Museu de Cera
Por Alice Vieira
HÁ MUITO tempo que não subia aquela rua.
Durante muitos anos trabalhara ali perto, conhecia-lhe os cantos e
recantos, tascas e cafés, mercearias onde tudo se vendia, alfarrabistas e casas
de velas, tabacarias a transbordarem de revistas de croché e de culinária, num
tempo em que o jet-set ainda não tinha sido descoberto.
Há muito lixo pelas esquinas e, nos degraus das portas, garrafas
vazias de cerveja marcam o rasto das noites. (...)
Texto integral [aqui]
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