31.7.16

PERGUNTA DE ALGIBEIRA - 4 - O papel A4

1 - Quantas folhas de papel A4 de 80g/m2 são necessárias para preencher 1 m2?
2 - E se for papel de 60g/m2?
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ATENÇÃO: Claro que é possível chegar às respostas certas fazendo contas simples, dado que 1 folha A4 mede 21,0 cm x 29,7 cm.
Mas há uma forma muito simples... e "de cabeça" - e é essa que se pretende.

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30.7.16

PERGUNTA DE ALGIBEIRA - 3 - As "caricas"

Qual a marca de refrigerantes cuja tampa tem um número par de dentes?
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ACTUALIZAÇÃO: "nenhuma" pois, no seguimento de uma norma alemã, TODAS as caricas têm, actualmente, 21 dentes...

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Sem Emenda - As minhas fotografias

Edifício governamental federal alemão, Berlim – Perto do Bundestag, antigo Reichstag, actualmente sede do Parlamento federal alemão, o governo construiu há poucos anos uma série de edifícios para albergar alguns serviços federais. Por ali está também a residência oficial da Chanceler (Kanzler), assim como vários ministérios e instituições nacionais. Novos e antigos canais do rio Spree, que banha a cidade e a dividiu durante quarenta anos, dão ao sítio um aspecto de calma e serenidade próprias para pensar e governar. Depois da reunificação alemã, era inevitável que se tentasse ressuscitar a grandeza de Berlim. Bona, a capital federal por acidente e circunstância, nunca fora definitiva. Berlim é já a capital alemã indiscutível. E cada vez mais a capital europeia.

DN, 24 de Julho de 2016

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A “telenovela” das sanções

Por Antunes Ferreira
A estória das sanções, das multas e quejandos está muito mal contada. Pelos vistos esteve sempre e penso que no futuro também estará. É uma telenovela com todos os matadores. As notícias vindas a público deixaram os portugueses com manifestações de euforia; melhor do que o tema - só sermos campeões europeus e o golo histórico do Éder. Tento aqui fazer uma tabela classificativa de várias situações. Deus me valha, uns à faca, outros à navalha…Só depois vêm as afinidades de Marcelo Rebelo de Sousa e quase simultânea a coça que o FMI deu no governador do Banco de Portugal. A resposta de Carlos Costa vem provocando ataques de hilaridade. E por isso já fica no carro de apoio…
Da primeira alínea deste comentário há que tirar algumas ilacções mas também diversas dúvidas. Primeiro tem de se ensinar ao povo, “jornalistas” e “comentadores” que multa zero e possíveis cortes nos fundos estruturais não são de todo a mesma coisa. Vai para aqui uma montanha de afirmações que mais parece uma feira da ladra… Bem pelo contrário: o perdão da multa já foi votado pelos comissários europeus, enquanto que no que toca aos cortes nos fundos estruturais continua a originar uma enorme ansiedade, sofrendo-se até se conhecer a deliberação que irá sair,  mas só em Setembro.
E se é certo que o regozijo do Presidente da República, do Parlamento e do Governo é absolutamente natural, já é de admirar (no mau sentido) a posição do PSD. Não fomos multados, muitos parabéns, dizem eles arremedando gargalhadas de hiena, mas imediatamente a declaração de que terminou o “folhetim de 2015”. É uma tentativa de branquear que foram os mesmos laranjas que originaram a confusão, quando no ano passado não respeitaram o défice de 3% constante do Pacto de Estabilidade e Crescimento da (des)EU. É uma forma acintosa de tentar varrer o assunto para baixo do tapete.

