«Dito & Feito»
Por José António Lima
MANUEL ALEGRE afirma estar contra os cortes do Governo nos subsídios de desemprego e que «teria sido preferível fazer cortes no desperdício» do aparelho de Estado. Mas, logo a seguir, acrescenta que é preciso aceitar o esforço de «consolidação orçamental» do Executivo socialista. Ou seja, Alegre tem o coração ao lado da esquerda que se manifesta nas ruas contra os pacotes de austeridade de Sócrates e a razão a dizer-lhe que «é muito difícil um candidato de esquerda ganhar uma eleição presidencial sem o apoio do PS», como reconheceu anteontem, na entrevista à RTP.
E este vai ser o drama que irá acompanhar e ensombrar dia a dia, ao longo dos próximos seis meses, a campanha de Alegre na corrida para Belém. Não é possível estar com um pé e o espírito na manifestação da CGTP, ao lado de Louçã e Jerónimo, e com o outro pé em S. Bento (...)
Texto integral [aqui]
MANUEL ALEGRE afirma estar contra os cortes do Governo nos subsídios de desemprego e que «teria sido preferível fazer cortes no desperdício» do aparelho de Estado. Mas, logo a seguir, acrescenta que é preciso aceitar o esforço de «consolidação orçamental» do Executivo socialista. Ou seja, Alegre tem o coração ao lado da esquerda que se manifesta nas ruas contra os pacotes de austeridade de Sócrates e a razão a dizer-lhe que «é muito difícil um candidato de esquerda ganhar uma eleição presidencial sem o apoio do PS», como reconheceu anteontem, na entrevista à RTP.
E este vai ser o drama que irá acompanhar e ensombrar dia a dia, ao longo dos próximos seis meses, a campanha de Alegre na corrida para Belém. Não é possível estar com um pé e o espírito na manifestação da CGTP, ao lado de Louçã e Jerónimo, e com o outro pé em S. Bento (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: autor convidado, JAL
1 Comments:
O que JAL aqui escreve é tão evidente que até parece perda de tempo...
Infelizmente (talvez porque a amizade, quando em exagero, cega), muitos dos apoiantes de Alegre não reconhecem isso - e muito menos o próprio, como já se viu.
A única coisa em que BE e PS parecem estar de acordo é o "casamento gay" e outros temas "de costumes" (como Alegre lhes chamou).
E isso é pouco - muito pouco! - para desfazer a contradição em que ele se enreda, forçado a defender uma coisa e o seu contrário.
É que a tónica da luta política, nos próximos tempos, não vão ser esse temas "fracturantes", mas sim a crise económica e as medidas de austeridade.
Enviar um comentário
<< Home