Um quarto longe daqui
QUANDO António Costa e outros do PS votaram a favor de Durão Barroso para a Comissão Europeia, estranhei:
«Então ainda há dias achavam que o homem era péssimo para governar Portugal e agora acham que é óptimo para a Europa?!»
Além disso, faziam-no brandindo um argumento que me parece particularmente tonto: «Apoiamo-lo porque é um português!».
Então todo e qualquer indivíduo que tenha sido parido em território nacional deve ser apoiado - em tudo o que faça e só por isso - mesmo que, por absurdo, seja um terrorista, um pedófilo militante ou um traficante de droga?
Mas, agora (com os atentados de Londres - depois dos da América e de Madrid), começa a fazer-se luz sobre tudo isto. Veja-se esta notícia de hoje:
Freitas do Amaral rejeitou esta quarta-feira que a organização da Cimeira das Lajes possa custar um atentado terrorista a Portugal, por duvidar que os terroristas recorram a um «critério fotográfico» para a escolha dos alvos.
Ou seja: se os terroristas perguntarem «E, para terminar, onde é que pára o quarto gajo?», a resposta já não será «Lisboa» - nem sequer «Portugal».
Não está nada mal pensado, não senhor!
Afixado por: Carlos Medina Ribeiro às 11:33
1 Comments:
a foto tem muito que se lhe diga, sim senhor. O Bush, por exemplo, quando viu o seu país ser atacado por um atentado terrorista ainda nao tinha tirado a foto... eheheh. O Aznar, coitado, mais podia chamar-lhe Azar, porque levou com dividendos políticos de um atentado à beira de eleições, dividendos bem aproveitados por quem lá queria ver o Zapatero e o estar ou não na foto é coisa secundária. O Blair, toda a gente sabe que, na europa, é o homem mais odiado pelos fundamentalistas islamicos. Por isso, o outro, o que ainda não estava em Bruxelas à altura da foto, mas pra lá já bem se encaminhava (como se pode perceber pela foto), está bem guardado e anafado, longe aqui do pessoal da republica das bananas, onde entretanto o governo até já mudou e agora no que se refere à guerra no Iraque (se é que é isso que está verdadeiramente em causa nos atentados terroristas, ....) as intenções políticas públicamente manifestadas são outras , concordo plenamente que, se alguém tem de se preocupar com a segurança do seu chefe são os senhores lá de Bruxelas....
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