Ricos e pobres
Por Joaquim Letria
É O TRABALHO que aperfeiçoa as pessoas, que lhes justifica a vida e as dignifica moralmente. Um rico deveria ser a consequência natural duma vida produtiva intensa, forjada na poupança, no aforro e na assunção do risco do dinheiro que investe. Por isso, nessa óptica, existe a suspeita, muitas vezes fundada, da procedência ilegítima de qualquer património volumoso que não decorra do sacrifício, da nobreza do sangue ou de reconhecida herança.
Diferenciar os impostos, agravando-os para uns e aligeirando-os para outros, é ter uma visão politicamente torpe, eticamente condenável e fiscalmente inútil da sociedade, é dividir esta entre bons e maus, é justificar os atiradores de mira telescópica que, ao serviço dos bons e dos maus, seleccionam as suas vítimas e as abatem, diferenciadas pela sua escolha cirúrgica.
O volume das recolhas fiscais depende muito mais do multiplicador do que do multiplicando. Por mais que se ordenhe as poucas bolsas mais cheias não se resolve, dessa forma, a insuficiência deficitária e muito menos assim se fomenta a criação de riqueza, se contribui para a criação de emprego ou se liberta o País da pobreza e da miséria que nos envergonha. Principalmente quando há anos se faz essa rábula com ricos que, afinal de contas, não tão ricos como isso.
É O TRABALHO que aperfeiçoa as pessoas, que lhes justifica a vida e as dignifica moralmente. Um rico deveria ser a consequência natural duma vida produtiva intensa, forjada na poupança, no aforro e na assunção do risco do dinheiro que investe. Por isso, nessa óptica, existe a suspeita, muitas vezes fundada, da procedência ilegítima de qualquer património volumoso que não decorra do sacrifício, da nobreza do sangue ou de reconhecida herança.
Diferenciar os impostos, agravando-os para uns e aligeirando-os para outros, é ter uma visão politicamente torpe, eticamente condenável e fiscalmente inútil da sociedade, é dividir esta entre bons e maus, é justificar os atiradores de mira telescópica que, ao serviço dos bons e dos maus, seleccionam as suas vítimas e as abatem, diferenciadas pela sua escolha cirúrgica.
O volume das recolhas fiscais depende muito mais do multiplicador do que do multiplicando. Por mais que se ordenhe as poucas bolsas mais cheias não se resolve, dessa forma, a insuficiência deficitária e muito menos assim se fomenta a criação de riqueza, se contribui para a criação de emprego ou se liberta o País da pobreza e da miséria que nos envergonha. Principalmente quando há anos se faz essa rábula com ricos que, afinal de contas, não tão ricos como isso.
«24 horas» de 31 Mai 10
Etiquetas: JL
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