No que concerne à cena internacional, a Ucrânia, a Crimeia e a Rússia desapareceram da classificação. O que está a dar são as diversas declarações do Mr. Trump, uma pior do que a outra em fila interminável. Mas uma boa parte dos americanos gostam do homem e das suas bojardas; no entanto pode adivinhar-se o que será o Mundo se o multimilionário ganhar as eleições de Novembro e por isso se instalar na Casa Branca; portanto, mesmo tendo em conta a desilusão de Sanders, a vitória da senhora Clinton  (do mal o pior) a verificar-me originará muitos suspiros de alívio. Porém as sondagens muito equilibradas não sossegam os democratas.
Os símbolos dos dois partidos são um burro (PD) e um elefante (PR). Curiosamente o paquiderme é uma boa imagem de Trump: força e poder sob a égide do cornaca que é o dinheiro. Costuma dizer-se que nos Estados Unidos quem tem dinheiro tem poder e vence terminantemente. Mas os homens simbolizados por um burro não vão em cantigas; dizem-se trabalhadores, persistentes e também um pouco casmurros. Ninguém os tiram do lugar (da vitória) pois recusam-se a perder…
Nesta classificação também está muito bom colocado o papa Francisco com a sua visita, a solo, a Auschwitz. O Pontífice acrescentou muitos pontos com tal decisão, durante o Encontro da Juventude católica que decorre na Polónia. No fundo da tabela encontra-se a Indonésia que avançou com o enforcamento de várias pessoas alegadamente culpadas pelo tráfico de drogas, apesar dos protestos e das pressões (e das ameaças) vindas do estrangeiro. O Mundo em que (sobre)vivemos está mesmo louco.
Voltando ao tema inicial: o vencedor do “concurso” das multas da (des)União Europeia é António Costa e por arrastamento Mário Centeno. A “batalha” ganha em Bruxelas é a antítese do servilismo de Passos e Portas agachados perante a Frau Angela Merkel e Herr Wolfgang Schäuble. Mas ela também pertence ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa. Um senhor chamado Cavaco tem forçosamente de fazer vénia ao seu sucessor, obviamente a contragosto. Comparar Marcelo e Cavaco é comparar o dia com a noite…

Depois deste arrazoado tenho de mencionar um facto que quase é uma anedota, porém muito triste: no Brasil roubaram a chama olímpica e apagaram-na. Creio que nunca acontecera tal estupidez criminosa. Enfim, depois das péssimas instalações da “favela olímpica” que os atletas de quase todos os países foram encontrar, aparece a tragicomédia da chama dos Jogos Olímpicos Rio 2016.Rsta dizer porque estamos no país das telenovelas: que mais lhes poderá acontecer…

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29.7.16

Sem emenda - A pior crise

Por António Barreto
A França vive, há meses, em estado de emergência. A região de Munique, capital da Baviera e uma das mais importantes cidades alemãs, está desde hoje em estado de emergência. A Turquia declarou o estado de emergência e suspendeu as liberdades públicas e os direitos humanos. Esta é a Europa em que vivemos hoje.

É talvez, desde o fim da segunda guerra, a maior e a pior crise da Europa. E estamos longe de ver o seu termo. Lentamente, o terrorismo alastra e procura novos alvos e novos sítios, com diversidade de meios e de métodos. Organizado ou espontâneo, mas quase sempre islâmico. Os povos europeus, de todas as crenças e origens, começam a ter receio. E começam a comportar-se como tal. Não há nada pior do que um povo com medo.

A unidade política, representada pela União Europeia, está frágil e incerta. Sem liderança assumida, mas com um comando impositivo, o rumo europeu parece ser traçado pela força das coisas, pouco pela razão, pouco pela vontade dos povos. Em vários países surgem movimentos para, por via de referendo, pôr em causa a pertença à União. Como reacção contra a imigração, contra a falta de liderança política e contra a falta de perspectivas e oportunidades, em vários países, incluindo pioneiros europeus, como a França e a Itália, surgem vozes crescentes e tonitruantes ameaçando as liberdades e a democracia. Por quase toda a União, um miserável crescimento económico, aparentemente resultado da globalização e das políticas económicas com origem na banca e na Alemanha, faz muita gente desconfiar das vantagens europeias. Por toda a União, altas taxas de desemprego resistem tenazmente às políticas, aos incentivos e aos programas. A saída da Grã-Bretanha é o mais profundo enfraquecimento da União e da Europa desde há décadas.

