21.4.12

Não ver a força do ter que ser

Por Ferreira Fernandes
A LEI (também a temos) que proíbe a divulgação de estimativas dos resultados eleitorais antes do fecho das urnas arranjou em França o melhor lugar para mostrar quanto está caduca... 
Cercados por francófonos - Suíça, Bélgica e Luxemburgo (onde há televisões e jornais on-line, sabiam?) -, vai ser difícil impedir os franceses de espreitar as novidades que os vizinhos já conhecem. E os 23 milhões de franceses utilizadores do Facebook e os três milhões do Twitter, que também obrigados pela lei a não darem eco do que já sabem, vão encontrar soluções para acalmar o nervosismo da ponta dos dedos... 
Perante o anacronismo, o jornal suíço Le Matin e o francês Le Parisien deram sugestões para sabotá-lo. Porque não, já que se trata de França, retomar as mensagens da Rádio Londres durante a Ocupação? Estas eram curtas, por vezes poéticas e bizarras. Uma: "A tia Amélia faz bicicleta de calções." Se alguém decifrou a mensagem, talvez um coronel alemão tivesse sido morto nesse dia de 1942. 
Assim, amanhã, os franceses arriscam-se a ouvir de um apresentador do telejornal, antes das 20 horas: "Vai haver Flanby à sobremesa, repito, vai haver Flanby à sobremesa!" Quem souber que "Flanby", marca de pudim, é o nominho que alguns socialistas dão a Hollande, fica a saber que ele passa à segunda volta. 
Aliás, inventando-se temperaturas nos Países Baixos e na Hungria (país do pai de Sarkozy) também se pode dar o resultado eleitoral até às décimas. 
 «DN» de 21 Abr 12

Etiquetas: ,

1 Comments:

Blogger Xico said...

Eu vou atribuir parte do meu IRS pago à Associação Portuguesa de Síndroma de Asperger pondo o NIPC 506596150 na consignação do anexo H.
A quem puder, agradeço que o faça pois estará a ajudar os associados da APSA. Não tem custos! Obrigado pela intromissão no blog.

http://www.apsa.org.pt/noticias.php?id=127

21 de abril de 2012 às 11:31  

Enviar um comentário

<< Home