Amnésia conveniente
Por Manuel João Ramos
VALE A PENA ouvir as declarações de Mário Mendes, Secretário-Geral da Administração Interna, no final de uma entrevista na SIC Notícias sobre o arquivamento da averiguação do Ministério Público à sua co-responsabilidade na colisão da Av. Liberdade em 27 Novembro 2009. À pergunta do jornalista Mário Crespo sobre se teria induzido o motorista a conduzir em velocidade excessiva, o "super-polícia" responde:
- "Nunca o faria, nunca o fiz, nunca o fiz, e... creio que nunca o faria, nem nessas circunstâncias nem em quaisquer outras".No entanto, o despacho de acusação do DIAP é claro: o veículo seguia em marcha urgente pela Av. Liberdade à hora de ponta porque o magistrado a ordenara.
E já agora: se o magistrado confessa não ter qualquer recordação do dia em que se deu a colisão ("Aquele dia é como se não tivesse existido"), como pode afirmar peremptoriamente que não induziu o motorista a circular em velocidade excessiva?
Etiquetas: Av. Liberdade, Mário Mendes, MJR, sinistralidade rodoviária
2 Comments:
Einstein explica isto, na sua teoria da relatividade.
E a Bíblia sugere tambem a existência de dois mundos paralelos... um por cima... outro por baixo.
Mas c'um raio, porque carga de água se foi lembrar o Senhor Mário Crespo de colocar uma questão daquelas ao Senhor Mário Mendes?
Mário Mendes? Mas este gajo não é um piloto Argentino de raly's?
Ah já sei! É que o Senhor jornalista, habituado que está a navegar calmamente no seu "Take Five" (que por sinal, já foi meu) dificilmente compreende a necessidade urgente que outros tÊm, de se deslocar rápidamente nas ruas da cidade, nem que para isso, tenham de levar uns quantos artolas à sua frente.
É bem feito... têm o habito de ficar ali especados a olhar para anteontem e depois... tungas, levam uma bordoada, que é para ver se abrem os olhos e se fazem espertos.
É assim mêmo oh Mendes, arreia nesses gajos... lesmas do caráxas...
Eu também ouvi.
Para ele aquele dia não existiu!
Pena,não puder debater com o Sr. Mário Mendes o que ele disse e,explicar-lhe porque não acredito.
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