UMA REFLEXÃO SOBRE O MODERNISMO NA PINTURA, AO ALCANCE DE TODOS
O Modernismo foi um importante movimento cultural e artístico surgido no 3º quartel do século
XIX e bem afirmado na primeira metade do século XX, com conhecidas
expressões na literatura, pintura, escultura, arquitectura, teatro, dança e
música. Grandemente
influenciado ou apoiado nas ideias filosóficas a circularem na Europa (Auguste Comte, John Stuart Mill, Friedrich Nietzsche e outros), nos
múltiplos e admiráveis progressos científicos (lembremos as contribuições de William Kelvin,
Alfred Nobel, Niels Bohr, Pierre e Marie
Curie, Henri Becquerel, Rutherford Hays, Max Planck, Albert Einstein e muitos
outros) e tecnológicos de então, o Modernismo
ou Movimento Modernista surgiu como uma atitude intelectual de rompimento com a
tradição e, ao mesmo tempo, de abertura a
uma nova relação do homem com o
mundo. Dito de outra maneira, o Modernismo, não só recusa os padrões antigos, como
busca ideias na Revolução Industrial e da Fábrica, como nos notáveis avanços da ciência e da
tecnologia, nomeadamente, a máquina a
vapor, o comboio, o automóvel, o avião, a fotografia e o cinema.
No que se
refere à pintura, os artistas acompanharam esta revolução na sociedade,
criando novas respostas plásticas
definindo movimentos mais restritos, geralmente referidos por estilos ou
escolas. De entre eles, os historiadores e críticos de
Arte, falam de Realismo, Impressionismo, Fauvismo, Futurismo, Cubismo,
Neoplasticismo, Simbolismo, Expressionismo, Suprematismo, Dadaísmo, Surrealismo,
Raionismo, Construtivismo. Nomes que os historiadores, críticos de Arte e outros eruditos “tratam por tu”, que
“assustam” os muitos que nada sabem deste domínio da criatividade humana (e a
Escola nada nos ensinou nestas matérias), mas que podem ser perfeitamente
explicados por palavras que todos entendem.
Não é
raro encontrar aspectos comuns entre alguns destes estilos ou escolas, havendo,
porém, diferenças que os caracterizam e, até mesmo, os mostram como antagónicos..
O
movimento modernista assentou na afirmação de que as formas tradicionais de
vida do dia-a-dia das gentes estavam ultrapassadas e que, assim, havia que abandoná-las e substitui-las por
outras entendidas como novas. Os modernistas propunham uma nova cultura,
reexaminando todas as vertentes da vida
em sociedade, do comércio à filosofia e à política, no caminho do progresso,
numa convicção de o que era novo
era, também, bom e belo, duas apreciações subjectivas, propícias à sempre
salutar discussão. O Modernismo foi uma luta contra o passadismo, apontado como
sério obstáculo à livre criação dos
artistas, dirigida contra os padrões académicos das escolas de então e em luta pela
abertura de novos horizontes.
A recusa
à tradição que transparece no
Impressionismo (o termo radica no nome do quadro a óleo “ Impression, soleil levant”, de Claude Monet, Paris,1872), faz deste estilo de pintura um dos primeiros
movimentos ou escolas a incluir no âmbito do Modernismo. De início mais
interessados no trabalho feito ao ar livre, do que no realizado nos “ateliers”,
os impressionistas pioneiros defendiam que o que era dominante na nossa
percepção dos objectos era a luz que reflectiam.
Impressionistas, com destaque para Pierre-August Renoir,
Paul Cézanne, Edgar Degas, Paul Gauguin, Vincent Van Gogh desinteressados das
temáticas nobres ou o retrato fiel da realidade, afastaram-se do Realismo e do Academismo, pondo nas suas pinturas a obra em si mesma. Executavam-nas
de preferência ao ar livre, procurando transportar para a tela as variações de
cores que observavam na natureza.
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1 Comments:
Caro Professor e Amigo:
É ingrato elogiar um colaborador do mesmo espaço que partilho, mas seria injusto não lhe deixar aqui o testemunho do meu apreço pela sua imensa cultura, espírito pedagógico e postura cívica, que me servem de referência.
Obrigado.
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