Jardim, a regionalização e o descalabro da Madeira
Por C. Barroco Esperança
A NECESSIDADE portuguesa de criar 5 regiões continentais foi sempre vítima das asneiras do sátrapa madeirense. Sempre que da Assembleia da República, ou de Belém, vinham apelos ao aprofundamento da regionalização dos Açores e da Madeira, ganhavam força os anti-corpos contra a regionalização.
Portugal não suporta 308 concelhos e 4260 freguesias, mas fazem-lhe falta, além das Regiões Autónomas, cinco regiões que dêem coerência e coordenem as autarquias que sobrarem de uma profunda reforma administrativa. (...)
Texto integral [aqui]Portugal não suporta 308 concelhos e 4260 freguesias, mas fazem-lhe falta, além das Regiões Autónomas, cinco regiões que dêem coerência e coordenem as autarquias que sobrarem de uma profunda reforma administrativa. (...)
Etiquetas: CBE
Afixado por: Carlos Barroco Esperança às 07:00
7 Comments:
É impossível pensar em regionalização sem imaginar quem poderiam vir a ser os líderes regionais.
E aí, queira-se ou não, a imaginação do cidadão-médio começa a vaguear, e vai dar a pessoas como Isaltino Morais, Valentim Loureiro, Avelino F. Torres, Fátima Felgueiras, Pinto da Costa...
Todos são vistos, pelos eleitores locais, como pessoas que põem o interesse da terra acima de tudo, e as eventuais ilegalidades que cometessem até seriam de louvar.
AJJ tem apenas o 'condão' de ser um exemplo extremo.
Recordemo-nos, também, que actualmente é mais difícil dissolver a Assembleia Regional dos Açores do que a Assembleia da República.
A possibilidade de 'graças' como essa também tem de ser metida na contabilidade dos prós e contras quando se fala de regionalização.
Embora com um nível educacional infinitamente superior a AJJ, Carlos César é, também, um dos que favorecem o "não" em qualquer referendo sobre o tema.
Deus mandou-nos Jardim para fugirmos às regionalizações.
O problema de Jardim não é o burako, é antes o problema psíquico de colonizado.
Não esquece o abuso que os colonizadores exerciam sobre as bordadeiras quando desembarcavam no Funchal.
Por isso os antigos Madeirenses como jardim, não esquecem
Medina Carreira diz que, se não houvesse agora eleições na Madeira, esta bronca passava, como todas as anteriores, sem grandes consequências.
Mas talvez não seja bem assim; o «DE» diz que foi a 'troika' quem, nas suas andanças pelos nossos bancos, descobriu e pôs a nu esta barracada.
Na 1ª pág. do «DN» de hoje:
«Todos foram informados. Mas ninguém reagiu aos sucessivos alertas do Tribunal de Contas. Só a 'troika'.
Dois presidentes da República, dois procuradores-gerais da República, três primeiros-ministros, quatro ministros das Finanças, três presidentes da Assembleia da República, dois presidentes do Supremo Tribunal Administrativo, três presidentes do Tribunal Constitucional, três presidente do Supremo Tribunal de Justiça, entidades regionais (líderes dos partidos e deputados incluídos).
A lista a que o Tribunal de Contas entregou os pareceres sobre as contas das regiões autónomas é vastíssima. E há ainda publicação no 'Diário da República'. Mas ninguém agiu face aos avisos.»
CMR:
Não se pode confundir a regionalização administrativa (necessária, a meu ver) com a regionalização autonómica (com poder legislativo próprio)e com parlamentos regionais.
Faz toda a diferença.
Carlos,
Pois, faz diferença.
Mas, para o cidadão-comum, é como ouvir dizer que há "colesterol bom" e "colesterol mau" - desde que a palavra-chave seja "colesterol", o pessoal preocupa-se...
Imagino, pois, que explicar as diferenças entre
"regionalização administrativa" e "regionalização autonómica" deve ser uma tarefa muito difícil...
CMR:
Reconheço a força dos seus argumentos e penso que a situação da Madeira é tão penosa para os regionalistas como para o PSD, mas temos de saber distinguir as autonomias da regionalização.
Para quem se interessa por este tema vale a pena ler este post: http://regioes.blogspot.com/2005/09/problematica-da-regionalizao.html
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