19.10.11

Amanhã, vou comprar um iPad

Por Maria Filomena Mónica

NUMA semana em que toda a gente escreveu sobre Steve Jobs é difícil ser-se original, por isso nem tentarei, mas desejo louvar uma sua invenção menos referida, o iPod. Sem este aparelho, que permite ouvir música fora de casa, há muito que teria deixado de fazer as caminhadas que me salvaram a vida. Habituada ao meu walkman, quando este desapareceu do mercado, fiquei sem saber como amenizar o tédio dos meus forçados passeios. Finalmente, em Janeiro, comprei um iPod nano.

Mal abri a caixinha transparente, contendo um rectângulo com uma rodela, apercebi-me que, estética e tecnologicamente, estava a ingressar num mundo novo. Tudo – o grafismo, os fios, a cor – era diferente. (...)

Texto integral [aqui]

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5 Comments:

Blogger José Batista said...

Olá, Maria Filomena Mónica.

Desculpe este tratamento.
Para não variar gostei deste seu texto. Achei curiosa aquela referência a uma espécie "clitóris no centro de um teclado. Mas o que gostei de ver escrito "à minha moda" foi o conceito "estadia". Assim mesmo, "estadia" e não "estada". Desde há muito detesto a palavra "estada", por uma embirração pessoal com o que se me afigura uma espécie de feminino de "estado", conceito (para mim, e cada vez mais) de má nota. Ora, aplicando aqui um lógica só minha, se "estado" tem para mim um tal significado, pondo a coisa no feminino, o significado complementar só poderia ser pior ainda.
Mas onde está a origem desta minha aversão?
Pois lhe digo, mesmo que não queira saber. Há já muitos anos havia na RTP1 um concurso, daqueles de boa memória, apresentado por Fialho Gouveia, em que figurava como elemento do júri, numa prova em que os concorrentes respondiam a questões de cultura geral, ou coisa assim, o bem conhecido Baptista Bastos. Por esses tempos Baptista Bastos era uma figura típica, de voz rouca e lacinho ao pescoço, aparentemente muito seguro da sua importância, falando com as pessoas "de cima da burra" e admoestando-as, de modo por vezes humilhante, quando cometiam erros. E foi tão veemente, quer dizer, violento, e presunçoso com alguém que falou de "estadia" em vez de "estada", que me lembro de me ter levantado e, a partir dali, "apaguei" do meu léxico a palavra "estada". E adotei, em seu lugar, "estadia".
Que, gostosa e incorretamente, passei a usar, em acordo ortográfico, muito antecipado, que fiz comigo mesmo.
A gente tem coisas...
E, veja lá, tenho o desplante de escrever isto, sabendo que é matéria que não interessa rigorosamente nada nem a si nem a ninguém.
E por isso lhe peço desculpa. É que eu dou em gostar de certas pessoas. E depois tomo liberdades destas.

19 de outubro de 2011 às 23:32  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Resposta de MFM para José Batista:

«Nem dei pelo facto de usar o termo «estadia». Não o fiz de forma polémica, mas por me soar melhor. Não fui, nem vou, ver ao Dicionário, com medo que me mandem usar a grafia do Novo Acordo Ortográfico. A verdade está nos pormenores. Ainda bem que há quem não use «estada».
Fiquei em boa companhia,
Maria Filomena»

20 de outubro de 2011 às 11:58  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Lembro-me perfeitamente da cena do concurso que o José Batista refere.

Boa ou má (a mim também me parece, no mínimo, esquisita...), a explicação dada na altura foi a seguinte:

«Estadia» refere-se a navios.
«Estada» refere-se a pessoas.

20 de outubro de 2011 às 12:04  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Resposta de MFM ao meu comentário:

«Então eu sou um navio»,

20 de outubro de 2011 às 12:15  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Já agora:

O "rato" do computador foi inventado pela Xerox.
No entanto, foi a Apple quem o popularizou.

Curiosamente, a mesma Xerox fez outras invenções que tiveram destino semelhante.

Como já aqui se disse várias vezes (embora em relação aos portugueses):

«Bons a inventar, maus a comercializar»

21 de outubro de 2011 às 07:59  

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