21.1.09

Discursos ocos, ouvidos moucos

Por Baptista-Bastos
NA SEMANA QUE PASSOU eles estiveram em congressos, conclaves, magnos encontros. Que nos revelaram? Só estiveram a falar, não disseram rigorosamente nada. Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Paulo Portas, em defesa e ilustração de um "sistema" que tem limitado a influência da política na vida das pessoas, estão absolutamente ausentes das numerosas dimensões da realidade.
Ouvimo-los com a complacência e o desgosto de quem deixou de acreditar no poder da palavra. E, também, com a sensação de que as construções teóricas deles obedecem a um pequeno teatro mimético. Quando Manuela Ferreira Leite acusa Sócrates de "ser o coveiro da pátria" estamos perante uma forma intrinsecamente instável de politicar. Quando Paulo Portas declama que não fará alianças com ninguém; e quando José Sócrates se recomenda como o principal fautor do "equilíbrio" português - todas estas afirmações são manifestações de fragilidade, degradadas e degradantes.
A base, digamos empírica, dos pressupostos contidos nestes discursos está irremediavelmente ultrapassada. O afastamento das pessoas da política e do acto cívico resulta do facto de os dirigentes não se distinguirem uns dos outros - a não ser no modo de vestir.
(...)
Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"..do facto de os dirigentes não se distinguirem uns dos outros - a não ser no modo de vestir.".
Exactamente. E o que fazemos nós cidadãos?
Precisamos de "sangue novo", mas quem é que está com força para, se conseguisse, agarrar este país depois de o terem depenado?

Cumprimentos

23 de janeiro de 2009 às 10:08  

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