10.9.15

A nudez de Marcelo e a vacuidade de Joana Amaral Dias

Por C. Barroco Esperança


- Marcelo foi à Festa do Avante onde já fora, segundo disse, pelo menos uma dezena de vezes. Ir à Festa do Avante é sinal de bom gosto e de cultura para qualquer cidadão e, no caso dos comunistas, acrescido do ato litúrgico de afirmação partidária.

A presença de Marcelo, cuja assiduidade anterior é tão duvidosa como a célebre ementa de Vichyssoise que lhe custou a liderança do PSD e a Portugal o governo que participou  na criminosa invasão do Iraque, revelou apenas oportunismo político do candidato a PR.

Marcelo, em questões de honestidade, anda nu. A intenção ficou mais nua ao ignorar o pedido, bem visível, “Amigo, não te esqueças de levar o tabuleiro, s.f.f.” no ‘self-service’ atrás do Palco 25 de Abril, onde jantou, como revelou no DN o militante comunista e jornalista Pedro Tadeu. Marcelo, depois do ‘show’, deixou o tabuleiro para um comunista levar. Sob o manto opaco da encenação a nudez forte da propaganda.

- Joana Amaral Dias despiu-se, com fins eleitoralistas, para a capa de uma revista cor-de-rosa, a exibir a atual gravidez. Nada acrescentou à luta pela igualdade de género, que devia ser uma conquista civilizacional adquirida. Não promoveu a discussão de ideias. Nada restará para além de uma foto de campanha onde a dimensão da barriga oculta a vacuidade do projeto político, mero ruído mediático que ofende os militantes honestos e politicamente bem preparados da irrelevante coligação de que é barriga de cartaz.

O monólogo da barriga é o ruído que as eleições legislativas dispensavam.

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2 Comments:

Blogger José Batista said...

Caro Carlos Esperança

Tudo o que diz neste texto me parece verdade. Mas não se trata de verdades empolgantes. Pelo menos para mim.
O que ontem me deixou algo satisfeito foi a tareia que António Costa pregou em Passos Coelho.
Na minha forma de sentir, todas lhe foram poucas. Até parecia que não havia ninguém que lhe "chegasse a roupa ao pêlo". E como ele o merece! Eu sentia tanta vontade disso como a que sentia há quatro anos, relativamente a Sócrates. Mas, para mim, politicamente, Sócrates morreu. E como pessoa não me interessa.
E também olhei com simpatia a forma como Catarina Martins se bateu contra o irrevogavelmente venenoso Portas.
A dupla principal do governo tornou-se(-me) insuportável.
É certo que o PS está longe de entusiasmar(-me), mas o país precisa de actos mínimos de higiene política, como seja atirar com este governo para o lixo da História.
Eu acredito que já falta pouco.

10 de setembro de 2015 às 18:47  
Blogger opjj said...

Conheço Marcelo, e acho a pessoa mais simples dentro da manada. Instilar tanto ódio só porque um comunista mal formado achou que pedir para levar um tabuleiro é coisa grave só de mentes perversas e pidescas.
Costa, então, assumiu todas as responsabilidades e quem ficou com os prejuízos? Primeiro o povo e depois qq governo que se lhe seguisse com os cofres vazios.O Coelhone tb assumiu as responsabilidades na ponte entre-os-rios e demitiu-se como um valentão quando as pessoas mais precisavam de ajuda.Eu chamo-lhe covardia.



10 de setembro de 2015 às 19:14  

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