Alguém quer comentar?
HOUVE um tempo em que, para se andar de bicicleta na via-pública era preciso ter "carta" (além da "licença", a renovar anualmente). Isso implicava passar num exame, com componentes teórica (código) e prática (por exemplo, guiar fazendo um 8).
Hoje, isso parece-nos um exagero, mas não há dúvida que algumas coisas os ciclistas têm de saber e respeitar: as prioridades, a proibição de andarem lado-a-lado, etc - com particular destaque para os sinais de trânsito que lhes são dedicados. E um deles é o que refere a obrigatoriedade de circularem em ciclovias sempre que estas existam - como sucede nesta avenida de Lisboa (a Frei Miguel Contreiras).
O facto de o ciclismo ser uma actividade saudável e ecológica (e, sem dúvida, a incentivar) não deve significar que tudo é permitido a quem o pratica - e estou a pensar, também, nos que circulam nos passeios, por vezes em grupo e à velocidade que querem e lhes apetece. Pois se até os peões têm de respeitar o Código da Estrada, porque é que os ciclistas hão-de estar dispensados disso?
Hoje, isso parece-nos um exagero, mas não há dúvida que algumas coisas os ciclistas têm de saber e respeitar: as prioridades, a proibição de andarem lado-a-lado, etc - com particular destaque para os sinais de trânsito que lhes são dedicados. E um deles é o que refere a obrigatoriedade de circularem em ciclovias sempre que estas existam - como sucede nesta avenida de Lisboa (a Frei Miguel Contreiras).
O facto de o ciclismo ser uma actividade saudável e ecológica (e, sem dúvida, a incentivar) não deve significar que tudo é permitido a quem o pratica - e estou a pensar, também, nos que circulam nos passeios, por vezes em grupo e à velocidade que querem e lhes apetece. Pois se até os peões têm de respeitar o Código da Estrada, porque é que os ciclistas hão-de estar dispensados disso?
6 Comments:
Eu, ciclista frequente, gostaria de poder cumprir essa regra. Sou frequentemente impedido por carros estacionados na ciclovia.
E, havendo sem dúvida também ciclistas abusadores, acho que temos mais razões de queixa do que os outros utentes das estradas de nós
A discussão que eu proponho implica analisar se será válida uma a resposta do género
«Faço mal, mas há quem faça pior»
Ou: «Eu ando no passeio, mas tenho cuidado»
Ou: «Um atropelamento de um peão com bicicleta não é grave»
--
Eu andei, durante muitos meses, de bicicleta na Holanda e na Alemanha, onde há via próprias, e com fartura.
E, quando eu, indevidamente, andava na faixa de rodagem (como o da foto que aqui afixo), os automobilistas que passavam faziam-me sinal, indicando que eu tinha de passar para a ciclovia.
E, em tudo o resto, eu tinha de cumprir o código (encostar à direita ou à esquerda, fazer sinal com o braço, etc).
NOTA: A senhora que se vê na foto também está a infringir o Código da Estrada, pois há uma passadeira para peões ali ao pé, que ela não respeita.
Claro que, em princípio, ninguém é multado por isso (apesar de a multa estar bem definida). Mas se ela fosse atropelada ali, já o facto seria tido em conta.
E até poderia ter de indemnizar o condutor do carro (!!), como sucedeu com um amigo meu, atropelado fora da passadeira na Joaquim António de Aguiar: foi parar ao hospital, mas teve de pagar a reparação do carro!
"onde há via próprias, e com fartura".
É essa a questão.
Em Londres, as vias para bicicletas atravessam toda a zona central da cidade, permitindo uma circulação segura.
Eu quando vou de bicicleta para o emprego tenho que atravessar zonas de grande intensidade de trãnsito, incluindo rotundas que são o que há de mais perigoso para as bicicletas. Já por 4 vezes estive perto de ser abalroado em rotundas.
Não havendo ciclovias em lado nenhum no centro da cidade, há muitas situações em que opto de facto pelo passeio, por ser mais seguro para mim e para os outros. E continuarei a fazê-lo, com cuidado como diz, até haver ciclovias decentes
Este troço de ciclovia (que vai da Av. de Roma até ao Areeiro) custou uma fortuna, aboliu, desnecessariamente, dezenas de lugares de estacionamento legal e pago e, junto da estação Roma-Areeiro, apropria-se completamente do passeio para peões (!!), como se pode ver na sequência de fotos afixada [AQUI].
Por outro lado, como a calçada é má (e, quando chove, escorregadia), os peões circulam por ela (como se pode ver nas imagens indicadas em link, nesse post.
Repare-se que, além de desprezar a ciclovia (vazia) que se vê à direita dos carros estacionados, o ciclista nem sequer se encosta à direita, como manda o mais elementar bom-senso (para além do C. Estrada que, como aqui já se referiu, ele deve julgar que não se lhe aplica):
Circula no meio da rua, numa descida onde o trânsito se faz, em geral, a velocidade elevada.
Enviar um comentário
<< Home