Lagostas, gansos e, um dia, nós...
O JORNAL L"Unione Sarda contou ontem que, na Sardenha, um
casal de turistas alemães viu no aquário de um restaurante lagostas à espera de
serem cozinhadas. Impressionada, a alemã foi à rua fumar e regressou com alma
de Garibaldi: queria lagostas, não para as comer mas para as libertar.
O patrão
do restaurante "Mama Latina" ainda explicou que deitados ao mar os crustáceos
não sobreviveriam muito tempo, mas a alemã (isto já parece ser um padrão) foi
teimosa. Quanto? "500 euros", cedeu o italiano.
Os alemães levaram as lagostas.
O jornal tem 25 comentários, divididos entre o aplauso ("bravi!") e a crítica
(a minha preferida: "Assim se explica como é fácil vencer contra a Alemanha").
Notei também que a alemã fumadora cuida mais da saúde de lagostas do que da
sua.
Nada que eu já não esperasse do género humano desde a proibição do foie
gras na Califórnia. O foie gras é fígado gordo conseguido forçando os gansos a
comer muito para ter os fígados dilatados. A lei que entrou agora em vigor foi
assinada em 2004 pelo governador Arnold Schwarzenegger. Esse que nunca tomou
nada para ter partes do corpo dilatadas. Em todo o caso, aplauda-se a
generosidade do estado da Califórnia.
Em Nova Iorque, o presidente da Câmara
também quer proibir bebidas açucaradas de tamanho gigante e tem sido muito
contestado. É verdade que a medida não pensa em gansos, mas só nas barrigas e
rabos dilatados de crianças (Homo sapiens, uma sub-espécie).
«DN» de 4 Jul 12 Etiquetas: autor convidado, F.F
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