28.2.16

Luz - Comércio em Alfama, com telemóvel e Coca-Cola

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Algures no bairro que parece ser o mais popular de Lisboa, uma loja e seus clientes dão sinais de “modernidade”: o comércio já não é o que era. Nestas montras e máquinas, encontrar uma bebida portuguesa é quase trabalho labiríntico! Líquidos portugueses, além do extintor, só reparei nas cervejas Sagres... O bairro, com as suas adjacências para a Castelo e a Graça, assim como, mais longe, o Martim Moniz, é um dos mais inter-culturais do país, maneira de dizer que é ali que vivem grandes concentrações de minorias étnicas: Indianos, Chineses, Muçulmanos e Africanos. Ao que consta, uma das últimas novidades será a de apartamentos muito simples e confortáveis arranjados para estrangeiros, que os alugam pela Internet, meia dúzia de dias cada vez. (2015)

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25.2.16

Portugal e as Forças Armadas (FA)

Por C. Barroco Esperança
Os militares, após a Revolução de Abril, começaram cedo a ser ostracizados. Portugal, incapaz de fazer a catarse da guerra colonial, tão injusta quanto inútil e criminosa, viu depressa insurretos, nos libertadores, e patriotas, nos algozes da ditadura.
Só um país rico se podia ter dado ao luxo de esbanjar a formação e experiência técnica, administrativa e de liderança de oficiais e sargentos dos três ramos das Forças Armadas. Podia ter aproveitado, depois de afastados os próceres da ditadura, a honradez castrense que rivalizava com a dos melhores quadros que os partidos atraíram.
Os partidos preteriram sempre os militares, especialmente os que nos libertaram da mais longeva ditadura europeia, quando precisaram de autarcas e quadros da Função Pública. Afastaram os que, em comissão de serviço, integravam a PSP; até da GNR afastaram os oficiais da Academia Militar numa progressiva desvalorização das Forças Armadas e do carácter simbólico da unidade nacional que representam.
O fim do Serviço Militar Obrigatório (SMO) ‘exigido’ pelas juventudes partidárias do CDS, PSD e, até, do PS, com honrosa exceção da Juventude Comunista, impediu que as FA refletissem a diversidade do País, incorporando jovens de ambos os sexos, durante 1 ano, que seria de serviço cívico para os excedentes das necessidades militares.
Assim, transformam-se as FA de um País na guarda pretoriana de um qualquer regime. Quando os símbolos da unidade nacional rareiam ou se diluem é o SMO que aglutina o que resta da identidade nacional num mundo globalizado.
O direito à deserção ou o dever de sublevação contra uma ditadura transforma-se, numa democracia, na obrigação de obediência a decisões legítimas, onde um ano de vida seria uma necessidade para o País e a experiência enriquecedora para os jovens.
Além do recrutamento que as FA permitiriam, para as polícias, havia a renovação anual de efetivos, onde os soldados são velhos aos 30 anos e os oficiais são novos aos 50, sem os custos incomportáveis de FA em regime de voluntariado, como ora sucede.
Os responsáveis pelo fim do SMO lesaram a autonomia e identidade do País. Quando já nenhum país tinha colónias, a ditadura, de tão retrógrada, foi a última na descolonização e preferiu a derrota que inviabilizou uma negociação que evitasse a tragédia.
Com a cultura democrática que o 25 de Abril legou, as FA podiam ser o povo fardado em vez de correrem o risco de se tornarem na guarda pretoriana de um novo polvo civil.
Há erros irreversíveis e cedências que se tornam crimes.

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22.2.16

Sem emenda - Refugiados e imigrantes na Europa

Por António Barreto
É uma das piores crises da União. A coesão, os valores e os interesses são ameaçados. Os equilíbrios internos andam mais instáveis que nunca. Estão em causa a política e as políticas sociais. A Europa vive confrontos da pior espécie, os dos preconceitos e da intolerância. Mas também os da irresponsabilidade. Abrir totalmente as portas é tão errado quanto fechar.

