Corrupção – sempre mais
Por Alfredo Barroso
DEPOIS DE LER o que revelam vários jornais sobre a dimensão da «rede tentacular» alegadamente montada por um sucateiro multimilionário, para conseguir ser favorecido na adjudicação dos «negócios» que o enriquecem, sou levado a concluir que, apesar da idade que tenho, continuo a ser demasiado ingénuo: ainda me escandalizo e surpreendo com as proporções que podem atingir a venalidade e a corrupção de certos políticos de meia-tigela e de certos empresários de alto coturno, cuja promiscuidade repugna.
Claro que são todos inocentes até se provar (e se se provar) o contrário. Mas, se partirmos do princípio de que a PJ e o MP não andam a urdir conspirações e cabalas de tal dimensão e tanto detalhe, confirma-se a ideia de que a ganância não tem limites, isto é: quem tudo vai tendo e obtendo, nunca estará satisfeito e há-de querer sempre mais.
NOTAS (CMR): a foto é a que ilustra a notícia no Público online.
Este e outros textos de A.B. estão também afixados no seu blogue Traço Grosso.
DEPOIS DE LER o que revelam vários jornais sobre a dimensão da «rede tentacular» alegadamente montada por um sucateiro multimilionário, para conseguir ser favorecido na adjudicação dos «negócios» que o enriquecem, sou levado a concluir que, apesar da idade que tenho, continuo a ser demasiado ingénuo: ainda me escandalizo e surpreendo com as proporções que podem atingir a venalidade e a corrupção de certos políticos de meia-tigela e de certos empresários de alto coturno, cuja promiscuidade repugna.
Claro que são todos inocentes até se provar (e se se provar) o contrário. Mas, se partirmos do princípio de que a PJ e o MP não andam a urdir conspirações e cabalas de tal dimensão e tanto detalhe, confirma-se a ideia de que a ganância não tem limites, isto é: quem tudo vai tendo e obtendo, nunca estará satisfeito e há-de querer sempre mais.
NOTAS (CMR): a foto é a que ilustra a notícia no Público online.
Este e outros textos de A.B. estão também afixados no seu blogue Traço Grosso.
Etiquetas: AB
2 Comments:
A actual ética republicana varada
De faces ocultadas
atrás da devassidão,
moralidades fintadas
por fétida podridão.
A ética fedorenta
de negócios imorais
é a marca bolorenta
de decoros viscerais.
Jogos de bastidores
para alguns varar,
são denunciadores
de gente a perorar.
De mãos encardidas
fedendo a perversão,
negociatas fundidas
por abjecta corrupção.
Milhares foram varados
para rede tentacular,
negócios engordurados
com intuito de burlar.
Permito-me transcrever o último parágrafo da habitual coluna de Manuel António Pina, no JN de hoje:"Não se percebe é que a PJ se dê a tanto trabalho para desvendar a «Face Oculta» de tais negócios, se ela e o MP é que acabam sempre por sair sujos dos tribunais".
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