17.4.11

Um compromisso nacional

1. PORTUGAL está a viver uma das mais sérias crises da sua história recente. Essa crise tem uma dimensão financeira e económica, que se reflecte no défice orçamental, no desequilíbrio externo, no elevado grau de endividamento público e privado e nos baixos índices de competitividade e crescimento da economia, com grave impacto no desemprego, em especial nas gerações mais novas; mas tem igualmente uma dimensão política e social grave, que se exprime numa crescente dificuldade no funcionamento do Estado e do sistema de representação política e em preocupantes sinais de enfraquecimento da coesão da sociedade e das suas expectativas.

2. A CRISE financeira e económica mundial que se iniciou em 2007,com origem nos Estados Unidos, gerou em 2009 a maior recessão global dos últimos 80 anos e transformou-se, mais tarde, na chamada crise da dívida soberana, que abriu no seio da União Europeia um importante processo de ajustamento político e institucional, afectando de modo especialmente negativo alguns dos Estados membros mais vulneráveis, entre os quais, agora, Portugal. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

1 Comments:

Blogger lena said...

Apesar do muito respeito que alguns dos autores e apoiantes do manifesto me merecem, deixo este meu protesto anti-manifesto:

Circula agora na net, depois de ser notícia em tudo que é comunicação social, um manifesto subscrito por muitos ilustres senhores da nossa praça, apelando a uma união nacional em redor do presidente, do governo e dos "principais" partidos (há sempre uns mais iguais que outros nesta nossa democracia orwelliana!) para todos juntos assegurarmos, dizem eles, "a governabilidade, o controlo da dívida externa, a criação de emprego, a melhor distribuição da riqueza, as orientações fundamentais do investimento público, a configuração e sustentabilidade do Estado Social e a organização dos sistemas de Justiça, Educação e Saúde."
Mas onde estavam todos estes preocupados signatários ao longo dos anos em que nada disto foi minimamente assegurado e se chegou ao estado em que estamos?! Agora é que estão preocupados?! Agora é que querem que os políticos se entendam?! Entenderam-se muitos deles quando eram também poder?! O que fizeram então para assegurar isso tudo de que agora nos falam?! Agora é que se lembraram de que há todo um povo que sofre os desvairados e desavergonhados desgovernos de políticos que nos enganam com propaganda desenfreada, engolida muitas vezes sem pensar por milhares e milhares de portugueses que continuam a ser mantidos no obscurantismo da ignorância através de uma escola que os não ensina a pensar e uma tropa fandanga de comentadores e pseudo-jornalistas que falam do país em jeito de comentário de reality show?!
E é esta Europa e este mundo que nós queremos? Este o sistema de vida social, económica, cultural que devemos defender com políticas que nos arruinam e nos debilitam como cidadãos livres?! É para isso que nos mandam fazer ainda mais sacrifícios? Sacrifícios que muitos deles não fazem a menor ideia do que sejam, do que representam na vida das famílias? Quem, de entre os ilustres signatários, vai ter mesmo de apertar o cinto? Quem?!
Não são só os ditos radicais de esquerda (antigamente, no Estado Novo, quem discordava do regime era comunista, depois do 25 Abril passou a ser fascista, agora é da esquerda radical, nada de muito novo!) que dizem haver outras soluções que não asfixiem as economias, depois de já terem destruído as capacidades produtivas (como a agricultura e as pescas) dos países mais fracos para os obrigar a importar dos mais fortes. Estão por aí, para quem queira informar-se devidamente, ouvir outras opiniões, em jornais, revistas, livros, documentários, filmes, conferências.... muitas, muitas vozes de gente esclarecida, alguns até prestigiados Nobel, que nos explicam, preto no branco, como nos irá conduzir a um poço fundo de miséria o caminho que estes signatários fervorosamente nos aconselham, a nós, pobres coitados que não sabemos ouvir, ler e pensar pelas nossas cabecinhas e precisamos que nos indiquem o caminho da salvação. Amen!

Eu sempre trabalhei, sempre paguei impostos, nunca aldrabei nem me servi de amigos ou compadres para conseguir fosse o que fosse. E nunca vivi acima das minhas possibilidades nem tenho responsabilidade nenhuma no estado a que Portugal chegou. Podem todos os senhores signatários dizer o mesmo? Ora, deixem-se lá de hipocrisias e de nos tomar por atrasados mentais!

Helena Rodrigues

22 de abril de 2011 às 19:02  

Enviar um comentário

<< Home