Luz - Pescador no cais do Poço do Bispo, Lisboa
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Sempre me surpreenderam estes pescadores à beira Tejo (ou Douro, ou Sena, ou Tamisa…), em estuário de rio tão movimentado e agitado, por vezes poluído. Também é verdade que raramente, muito raramente (isto é, duas vezes em toda a minha vida…), avistei peixes de consequência (superiores a dez centímetros…) nos baldes que, esperançosos, estes pescadores carregam com eles, colocam ao pé das cadeiras ou guardam nas malas dos carros à vista. Mas não duvido de que o erro é meu. Com efeito, milhares de pescadores a passar milhões de horas por ano, nas margens dos nossos grandes estuários e rios urbanos, estão aí para desmentir os incrédulos e para nos garantir que não se trata de preguiça dos senhores pescadores, mas sim de oportunidades reais para apanhar sargos ou linguados, enguias ou corvinas, solhas ou savelhas, tainhas ou cabozes. Além da misteriosa segunda cana de pesca, de que só eu conheço o segredo, interessou-me, nesta imagem, a linha traçada pela ponte Vasco da Gama. Esta marca bem o horizonte, mas permite a abertura da sua bonita elevação. (2015)
-Luz - Pescador no cais do Poço do Bispo, Lisboa -
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1 Comments:
Quanta "política" vi aqui discutir antes das eleições e com que surpresa verifico, hoje (dia 13), que nem uma palavra foi escrita acerca das ditas. Confesso que esperava um rescaldo, uma pequena alusão que fosse. Agora é só pesca no cais (sempre alude à reflexão ou ao lamber das feridas); "Erro" ou homofobia (banzé jornalístico), os obreiros da geologia (mais um manancial de informação interessantíssima, para devorar e decorar) e os meninos do Ordonho (onde judas jamais encontrará as botas)... Assinado: Abstencionista convicto.
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