E se fossemos polvos?
Por Antunes Ferreira
ALGUÉM JÁ VIU uma troca de braços? É muito difícil, mas aconteceu aqui mesmo na capital. E por mor de um engano de um cirurgião. Um engano qualquer tem, diz sabiamente o Povo. Quer isto significar que acontece. E que até se pode desculpar, se não for mal intencionado ou fruto do descuido. Do desleixo, para ser mais preciso. Mas, há enganos e enganos.
No dia 12 o Sr. Fernando Costa foi operado a um braço, no Hospital Particular de Lisboa. Até aqui, tudo bem. Só, ao acordar da anestesia geral que lhe tinha sido dada, descobriu, entre o pasmado e o zangadíssimo que o tinham operado ao braço direito. (...)
ALGUÉM JÁ VIU uma troca de braços? É muito difícil, mas aconteceu aqui mesmo na capital. E por mor de um engano de um cirurgião. Um engano qualquer tem, diz sabiamente o Povo. Quer isto significar que acontece. E que até se pode desculpar, se não for mal intencionado ou fruto do descuido. Do desleixo, para ser mais preciso. Mas, há enganos e enganos.
No dia 12 o Sr. Fernando Costa foi operado a um braço, no Hospital Particular de Lisboa. Até aqui, tudo bem. Só, ao acordar da anestesia geral que lhe tinha sido dada, descobriu, entre o pasmado e o zangadíssimo que o tinham operado ao braço direito. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: AF
3 Comments:
Caro Henrique,
"Se ao menos fossemos polvos..."
Essa deve ter sido a primeira coisa que veio à cabeça do chefe de equipa médica que tratou do senhor Fernando quando este o ameaçou com o tribunal. Claro está, a pensar já na defesa que levaria a tribunal:
- " O Sr. Doutor Juíz compreende... oito braços espalhados numa mesa de operações... O doente não os trouxe etiquetados..."
E o Sr. Doutor Juíz compreenderia!
Mas assim, o senhor Fernando só com dois braços? Convenhamos que até o cego do Santa Maria tinha 50% de probabilidades de operar o braço certo.
Não vai ser fácil convencer o Sr. Doutor Juíz de que não houve ali uma negligenciazita.
Se este caso se tivesse passado num Hospital Público, poder-se-ia acusar uma enfermeira, por exemplo, por ter a bata mal abotoada, razão para a distração do médico operador.
E o senhor Fernando ainda levaria para casa uma indeminização para cima duns 149 €uros e 50 Cêntimos.
Mas num Hospital Privado?...
O mais que se pode arranjar é a atenuante de que, espetar um bisturi num braço que estava limpinho e tão bem escanhoado, poderia ser considerado falta de respeito pelo trabalho da enfermeira que o preparou!
Um abraço
Sem o saber de escrita do Antunes Ferreira e sem o seu ácido sentido de humor, também já me tinha referido a este lamentável episódio. Como diz a gente do Direito, isto foi um erro grosseiro (grosseiríssmo, digo eu). Então ocirurgião nem se atrapalhou com os pelos do braço do paciente?
Na volta, talvez o senhor doutor (é português?) já tivesse começado a operação atrapalhado... Teria havido, uns momentos antes, alguma bata mal abotoada que fizesse recordar outra inexistente (outra bata)? Distraído estava de certo... saber agora com quê!
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