8.9.08

Repetições necessárias

Por A. M. Galopim de Carvalho


NO SÉCULO XVIII, o cristalógrafo francês, René-Just Haüy, concebeu os cristais como edifícios resultantes da repetição, nas três direcções do espaço, de ínfimos paralelepípedos (entendidos como sólidos e maciços), a que deu o nome de “moléculas integrantes”. Um século mais tarde, Auguste Bravais, mostrava que a repetição triperiódica inovada, e bem, pelo seu antecessor, não era a dos ditos paralelepípedos, mas sim a de partículas pontuais, a que chamou nós. Ao contrário de Haüy, este seu conterrâneo apresentou a matéria cristalina como uma porção de espaço vazio, suportado por uma rede de nós, rede esta de geometria tridimensional bem determinada e, portanto, descontínua, tal como foi confirmado, mais de cem anos depois, pelo alemão von Laüe, através da utilização dos raios X, e é hoje aceite. Nascia aqui a Cristalografia Estrutural, uma disciplina que se confunde com a novíssima Física do Estado Sólido.
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NOTA (CMR): Esta e outras crónicas do mesmo autor estão também no seu blogue, Sopas de Pedra.

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