A Leste, as relações com a Rússia de Putin estão à beira do conflito político e das mais graves consequências. Dos países bálticos à Ucrânia e à Crimeia, toda a região de confronto entre os Europeus ocidentais e os Eslavos aparece cada vez mais como uma fonte de perturbações com um potencial explosivo de temer. A Sul, a pressão dos imigrantes e dos refugiados ainda não encontrou solução nem travão. A Sudeste, o turbilhão turco põe em causa, de modo muito preocupante, os equilíbrios europeus e, em última análise, todo o Próximo Oriente. A Oeste, o lugar deixado vago pela Grã-Bretanha é fonte de preocupação. Do lado de lá do Atlântico, nos Estados Unidos, a incógnita de Clinton e a ameaça de Trump deixam a Europa vulnerável. A Europa está a ficar cercada.

A defesa europeia perde credibilidade. No continente, são crescentes as pressões contra a NATO, designadamente em Portugal, na Espanha, na Grécia, na França e na Turquia. Forças políticas em ascensão ou já com responsabilidades entendem que é chegado o momento de pôr em causa a Aliança. A maior parte dos países europeus não se defende, reivindica a protecção americana e exige que os americanos se metam na sua vida. O melhor exército europeu, o britânico, prepara-se para viver tempos políticos difíceis e eventualmente virar-se para dentro ou para uma defesa nacional prioritária. São gravíssimas as consequências dos golpes na Turquia, seja para a democracia, seja para a NATO, seja para os dispositivos criados ou a desenvolver para a situação dos imigrantes e dos refugiados.

O Estado social, uma criação europeia, ou antes, uma criação de alguns países europeus, está ameaçado e quase periclitante. As direitas, os liberais, os proprietários e a classe média rica não lhe dão importância, pensam mesmo que se gasta demasiado com os sectores sociais. As esquerdas, os populistas, os sindicatos, as classes médias baixas e as classes trabalhadoras exigem que se gaste cada vez mais, sem contar nem verificar o que se produz e poupa para pagar o que se gasta.

            Já não é a primeira vez, mas há luzes na Europa que se apagam.


DN, 24 de Julho de 2016

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28.7.16

Cavaco Silva tem muito que contar – (subsídios para a biografia não autorizada)

Por C. Barroco Esperança 
No almoço de homenagem do último sábado, no ensaio para a reabilitação do pior PR da democracia, Cavaco Silva garantiu que saiu de Belém de consciência tranquila e que há muito por revelar sobre os seus mandatos como Presidente da República.
 Ninguém questiona de que há coisas verdadeiras e importantes a revelar, mas o passado faz temer que as verdadeiras não sejam as importantes e estas não sejam verdadeiras.
 Prescritas no tempo e nas cumplicidades estão as suas relações com o BPN; a troca, sem tornas e impostos, da vivenda Mariani, por um terreno cuja escritura omitiu a existência da luxuosa vivenda Gaivota Azul; as ausências às aulas na Universidade Nova, para dar aulas na Católica, obrigando o reitor, Prof. Alfredo de Sousa, a instaurar-lhe o processo disciplinar conducente ao despedimento, por excesso de faltas injustificadas, de que o salvaria o ministro da Educação, João de Deus Pinheiro; as explicações cabais sobre a ficha da Pide, com um erro de ortografia e suspeições sobre a mulher do sogro; os atos preparatórios da candidatura a PR, na vivenda de Ricardo Salgado, e outras coisas mais.
 Embora duvide que considere importantes questões que os portugueses gostariam de ver respondidas, eis algumas merecedoras de explicação no roteiro que familiares e amigos irão ler, sendo eventualmente os últimos em menor número:
 1 – A organização, na Presidência da República, de dossiers secretos sobre cidadãos, como foi referido na comunicação social;
 2 – A afirmação de um assessor que disse estar diretamente autorizado pelo Presidente a tornar públicas as suspeitas sobre as misteriosas escutas do PM, José Sócrates (falsas), enquanto apoiantes seus falavam de “asfixia democrática”, em aparente conspiração;
 3 – O que o levou a não ‘avisar’ que o chumbo do PEC-IV, na AR, seria dramático para o País;
 4 – A displicência com que consentiu, ele o economista de alto gabarito, a contabilidade de merceeiro que parece ter pautado os ajustes diretos e as transações do Museu, na PR;
 5 – A dilatação da legislatura e as manobras para impedir a posse do atual governo, com graves reflexos do atraso do OE-2016 para a economia e para o sector financeiro.
 Falta a Cavaco provar o merecimento que o atual PR viu, na pressa de lhe atribuir o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique.
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 Ponte Europa / Sorumbático

