O 26 de Abril - no entender de muita gente
Anteontem, às 16h 20m, nos 'Dias da Música' do CCB
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Sem que se veja um polícia, uma multidão de amadores de música invade os relvados de Belém
(Pormenor)
O TÍTULO deste post, que esteve para ser, apenas, «O 26 de Abril», podia parecer provocatório, mas tinha uma justificação: é que no dia 25 de Abril de 74 muita gente pensou que, a partir daí, podia fazer-se o que se quisesse, ao mesmo tempo que boa parte das autoridades se demitia das suas funções - nomeadamente das repressivas.
O facto de estas fotos terem sido tiradas num dia 26 de Abril acaba por ser uma metáfora dessa perversa forma de encarar a Liberdade conquistada.
Etiquetas: CMR
8 Comments:
Não vale a pena acrescentar que, do outro lado do edifício (e no próprio parque de estacionamento) havia lugares (onde, aliás, eu estacionei).
Polícias, vi apenas dois agentes da PSP, completamente perdidos no meio do caos.
Se fosse um jogo de futebol, estavam lá centenas deles...
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Os carros da primeira fotografia estão estacionados em cima do relvado de um jardim? Ou estou a ver mal?
Por acaso ainda ontem li, no site «Jornalismo Porto Net» que, em 2009, os eléctricos do Porto estiveram cerca de dois dias imobilizados devido a carros mal estacionados sobre os carris. A directora do Museu do Carro Eléctrico alertou para o facto do eléctrico vir a perder clientes se a situação não se alterar.
Carina,
Sim, toda aquela gente teve o cuidado de deixar o passeio livre... estacionando em cima da relva.
O ângulo da foto (tirei-a de dentro do carro) é que não dá para ver bem.
Mas também já são velhas as queixas contra a Junta de Freguesia dali, que não faz nada para impedir o estacionamento selvagem.
Neste caso, discretos pilaretes resolveriam o assunto. O que se passa é que essa gente NÃO QUER.
Sou professora e, infelizmente, o post aplica-se lindamente ao nosso sistema educativo. Andamos há anos a dizer que as coisas não funcionam bem (e é verdade!) mas ainda ninguém se lembrou que muitos problemas se resolviam se houvesse mais autoridade dentro das escolas e dentro das salas de aula. Temos medo que se confunda disciplina e autoridade com o sistema da reguada do Estado Novo. Depois dá o que dá.
Sou da opinião que pilaretes resolvem mas à custa da beleza do espaço; ficam mal e não custam pouco dinheiro.
Já se as polícias, até no próprio interesse financeiro (coimas) do Estado, fossem mais rigorosas ao reprimir o estacionamento abusivo e realmente rebocassem os carros iam contrariar fortemente o sentimento de impunidade actual, pelo menos em relação à utilização automóvel.
Nestes casos, há vários níveis de repressão:
1 - A punição (quando a polícia age, mas só de vez em quando) -
As infracções são a regra.
2 - A dissuasão (quando a polícia age com grande frequência)
As infracções passam a ser a excepção, mas ainda existem.
3 - No entanto, quando é necessário reduzir a infracção a zero, só os pilaretes resolvem a situação.
Podem ser pequenos e discretos, e até podem ser vasos, árvores, canteiros, candeeiros, passeios sobre-elevados, etc.
Está tudo inventado, por esse mundo fora.
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