É importante tentar perceber o que se passa e o que acontece. Cá dentro e lá fora. O que se passa não é único e inédito. Já vimos. Já conhecemos. Mas não com esta escala. Não desta maneira. Não perante a inacção das autoridades que não conseguem entender-se. Até agora, a União falhou.

Temos de compreender. Os que querem receber ainda mais refugiados e os que não querem. Os que querem peso e medida e os que acham que a Europa deve receber toda a gente. Perceber os que apenas admitem brancos e cristãos, mas também os que só querem aqueles de que precisam para varrer as ruas. Sem percebermos o que realmente está em causa, nunca encontraremos soluções. E seremos, Europeus, os primeiros a sofrer as consequências dos preconceitos.

Percebê-los todos é indispensável. Mesmo os que, como eu, são favoráveis a receber centenas de milhares de refugiados e imigrantes, devem compreender os outros, os que se fecham e receiam ver a sua Europa desaparecer. Ora, a Europa que vale a pena é a Europa que sempre deixou partir e sempre viu chegar. Com condições, claro: registos, contratos de trabalho, distinção entre refúgio e imigração, separação entre perseguição e procura de oportunidades.

Perceber os europeus permitirá, talvez, resolver problemas, sem deixar esfacelar a União e sem encorajar a intolerância. Compreender implicaria ajudar a Europa a evitar as mensagens contraditórias da União. Foram dados sinais de que todos podiam vir e sinais de que ninguém podia. Houve quem forçasse, pois seria recompensado. Partir à aventura com filhos de ninguém e ver morrer crianças na praia ou idosos na montanha cria emoções convincentes. E deixam-se fazer negócios de passadores, passaportes, barcos falsos e cicerones. Este mercado ilegal que vive da contradição, da chantagem e dos medos das administrações e dos políticos vale 20 mil milhões de euros por ano. O princípio da legalidade é o único capaz de travar os salteadores, os fabricantes de salva-vidas falsos, os que prometem viagem, agasalho e emprego. Os países europeus podem lutar contra esses e aniquilar uma boa parte dessas redes criminosas.

Toda a gente tem ideias e faz propostas. Muito bem. Certo que não há uma solução, há milhares de soluções. Mas deve haver princípios que presidem a essas acções. O da generosidade benemérita e humanista. O da solidariedade, também. O da necessidade europeia de receber mais população e o da integração. Mas ainda o da defesa dos equilíbrios sociais internos na Europa. O da prevenção do crime e da desordem. E o do Estado de direito em vigor.

Prioritário é ordenar os movimentos de população com registos e identidade, definição de residência, emprego e aprendizagem rápida da língua. E rejeitar ou deportar quem não cumpra. Como urgente é ainda distinguir um candidato a refugiado, um imigrante à procura de uma oportunidade e populações deslocadas pela violência. Como é evidente, trata-se sempre de seres humanos. Mas os graus de necessidade e urgência são muito diferentes. E as soluções também.


Convém, finalmente, recordar que os refugiados e os imigrantes têm deveres, como sejam respeitar as leis e os costumes dos países de acolhimento. Confiscar os bens dos refugiados é medida infame, mas levá-los a contribuir pelos impostos e pelo trabalho, tal como qualquer cidadão nacional, é decente. Os refugiados e os imigrantes não têm mais nem menos deveres ou direitos do que os nacionais. Têm os mesmos.
DN, 14 de Fevereiro de 2016

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21.2.16

Luz - Europeia e Asiática, num café, na Strand, Londres

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Era um dia quente de Verão. Estudantes, gente de trabalho e turistas passeavam-se lentamente pelo Strand. Do Instituto Courtauld para a Universidade de Londres, de Somerset House para o Tamisa. Neste café, fresco e sossegado, liam-se livros, ouvia-se uma música distante e despachava-se ao telemóvel. (2015)

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20.2.16

Apontamentos de Lagos



Uma casa para gatos abandonados, mas que os cães também aproveitam...

