Eleições europeias_2019
Por C. Barroco Esperança
Nunca as eleições europeias foram tão importantes como as atuais e tão desinteressantes como as tornaram os candidatos a eurodeputados.
Os portugueses, sobretudo os europeístas convictos, os que não se refugiam na desculpa de quererem a União Europeia, mas não esta, como se a que existe não resultasse das escolhas eleitorais dos países que a integram, sentem-se frustrados com os temas alheios ao nosso futuro comum.
A UE não pode alhear-se da guerra comercial entre os EUA e a China nem da influência de Trump e Putin a favor da extrema-direita. Enquanto a Polónia e a Hungria arruínam o Estado de direito democrático, estas eleições passam ao lado dos direitos humanos, das alterações climáticas, da erradicação dos paraísos fiscais, da imigração de que necessita e da exigência de respeito, a quem chega, pelo seu ethos civilizacional.
Os candidatos estão mais empenhados nas lutas internas dos seus partidos nacionais do que na afirmação de posições ideológicas perante os grandes problemas que ameaçam a Europa e o Mundo.
A defesa, o comércio, a diplomacia, a segurança social, a paz e a posição da UE perante os grandes blocos e as suas ambições geoestratégicas estiveram ausentes da campanha, como se a UE estivesse condenada a ser um satélite americano, chinês ou russo.
A defesa da ONU, única instituição capaz de garantir um módico de justiça nas relações internacionais e na defesa da paz, é abandonada, quando está ameaçada pelos interesses dos piores dirigentes políticos do Planeta que a pretendem minar e dominar.
Portugal perdeu o TGV quando eram fartos os apoios financeiros e a UE tinha melhores dirigentes, agora está à mercê da chantagem que as empresas de transportes rodoviários queiram fazer e com maior dificuldade em reduzir o consumo de combustíveis fósseis.
Revejo-me como europeu português na defesa da civilização e da cultura da Europa, na promoção dos direitos humanos, solidariedade e paz que só a coesão da UE assegura, e, sobre isso, os candidatos nada disseram para que cada eleitor pudesse decidir o voto.
Já é tempo de os Governos deixarem de acusar a UE pelas medidas impopulares que as crises cíclicas do capitalismo obrigam a tomar, e os eurodeputados nada dizem sobre as medidas que propõem para superar a próxima crise ou transformar o modelo que a rege.
Uma coisa é certa, seremos todos cada vez mais dependentes uns dos outros e não são os nacionalismos exaltados que preservam a paz e evitam a catástrofe provocada pelo aquecimento global, a poluição, as armas nucleares, a escassez de recursos, a falta de alimentos e água e a bomba demográfica que não para de explodir.
Não é com o imediatismo da conquista do poder em cada um dos países que se resolve a precipitação no abismo para que o nosso modelo de sociedade de consumo nos conduz.
A campanha eleitoral para a UE foi a oportunidade perdida para discutir e pensar uma alternativa que pode já não chegar a tempo.
Sinto-me dececionado, e sei que Portugal ficaria pior fora do que dentro da UE.
Etiquetas: CBE
1 Comments:
FN's, VOX's, PNR's ABRAM OS OLHOS: É FÁCIL DEMOLIR OS PARTIDOS DO SISTEMA!
Para isso:
---» Número 1:
- quem deve pagar a ajuda aos mais pobres é a TAXA TOBIM... e não... a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil.
---» Número 2:
- os «grupos rebeldes» não possuem fábricas de armamento... no entanto, máfias do armamento fornecem-lhes armas... para depois terem acesso a recursos naturais (petróleo, etc) ao desbarato, e para depois deslocarem refugiados para locais aonde existem investimentos interessados em mão-de-obra servil de baixo custo.
Ora em vez de incutirem um sentimento de culpa nos países que se recusam a dar cobertura às negociatas da máfia do armamento (nomeadamente, recusam receber refugiados, ou seja, recusam fornecer mão-de-obra a investimentos ávidos de mão-de-obra servil ao desbarato), os partidos do sistema devem, ISSO SIM, é chamar à responsabilidade aqueles países que estão a fornecer armas aos «grupos rebeldes» (ao daesh e a outros), ou seja, os países aonde a máfia do armamento possui as suas fábricas.
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{nota 1: pululam por aí muitos investidores da mesma laia dos construtores de caravelas: reclamam que os seus investimentos precisam de muita mão-de-obra servil para poderem ser rentabilizados}
{nota 2: ao mesmo tempo que reivindica para si regalias acima da média (trata-se de pessoal que está num patamar acima da mão-de-obra servil), a elite politicamente correcta quer ter ao seu dispor mão-de-obra servil ao desbarato}
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Os partidos do sistema pretendem transformar a vida humano num hino à hipocrisia: urge o separatismo (SEPARATISMO-50-50) desse pessoal.
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-» Por um planeta aonde povos autóctones possam viver e prosperar ao seu ritmo;
-» E por uma sociedade que premeie quem se esforce mais (socialismo, não obrigado)... mas que, todavia, no entanto... seja uma sociedade que respeite os Direitos da mão-de-obra servil;
---» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta --»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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Nota 1: Os 'globalization-lovers', UE-lovers. smartphone-lovers (i.e., os indiferentes para com as questões políticas), etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.
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Nota 2: Os Separatistas-50-50 não são fundamentalistas: leia-se, para os separatistas-50-50 devem ser considerados nativos todas as pessoas que valorizam mais a sua condição 'nativo', do que a sua condição 'globalization-lover'.
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Nota 3: É preciso dizer NÃO à democracia-nazi! Isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles... que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros!!!
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Nota 4: Urge dizer à elite deste sistema o mesmo que foi dito aos antigos esclavagistas: a não existência de mão-de-obra servil ao desbarato não vai ser o fim da economia... VÃO CONTINUAR A EXISTIR MUITAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO (nomeadamente introduzindo mais tecnologia)!
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