13.8.08

A passadeira

EMBORA se possa pensar que o que sucede em Lisboa só interessa a quem anda por lá, o facto de a autarquia ser gerida por alguém que já teve importantes funções no Governo (e poderá voltar a ter...) leva-nos a olhar com atenção para o que lá se passa. Além disso, o que aqui se refere é paradigmático, pois documenta uma determinada forma de fazer política...
27 Dez 07

12 Jun 08 - [detalhes aqui]

5 Ago 08: a tinta podia arrancar-se à mão

12 Ago 08
QUANDO SE CANDIDATOU à Presidência da CML, António Costa fez várias promessas, de entre as quais se destacaram três: acabar com o estacionamento em 2ª fila, limpar as ruas e pintar as passadeiras (especialmente junto às escolas); e aquando da passagem dos 6 meses de mandato, informou-nos, com o ar mais natural deste mundo, que tinha cumprido tudo o que prometera, à excepção do que não dependia de si.
Ora, seguindo o conselho de Aristóteles (que recomendava que se abordasse um assunto de cada vez...), deixei de parte as duas primeiras promessas (cujo 'cumprimento' é por demais conhecido) e abordei apenas a terceira, tomando como exemplo o caso de uma passadeira junto à Escola do Bairo de S. Miguel. As imagens e as datas dispensam grande palavreado.
NOTA: Embora não adiantem muito mais do que estas, há fotos adicionais [aqui]

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4 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Como se sabe, Antóno Costa não reside em Lisboa. Mudou-se para os lados de Sintra, e bem sabe porquê...

No entanto, o que me irrita nesta história das passadeiras (bem assim como nas outras) não é tanto o falhar de promessas - isso já é "normal, em política; o que me irrita solenemente é ouvi-lo dizer que as cumpriu!

Costa devia saber que o cidadão aceita muita coisa... mas não que o tomem por parvo.

14 de agosto de 2008 às 07:51  
Blogger ulisses said...

mais do que passadeiras são necessários semáforos para peões

14 de agosto de 2008 às 08:50  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E outras coisas, como lombas, criminalização de atropelamentos nas passadeiras, etc.

Também seria preciso explicar aos peões que o Código da Estrada também se lhes aplica:
O atravessamento indevido, além de perigoso (especialmente para eles) é uma infracção - por sinal punível com multa de algumas dezenas de euros.

14 de agosto de 2008 às 08:56  
Anonymous Anónimo said...

«...documenta uma determinada forma de fazer política...»

Sim, este exemplo mostra tudo:

1º-Prometer o que for preciso para ganhar eleições.

2º-Depois de as ganhar, não cumprir o que se prometeu.

3º-Caso haja problemas, dizer que a culpa é de outros.

4º-Virar-se para o lado e continuar a dormir um soninho descansado.

5º-Nas próximas eleições, contar com a fraca memória do povo e retomar o ciclo.

16 de agosto de 2008 às 10:08  

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