O milagre do Almanac

Por Antunes Ferreira, em Goa 
 Hoje vou contar um milagre verdadeiro. Não acredito em milagres, mas neste podem acreditar que sim, que é. Trata-se do Almanac de Parede que acaba de completar 113 anos sempre em língua portuguesa. A família Correia foi a sua fundadora. Reporto-me a um excelente assinado por Karsten Miranda n a revista semanal de OHERALDO de que já escrevi um texto.
 A história dos Correias durante quatro gerações diz que nasceu em 1903 e era impresso na Tipografia Progresso em Margão. Hoje o Almanac tem uma tiragem de mil eemplares, dos uais 125 vão para Damão onde o Português ainda é bastante usado. Ao fundador seguiram-se o filho Joaquim Felipe Roque Correia e depois o neto Eric Correia, que é advogado mas continua a editar a publicação.
 Passaram pela Direcção Domingos e Elisa Ena Correia.
 Auxilia o causico, sua mulher Sheira que é a entusiasta do Almanac que entre os seus diversos apoiantes conta com a Fundação Oriente. 
Modernzou-se ainda qje seja publicado a preto e branco. Até já tem um Website linkado ao do governo de Goa. Continua a publicaar as festas católicas e as hindus, telegramas e seu preço, dias feriados das duas religiões, regras de de etiqueta e os nomes dos santos pdroeiros de cada dia. Nem falta a necrologia, com os pormenores dos funerais e respectivas condolências..
 Mas o relevo é dado à festa anual de São Francisco Xavier na Velha Cidade e às novenas de Goa Velha que não tem nada que ver com a anterior. Mais um pormenor: no pricípio custava 25 poiçás preço que nem sequer tinha correspodênciia com o escudo português. Hoje compra-se por dez rupias (um euro vale cerca de 74 rupias...)
 Um amigo que tenho em Mapuçá (a terceira cidade de Goa) tem a colecção completa do Almanac de Parede que vem desde l seu bisavô até hoje. Repito o que no início deste artigo escrevi: é um milagre do querer, da perseverança, do amor da Família Correia. Sem tentar fazer comparações (que poderiam ser de mau gosto) vem-me ao toutiço o nosso Borda d'Água ainda que sem tantos pormenores deste último.
 Há tempos idos (1980) escrevi para o DN um texto em que referia o incómodogo da não existência do cê ceilhado cujo tipo se tinha perdido ou quiçá partido. O título era "Escrever coração com um 5 invertido". Goa está cheia de coisas quase inverosímeis mas que acontecem desafiando os anos e os séculos. Não é preciso muito tempo para as descobir e entender. Elas estão aqui à mão de semear. Haja quem acompanhe um qualquer escriba e elas surgem aparentemente do nada.
 Nunca me passaria pela cabeça saber da eistência da publicação Parede, mas finalmente e felizmente isso aconteceu. Porque em Goa pode acontecer tudo, até o Almanac de Parede que se pode encontrar nas paredes das velhas mansões ao estilo português. Ou seja, ao estilo luso-goês hoje ao estilo colonial...

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19.2.16

Sem Emenda - As Minhas Fotografias


Memorial do Holocausto, Berlim
Perto de Unter den Linden, da porta de Brandenburgo, do Reichstag e da Potsdamplatz, quase em cima do terreno que era, há poucos anos, a fronteira entre o Leste e o Oeste, foi construído este memorial, inaugurado em 2005. A sua simplicidade é total. São cerca de 2.700 destes blocos, iguais em tudo, menos na altura. Vistos de cima, criam uma impressão ondulante fascinante. As formas fazem lembrar os cemitérios de Jerusalém. Pode-se deambular ao longo dos corredores. O silêncio é quase absoluto. Os grafitos inexistentes. Não são as formas que comovem: é a simplicidade e o despojamento. Sem referências visíveis ao Holocausto ou à morte, este memorial, que não é bem um monumento, acabará por sê-lo. Mesmo com centenas de carros à volta, pessoas a passar, turistas a correr, crianças a brincar, comerciantes a vender souvenirs e intenso barulho da cidade, mesmo assim, sente-se mais o silêncio do que o ruído. E pensamos melhor numa Europa que já foi. (2010)
DN, 14 de Fevereiro de 2016

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18.2.16

A União Europeia (UE) a caminho do fim?

