26.10.09

Só nos faltava mais esta!

Por Maria Filomena Mónica

AO LONGO DOS SÉCULOS, enquanto o adultério feminino era fortemente criticado, o masculino era visto com tolerância, uma posição tanto mais cómica quanto era muitas vezes acompanhada da tese de que as mulheres não tinham prazer na cama, ou, alternativamente, como dizia Proudhon, que haveria dois tipos de mulher, a esposa e a prostituta. Do orgasmo, não queria saber a primeira; a segunda não pensava noutra coisa.

Depois que, em 1970, Germaine Greer publicou The Female Eunuch, o prazer feminino foi afirmado à exaustão. Assustados com tal possibilidade, os homens encolheram. A sua reacção, quer na versão simples quer na recalcada, foi sobretudo visível no macho latino, a que o género português pertence. (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger Jorge Oliveira said...

As mulheres teriam outra alternativa : encomendar um estudo científico (há cientistas capazes de tudo) que justifique de forma idêntica o adultério feminino.

Mas, na verdade, não há necessidade disso. Às mulheres basta saber usar os "argumentos" que a Natureza lhes deu (porque pensa que os árabes as obrigam a tapar-se todas?) para nos dominarem, a nós, pobres e desgraçados homens, sempre tão necessitados de mexer "naquilo" tudo.

27 de outubro de 2009 às 07:20  
Blogger José Meireles Graça said...

Mercadoria danificada?! Ora ora, não faltam por aí casais razoàvelmente felizes cujos membros, ou só um deles, pulou a cerca uma ou várias vezes. A única regra de ouro é, à moda espartana, não ser apanhado com a boca na botija. Isto é bom-senso latino; os seus interditos são anglo-saxonices. Que grande maçada: Dantes tínhamos que aturar a intelectualidade afrancesada (Portugal é um País traduzido do Francês em calão, isto ou coisa parecida dizia o seu biografado); agora temos que put up with americanices. Cordiais cumprimentos.

28 de outubro de 2009 às 21:46  

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