28.2.05

«Ridículo»

(Clicar na imagem para a ampliar)

Quando escrevi o post anterior, procurei (no arquivo Corbis, como habitualmente) uma imagem que pudesse servir para ilustrar as sapientíssimas palavras proferidas pelo Sr. Fernado Ruas.

Naturalmente, a palavra-chave que usei para essa pesquisa foi «RIDÍCULO».

Encontrei cerca de 1000 imagens e uma delas foi esta.

Embora não seja a mais apropriada, achei que seria uma pena não a divulgar...

Ruas... da amargura

(Sem legenda - para evitar um processo...)

PÚBLICO online: O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) anunciou hoje que vai processar judicialmente o fiscalista Saldanha Sanches por este ter declarado ao "Diário de Notícias" que um elevado número de autarcas portugueses exigem "luvas".

De acordo com Fernando Ruas, esta acusação já não é nova mas nunca foi provada, acrescentando que recebeu hoje inúmeros telefonemas de colegas autarcas indignados com as declarações do fiscalista ao diário.

"O que o desafiamos é que diga quem são os nomes dos autarcas que conhece que recebem luvas, sob pena de o considerarmos, como da outra vez, um aldrabão", disse Fernando Ruas.

Ouvido pela rádio TSF, Saldanha Sanches diz não estar preocupado com o processo da ANMP.

O fiscalista afirmou hoje ao "Diário de Notícias" que o "número de autarcas que exigem luvas é assustador", numa declaração que reitera afirmações anteriores de comportamentos ilegais de um elevado número de autarcas portugueses.

"É bem sabido que neste país há inumeros processos-crime contra autarcas.

E também é bem sabido que por cada processo crime que avança, há dezenas e dezenas que escapam ao controlo judicial", sublinhou o fiscalista.

O que a gente aprende com eles!

Minutos depois de o Benfica ter sido eliminado pelo CSKA de Moscovo, Trapattoni explicava-nos, furioso, que a sua equipa nunca tinha jogado tão bem como dessa vez!

No take seguinte, pudemos ouvir Pinto da Costa a falar-nos da equipa «soviética»...


Estranho título no «Expresso»...

Quando Santana Lopes "voou", Morais Sarmento, o ministro-boxeur, distanciou-se dele discretamente...

Será isso que justifica o título do «ACTUAL»:

«Aviador contra Pugilista»?

--

ÚLTIMA HORA: Pugilista ganhou

27.2.05

Nem com espelho!!

(Clicar na imagem para ver)

1 - Santana Lopes quer que sejam castigados os militantes do PPD-PSD que foram responsáveis pelo descalabro.
Não se sabe ainda qual o lugar que ocupará na fila dos convocados.

2 - Viemos a saber que as «foleiradas» do hino do «Menino Guerreiro» e da «Carta aos meus amigos que não votam» foram ideias do brasileiro responsável pela campanha do PPD-PSD.

O que é engraçado é que o mesmo cavalheiro, já depois dos resultados, diz que, se fosse hoje, voltava a fazer o mesmo.

Na sua imensa sabedoria brasileira não consta a expressão «Eles não se enxergam mesmo!»?

26.2.05

Associação (gráfica...) de ideias

Santana valida fenómeno científico!

Notícia de ontem:

«Santana Lopes mostrou a convicção de que Sampaio fez a leitura certa da vontade popular, quando decidiu dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas»

Não há dúvida: o nosso homem é que devia ter descoberto o famoso movimento browniano (*)!

(Para ver esta imagem com movimento, aceder a www.fisica.ufc.br/brown/brown3.htm )

(*) Em 1827, o botânico Robert Brown descobriu que grãos de pólen flutuando em água tinham movimentos desordenados, ora para um lado, ora para outro - tal como o nosso ex-Primeiro Ministro. A explicação do estranho fenómeno foi dada em 1905 por Albert Einstein.

Pode-se ler uma explicação simples em www.fisica.ufc.br/brown/brown.htm


25.2.05

Outro professor em apuros

(No seguimento do post anterior - que, aliás, não lembraria ao Diabo!)

Aqui vemos um outro esforçado professor tentando convencer os seus alunos a deixarem que ele lhes ensine umas coisas que só ele sabe...

Tirocínio para Presidente da República?

Lê-se na imprensa de hoje que Guterres vai dar aulas de Democracia para o Iraque (onde, até agora, só havia aulas de "Cia").