Por C. Barroco Esperança
O projeto mais mobilizador do pós-guerra foi a utopia de uma comunidade económica, social, política e financeira, que despertou a esperança dos povos para uma democracia europeia onde a solidariedade e o desenvolvimento tivessem lugar.

Criou-se a moeda única, que exigia a federação dos Estados, e surgiram nacionalismos que dissolveram o sonho comum. Uma moeda não sobrevive sem Estado e a UE foi definhando com divergências geoestratégicas, competição fiscal e falta de integração, abrigada no guarda-chuva da Nato, com uma política externa errática. As contradições internas e a ausência de estratégia comum acabaram por transferir o poder das nações para burocratas sem legitimidade democrática nem sensibilidade política.

«Temos de criar um género de Estados Unidos da Europa», disse Churchill, em 19 de setembro de 1946, respondendo a uma pergunta na sequência da sua conferência, na Universidade de Zurique, quando já não era primeiro-ministro. Essa criação devia ter tido lugar, porventura de geometria alargada à Rússia e com objetivos diferentes, mas a União Europeia foi mais célere no apoio ao cerco à Rússia, com bases da Nato, do que na defesa dos seus países, agora asfixiados pelas dívidas soberanas.

A UE delinquiu na invasão do Iraque, sem que os autores sejam julgados pelo TPI, e foi cúmplice da destruição da Jugoslávia, do massacre da Sérvia, da deriva nacionalista da Hungria, Polónia e do que mais virá. O Reino Unido, perdido o império, hesitou sempre entre integrar a UE e acabar como 51.º estado dos EUA, arriscando-se, após secessão da Escócia e unificação da Irlanda, pelos republicanos do Sinn Féin, a ver ainda Edimburgo e Belfast a juntarem-se a Dublin, na União Europeia, antes do estertor desta.

A UE é complacente com a deriva autoritária e reislamização da Turquia, consentindo o massacre dos curdos e a disfarçada proteção ao Daesh, e hipoteca a civilização, tolhida pela súbita alteração étnica e cultural com que multidões de refugiados a atemorizam.

A Alemanha que procurou europeizar-se acabou a germanizar a Europa com os países a oscilarem entre direita e extrema-direita, sem alternativa e, em breve, sem alternância, à procura de modelos securitários, antes da desintegração, de novas ditaduras e, talvez, da loucura total de uma nova e derradeira guerra.

Não há pachorra para a arrogância de um ministro teutónico das Finanças a dizer como devem votar os países da União onde todos merecem ser iguais, pelo menos, no respeito mútuo e recíproco.

A UE ou se federaliza, e duvido da vontade dos seus povos, ou desaparecerá. O fim será cataclísmico.

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14.2.16

Luz - Fila de espera para o eléctrico, com Tuk-Tuk, no Martim Moniz, em Lisboa

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Já muita gente aludiu, nestes últimos anos, ao crescimento do turismo em Lisboa (e no Porto). Na verdade, ao longo desta década, mais ano, menos ano, os turistas deixaram rapidamente de vir a Portugal apenas ou quase só por causa das praias e do Algarve e começaram a encontrar outros pontos de interesse. Na lista das prioridades, vamos encontrar Lisboa e Porto, o rio Douro, os monumentos habituais (Belém, Jerónimos, Pena, Sintra, Batalha, Alcobaça, Mafra, Tomar…), o vinho, a cozinha e os centros históricos das cidades. Museus e cultura parecem atrair pouco, com excepção dos Coches (pela originalidade), talvez a Gulbenkian (pela qualidade) e quem sabe se o das Janelas Verdes, bem administrado e animado como está, virá também um dia a atrair forasteiros. Como se sabe, todo este incremento ficou em grande parte a dever-se aos “low cost”, às crises e às guerras do Mediterrâneo e aos cruzeiros. Mas, como sempre, enquanto uns reagem a uma velocidade espantosa (até de mais…), como os Tuk Tuk que invadiram tudo, outros demoram anos e perceber. Os carros eléctricos, por exemplo, são uma coqueluche, não há estrangeiro e até português que não queira viajar lá. Só que é necessário fazer filas estúpidas, longas, demoradas, quantas vezes ao sol de queimar… Mas sejamos optimistas! Uma coisa reagiu depressa: os ladrões e os “pick pockets” são mais que muitos! Chega a haver vários em concorrência dentro do mesmo eléctrico! (2015)