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26.7.16

PERGUNTA DE ALGIBEIRA 2 - Estranhas lâmpadas...

Estas lâmpadas estão a cair em desuso, mas para o que aqui se quer perguntar não faz mal.
Trata-se de ler um pequeno texto e responder à pergunta final.
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«Abri a caixa onde tinha as lâmpadas guardadas, e tirei metade delas mais meia lâmpada.
Mais tarde, o meu filho foi lá e tirou metade das que lá estavam mais meia lâmpada.
No fim, ficou apenas uma».
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PERGUNTA: Quantas lâmpadas continha a caixa, no início?
ACTUALIZAÇÃO: A resposta certa já foi dada no 1.º comentário.

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24.7.16

PERGUNTA DE ALGIBEIRA 1 - Moedas falsas


Considerem-se 10 sacos com 20 moedas cada um.
Sabe-se que 9 só têm moedas boas (que pesam 10g cada) e 1 só tem moedas falsas (que pesam 11g cada).
Pergunta-se: como descobrir qual é o saco que tem as moedas falsas com uma única pesagem usando uma "balança" como a do desenho (ou, mais correctamente, um "dinamómetro")?
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NOTA: Há muitos problemas deste género, mas com recurso a balanças de pratos: colocando umas quantas moedas num e noutro, vê-se para que lado pende e, com mais ou menos manipulações, chega-se à solução. Mas aqui a balança não é de pratos e só deverá haver UMA pesagem.
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ACTUALIZAÇÃO: A Solução já está afixada em Comentário.

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23.7.16

Terrorismo

Por Antunes Ferreira
Numa declaração entre a surpresa e o drama a jornalista Jenette Winter da rádio pública Bavaria afirmou que nunca pensara que o terrorismo chegasse a Munique. Mas chegou. Ontem mesmo. Um tiroteio pôs em pânico as muitas pessoas que se encontravam num centro comercial que fica a cerca de 10 km do centro de Munique, o OEZ - Olympia Einkaufszentrum. Três atiradores disparam sobre os clientes causando pelo menos sete mortos e bastantes feridos
Até ao momento em que escrevo este texto nada mais se sabia sobre a ocorrência criminosa – mais uma – pois as declarações das testemunhas eram muito diversas, o que se compreende, foram foram obtidas logo após o atentado, em momentos que a tensão se conjuga com a adrenalina. A polícia logo falou num acto terrorista que logo de seguida foi, como já é, infelizmente, habitual, pelo Daesh.
O fenómeno do terrorismo cada vez é mais preocupante, mas a pergunta que se coloca é como para-lo. Esse é o busílis da questão; apenas se pode constar que uma  pessoa (neste caso admite-se que tenham sido três) faz mobilizar polícias, normalmente de intervenção, forças militarizadas, forças armadas e até militares reformados aos quais por exemplo foi pedido por François Hollande para colaborarem na segurança.
O terror não respeita fronteiras, países, cidades, muitos centros onde se encontram cidadãos livres. Ontem ainda no Brasil também foram detidas dezasseis pessoas que, alegadamente tinham planeado e organizado atentados durante os Jogos Olímpicos deste ano que vão decorrer no Rio de Janeiro.

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