Não se sabe se José Lamego vai como Assistente, nem isso interessa agora.

O importante é mostrar como ficam esses esforçados docentes após alguns dias a leccionar em Bagdad.

A propósito de «submersos»

(Clicar na imagem para ver)

As preocupações, em Portugal, manifestam-se por ciclos:

Ou passamos semanas a ouvir falar do Euro (e de mais nada), ou do tsunami (e de mais nada), ou da Irmã Lúcia (e de mais nada)...

Quanto ao maremoto, é claro que já está esquecido - nomeadamente tudo o que se relaciona com a inevitável pergunta que tantas vezes foi formulada:

«E se fosse cá? O que é que tem sido feito?»

Há uma célebre frase que diz que «O Homem só aprende por catástrofes».

Será verídica?


Os submersos...

Morais Sarmento está a ser pressionado para se candidatar à liderança do PSD.
Sendo um emérito caçador-submarino, é de prever que a sua eventual aceitação esteja dependente do facto de Jaime Gama (o famoso «peixe de águas profundas») vir - ou não - a ser ministro.

A propósito de carris...

Dois bêbados arrastam-se ao longo de uma linha de caminho-de-ferro.
Diz um deles:
- Bolas, que os degraus desta escada estão muito afastados!
Responde o outro:
- Mas o pior é que o corrimão está muito baixo...

CP = Corram, Palermas!

Depois de muita luta legal, conseguiu-se, APARENTEMENTE, o que, para qualquer ser racional, pareceria óbvio:

Em caso de prejuízos causados por atrasos e peripécias semelhantes, os clientes da CP poderão demandar civilmente a Companhia e pedir uma indemnização.

A palavra APARENTEMENTE justifica-se, porque os infelizes terão de "provar esse prejuízo", cujo cálculo ficará depois entregue aos nossos tribunais, cuja eficiência é proverbial.

NOTA: Na imagem, vê-se um passageiro da CP que, na dúvida, comprou umas boas sapatilhas. No entanto, com medo de represálias, não quis que lhe apanhassem a cara.

24.2.05

Previsão meteoro... lógica (?)

No meio da seca, há quem aposte no futuro:

A PSP do Porto acaba de prender 9 homens e 2 mulheres que se preparavam para roubar... 382 guarda-chuvas.


O CHOQUE das peúgas

(3,1415926535... úgas)

Ontem, durante o programa «A Quadratura do Círculo», tive de me ausentar por momentos para atender o telefone, mas ainda deu para ouvir, ao longe, José de Magalhães a dizer que era preciso uma coisa qualquer que me soou a «socrete»!

Mas uma tia minha, meio-surda, disse-me que ele, afinal, tinha dito qualquer coisa entre «soquete», «xoquete» e «caquético» - o que me deixou mais confuso ainda!

Assim, hoje, não perdi a repetição - e afinal o que ele disse (e que soava a «Xokético») foi «CHOQUE Ético».

Pelos vistos, mais uma bizarria a juntar ao CHOQUE e Pavor de Bush, ao CHOQUE Fiscal de Durão Barroso, ao CHOQUE de Qualificações do Bloco de Esquerda, ao CHOQUE de Gestão do PSD, ao CHOQUE de Valores do CDS e ao CHOQUE Tecnológico do PS.

E se tivessem dó da gente?

Um engenheiro inesperado

É um pouco estranho ouvir pessoas a serem tratadas por "Doutor" ou "Engenheiro" quando não são uma coisa nem outra, especialmente porque raramente corrigem o interlocutor.

Vem isto a propósito do facto de eu ter lido na Internet que o Eng. José Sócrates não é engenheiro (*).
Não sei se é ou não, mas o certo é que o caso me fez lembrar o meu velho amigo Oliveira que, não sendo licenciado em coisa nenhuma (a não ser, porventura, em batatas fritas), resolveu o assunto da forma divertida que se pode ler em
http://diferencial.ist.utl.pt/edicao/24/olivexport.htm

*

Para quem não tiver paciência de ler tudo, aqui fica o essencial:

*

... Oliveira metera no seu cartão de visita: Olive-Tree@mail.telepac.pt!

Mas ainda faltava a melhor. Foi quando ele comentou:

«Não nos podemos esquecer de meter aí o E-N-G!».

Essa é que, de facto, eu não estava a perceber!

Então ele foi buscar a maqueta dos catálogos que andava a preparar e mostrou-me:

ENG OLIVEIRA

Reagi mal a essa evidente desonestidade profissional:

«Que história é essa?! Desde quando é que você é licenciado em engenharia?!».