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Margão

Por Antunes Ferreira
Um destes dias fui a Margão considerada a segunda cidade do estado de Goa. É mais populosa do que Panjim, mas nunca teve aspirações a ser capital. Recordo o que aprendi em 1980 em que vim à terra que me enfeitiçou, pela segunda vez, já que a primeira goesa que também o fez é a minha mulher Raquel. Tenho falado tanto dela (dela, da minha cara-metade. Margão é interessante e de certa forma empolgante.
Situa-se nas margens do rio Sal e goza do prilégio de ser uma das mais antigas cidades do estdo. A construção civil é uma bomba um tanto descontrolada, o que orgina que ela tenha o indice de maoir crescimento. Quando chega um cidadão anónimo - o que é o meu caso - depara-se com uma entrada da cidade pejada de casas coloniais dos tempos dos Portueses, algumas a caminho do final, remendadas, sem quaisquer modificações ou melhoramentos em risco que queda no nada.
Tem, ainda mansões famosas, que mais parecem palácios, infelizmente muitas em estado de degradação. É muito caro mantê-las como é evidente; dez/onze divisões, cozinhas (duas ou três) sanitário, muitas delas com capelas próprias. Não há rupias nem paciência que motivem os seus donos. Há ainda os que emigraram em busaca de melhor vida e os que fizeram das terras onde vivem as suas "próprias" terras.. 
No seu centro está plantado o jardim Ali Khan uma oferta do chefe dos ismaelitas. À roda há uma colmeia que percorre as lojas mais diversas recheadas de todas as mercadorias. Logo me lembro que também em oitenta me disse uma prima direita (há as "tortas", ou seja em segundo, terceiro e quarto grau e não sei se mais.Talvez de marcha-atrás...)
Trazia-me aqui a vontade de ver pela primeira vez o crematório hindu e muçulmano, curiosamente situados na chamada rua das saudades... E vi-os, sem tirar fotografias po dois motivos, a saber: porque sou uma abécula ao tentar manejar o smartfone que só me serve falar com outra gente, no resto nada. A segunda foi porque o meu condutor/seceretário Premanand (que a passar destes momentos é também meu filho...)me avisou para o não fazer senão caíamo o Carmo e a Trindade. Óbvio que ele não usou a expressão, mas mais vale estar prevenido.
Ainda fui ver como estava o mercado Afonso de Albuquerque que continua a ser assim denominado. Estava como sempre, pejado de gente católica e hindu, pois os muçulmanos em Margão são minoritários, ainda que não se fale no Daesh... À minha espera em frente de um edifício que já conhecia bem, a câmara municipal, estava o senhor Rosário que nem sabia se era primo de alguém, mas tinha de sê-lo naturalmente.
O senhor Manuel do Rosário de Fátima, que já estivera em minha casa na capital do "Império" e comera um almoço de... cozido à portuguesa, levou-me ao café Longuinhos que em tempos fora um dos ex-libris de Margão e que eu conhcera em 1980. Modificações no estacelecimento? Está muito pior com um ar de capela mas sem a cruz. O tempo não se compadece com reliquias.

Voltamos a Panjim, mais precisamente a Miraramar. E, uma vez mais o tânsito na cidade eminentemente comercial é um cataclismo. Sempre a vi assim e não era hora de ponta. Olhem lá: e não era.

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