Sul-africano resolve mistério
Por Ferreira Fernandes
ESTEVES
Bicho é um sul-africano que resolveu o nosso mais antigo mistério: onde
anda D. Sebastião?
Encontrei o Esteves quando ele regressava a
Joanesburgo depois da sua fantástica descoberta. Perguntei-lhe: com tão
tremendo sucesso, porque não fica por cá para recolher os louros?
Explicou-me: "Tive de entrar às escondidas no Palácio de Sintra, que é
monumento nacional, e posso ser processado. Volto para a África do Sul
para divulgar as informações pela Internet." Só há um ano o
sul-africano ouviu falar do desaparecimento de D. Sebastião. Pegou
logo num scanner - dos mais sofisticados, daqueles que se usam nos
aeroportos e conseguem ver as pessoas nuas - e veio para Portugal,
investigar. Num ano gastou uma pequena fortuna. Andou pelos lugares de
que o infortunado rei gostava (da Galeria das Damas, em Évora, ao
Palácio de Xabregas), só o livro para saber isso custou 18 euros num
alfarrabista na Calçada do Combro: "Até que, há 15 dias, pela
meia-noite, entrei no Pátio da Audiência, no Palácio de Sintra. Liguei o
scanner e apareceu-me o D. Sebastião!" Tem a certeza?, perguntei.
"Lábios grossos e gola de pregas engomadas, era ele", disse o
sul-africano, sem hesitação. Sempre desconfiado, insisti: mas o scanner
não é só para ver através da roupa? "Não, também apanha almas danadas",
disse.
Ele partiu para a África do Sul e eu conto tudo aqui, neste
cantinho. Se o Esteves tivesse apanhado a Maddie, era manchete.
«DN» de 6 Jul 12 Etiquetas: autor convidado, F.F
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