20.9.15

OS OBREIROS DA GEOLOGIA PORTUGUESA (1)

Por A. M. Galopim de Carvalho
Em franco contraste com a pouca atenção dada à disciplina de Geologia nas nossas escolas, situação esta que tenho vindo insistentemente a denunciar, responsável pela mais do que notada falta de cultura científica neste importante domínio do conhecimento, nunca, como nas últimas décadas, foram tantos e bons os geólogos portugueses, a trabalharem no terreno, a investigarem e a ensinarem nas nossas Universidades.

É evidente que esta situação tem raízes e são elas que me proponho recordar, em meia dúzia de pequenos textos, rendendo-lhes as devidas homenagens. Tudo começa com (...)
Texto integral [aqui]

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4 Comments:

Blogger José Batista said...

Com imenso respeito pela opinião do Professor Galopim, que devia ser (mais) ouvida e sobretudo posta em prática, eu não diria que há poucos conteúdos de geologia no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário. O problema maior, na minha óptica, é a concepção de um programa (de geologia) como o de 7º ano de escolaridade: aquilo mais parece uma espécie de “licenciatura clássica” em geologia em que só faltou incluir a cristalografia! Se pensarmos que as crianças a que se destina têm cerca de onze anos, percebe-se o sucesso (e o efeito para o futuro) que pode ter.
Lembro-me da aversão que um dos meus filhos tinha àquela disciplina. Impressionado, e por interesse profissional, indaguei junto de crianças que frequentavam ou tinham já frequentado o sétimo ano de escolaridade, de várias escolas diferentes, tendo-me servido de amigos e colegas dos meus filhos e de sobrinhos meus, assim como de filhos de colegas de profissão, e não encontrei uma só que gostasse ou tivesse gostado daquela disciplina. Foi um desapontamento, que só não foi pior porque, de certo modo, era previsível.
Entre nós, os programas das disciplinas parecem resultar de um jogo de forças entre “lobbies” diversos em que a adequação às possibilidades das crianças e a experiência dos professores ou, não raro, o mais elementar “bom senso”, são factores sem qualquer importância.
É como se trabalhássemos para vacinar os alunos contra aquilo que lhes devíamos ensinar com entusiasmo. Pessoalmente não compreendo como é possível que, a esse nível, façamos tudo tão mal, tão duradoura e… impunemente.
Não é, seguramente, por falta de sugestões válidas, como as que constam de tantos textos de pessoas como o Professor Galopim de Carvalho.

20 de setembro de 2015 às 16:08  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Este comentário foi removido pelo autor.

21 de setembro de 2015 às 09:31  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Resposta de GC:
-
Meu caro José Batista
Eu nunca disse que há poucos conteúdos de Geologia nos nossos ensinos básico e secundário.
O que eu insisto em dizer é que tem sido dada pouca atenção a esta disciplina e isso passa por uma profunda revisão dos conteúdos, na conveniente formação dos professores necessitados dessa formação (e, são muitos), dos manuais adoptados e da metodologia do respectivo ensino.
Abraço.
GC

21 de setembro de 2015 às 09:32  
Blogger José Batista said...

Meu Querido Professor

Eu queria apenas dar ênfase a esse ponto.
No fundo, eu queria apenas gritar sobre o que (há muito e muito) me dói.
E o grito não era, não podia ser, contra qualquer ideia do Professor Galopim. Com as suas ideias concordo eu, e gostava de as ver implementadas, como agora se diz.

Obrigado.

Grande abraço.

JB

21 de setembro de 2015 às 09:48  

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