7.1.13

Passos, Seguro, eu, a Lei e o Princípio

Por Ferreira Fernandes
A LEI de Murphy anda por aí. Se alguma coisa pode dar errado, certamente dará, como ontem José Mourinho comprovou. Este passa a vida em borderline, o conflito permanente é o seu valium. Agora deu-lhe para atacar Casillas, herói do país onde ele, Mourinho, é imigrante. Para grande escândalo, não o põe a jogar. Ontem, o que tinha de dar errado deu, o guarda-redes substituto fez asneira e foi expulso - e Mourinho teve de repescar Casillas... O português foi obrigado a ver o seu ex-punido a regressar com o estádio de pé a aplaudir. Mas não atiro à cara de Mourinho a adversidade que ele próprio proporcionou: manifestamente, ele gosta dela, sorriu, como deve sorrir de cada vez que entra no chuveiro e começa a tocar o telefone. Do que ele gosta mesmo é de contrariedades. 
Já outra coisa é a Lei de Murphy aplicada aos nossos políticos. Sim, eu sei que quando se fala dos políticos pensa-se mais no Princípio de Peter, pois parecem promovidos ao seu nível de incompetência. Mas é de políticos e Lei de Murphy que quero falar: era evidente que este Orçamento podia dar errado. E, agora, Passos, na iminência de que dê mesmo errado, ameaça-me com o que isso acarreta: eleições. E, Seguro, na mesma iminência, expõe ainda mais a alternativa fraca que é. O pior de tudo é que essa perspetiva põe o Princípio de Peter a colar-se-me. A haver eleições, atinjo o meu nível de incompetência de cidadão. Não tenho em quem votar.
«DN» de 7 Jan 13

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1 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

Será de optar, como um familiar meu, que tenciona votar (em próximas eleições legislativas) no extremo oposto ao que habitualmente tem feito?

7 de janeiro de 2013 às 19:21  

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