O 25 de Abril
Por Joaquim Letria
HÁ 35 ANOS que se festeja o 25 de Abril. Quem não devia festejar, também festeja. É uma festa de Borda d’ Água. Comemoram a data e dizem todos mal da ditadura.
Numa das sessões a que fui este ano, um militar de Abril explicou que o fascismo era tão mau que obrigava rapazes e raparigas a andarem em escolas separadas, que os cabos do mar, na praia, proibiam os calções de banho curtos e bikinis, e no intervalo dos cinemas a gente era multada se não tínha licença de isqueiro. Fiquei com a impressão de que já parece mal falar de 48 anos de partido único, guerra colonial, serviço militar obrigatório, censura e polícia política.
Um miúdo cheio de “piercings”, brincos e tatuagens, e inteligência, perguntou como seria hoje Portugal se não tem havido ditadura. Arranjou uma discussão em que ninguém se entendeu. Deve estar a fazer a mala para emigrar e eu vim para casa a imaginar uma Áustria cheia de portugueses. 25 de Abril, sempre!
«24 Horas» de 28 de Abril de 2009Numa das sessões a que fui este ano, um militar de Abril explicou que o fascismo era tão mau que obrigava rapazes e raparigas a andarem em escolas separadas, que os cabos do mar, na praia, proibiam os calções de banho curtos e bikinis, e no intervalo dos cinemas a gente era multada se não tínha licença de isqueiro. Fiquei com a impressão de que já parece mal falar de 48 anos de partido único, guerra colonial, serviço militar obrigatório, censura e polícia política.
Um miúdo cheio de “piercings”, brincos e tatuagens, e inteligência, perguntou como seria hoje Portugal se não tem havido ditadura. Arranjou uma discussão em que ninguém se entendeu. Deve estar a fazer a mala para emigrar e eu vim para casa a imaginar uma Áustria cheia de portugueses. 25 de Abril, sempre!
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