Estado, o Registo Civil obrigatório e muitas outras coisas para além da honradez dos seus políticos, que morreram pobres.
Obrigado pelos seus comentários.
A honradez dos políticos desta Segunda (ou Terceira, para o caso é irrelevante) República? Como Sócrates, Vara, Soares? todos pobres?
Nuno Resende:
Só me referi à modéstia com que viveram os políticos da primeira República.
Nesta, é notório, basta ver os processos judiciais, para perceber os casos de enriquecimento ilícito, a que o 25 de Abril é alheio.
Segundo penso, não é só no PS (partido a que pertencem todos os nomes que apontou) que existem políticos desonestos, embora acredite no comportamento impoluto dos membros dos partidos da direita.
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