Porta Nova (11) - Quando uma cigana fez o papel das cegonhas
Por A. M. Galopim de Carvalho
EU TINHA sete anos, idade suficiente para andar na Escola, mas a
minha mãe entendia que eu era muito pequenino para me sujeitar ao desabrigo gélido
e húmido de São Mamede e às reguadas dos professores que, no dizer do meu irmão
Mário, que já lá andava, eram uns desalmados especialistas em zurzir crianças. Assim,
entre o aprender o bê-á-bá, pela Cartilha Maternal, do João de Deus, e decorar
a tabuada, ao lado dela, enquanto costurava, e o conviver com os meus amigos
artesãos de muitas profissões na Porta Nova e o brincar aos caixeiros na
mercearia do Anselmo, os meus dias corriam felizes. Sendo o mais novo de uma
família de cinco filhos, com as suas dificuldades, numa casa que não era grande,
ainda dormia no quarto dos pais.
Texto integral [aqui]Etiquetas: GC
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