Riu-se, com aquele ar de chico-esperto com que eu tanto embirro, e saiu-se com esta:

«Ora, ora... nestas coisas de negócios, o ENG cai sempre bem... afinal de contas, são as iniciais de Empresa de Nutrição e Gastronomia...»

Reagi, talvez agressivamente demais:

«Ó Oliveira! Que raio! NÃO HAVERÁ QUEM O META NA ORDEM?!»

Aí, ele ficou de olhos em bico, e - gaguejando de sincera emoção - saiu-se com esta:

«Acha que era possível?! Você ajudava-me?!»

Não entendi...Mas ele também não tardou a explicar-se:

«Sim!! Era bestial!!! Você arranjava maneira de me meter na Ordem... dos Engenheiros?»

--

NOTA: Muitas outras histórias deste "herói" estão em www.janelanaweb.com/humormedina

--

(*) Segundo me informa uma leitora, José Sócrates é engenheiro civil, e terá concluído os seus estudos em Coimbra. No entanto, e segundo outro leitor, "a coisa" é mais complicada, e remete-nos para http://www.doportugalprofundo.blogspot.com (post de 22 de Fevereiro)

23.2.05

Era assim tão difícil de perceber?!

Ao contrário de Paulo Portas (que soube tirar conclusões rápidas da sua derrota), Santana Lopes começou por dar a entender que se manteria à frente do Partido (e se recandidataria à respectiva liderança), para vir anunciar o contrário 48 horas depois.

Foi o tempo que demorou «a pensar»!

Claro que já estamos habituados a que ele mude de ideias de um momento para o outro, mas o facto de ter demorado tanto tempo para tomar uma decisão óbvia nada abona em seu favor - ou é de compreensão lenta, ou nunca tinha pensado que lhe pudesse suceder o que sucedeu.

E que raio de político é esse, que ainda não aprendeu a PREVER as situações?!

*

E isso faz-me recordar um episódio que se passou comigo:

Em tempos, soube que uma empresa andava à procura de um engenheiro.

Resolvi apresentar um amigo meu, recomendando-o com a indicação de que era muito bom a resolver problemas.

Sorrindo, o administrador agradeceu-me, mas deu-me a seguinte resposta que nunca mais esquecerei:

«Sabe? Eu não preciso de quem RESOLVA problemas. Desses, há muitos por aí. Eu preciso é de quem saiba ANTECIPÁ-LOS para que não cheguem, sequer, a surgir. É que GERIR É PREVER...»

Lembrei-me também disso ao ouvir um político muito conhecido (da área vencedora, por sinal) que dizia recentemente, achando que proferia palavras muito sábias:

«Eu cá só penso nos problemas à medida que aparecem» - pois se assim é, faz muito mal, Senhor Doutor...

22.2.05

Notícia de hoje: Sampaio almoça com Santana

Em público os políticos espancam-se, insultam-se, estrafegam-se... mas, lá no fundo, são todos bons compinchas - até porque (tal como os artistas do wrestling) pertencem à mesma companhia...

É a vida...

*

Nota: No início da minha actividade profissional, tive um reunião de negócios em que fui muito maltratado pelo representante do Cliente - só faltou bater-me!

Quando chegou o intervalo para o café, o homem desfez-se em simpatia; no entanto, o pesadelo regressou pouco depois, o que não impediu que, no final da reunião, me tivesse convidado para beber um copo em sua casa.

Quando dei conta do meu espanto a alguns colegas, eles explicaram-me o óbvio:

Uma coisa são as relações profissionais, e outra - muita diferente - as relações pessoais.
Custou-me a entender, mas tive de me habituar.

Da mesma forma, Santana pode insultar Sampaio hoje, abraçá-lo amanhã e almoçar com ele, alegremente, depois de amanhã; a vida política é mesmo assim, como pode confirmar qualquer pessoa que circule nos corredores de S. Bento:

Nos intervalos dos «mimos», insinuações torpes e insultos, parecem todos amigos e altamente respeitadores das opiniões alheias.

A nova DANÇA...

Depois de uma eficaz campanha eleitoral à base de generalidades que até a minha padeira saberia enunciar

(LIDERANÇA, MUDANÇA, ESPERANÇA, CONFIANÇA, etc),

era de prever que, pelo menos para rimar, aparecesse a

D. CONSTANÇA no meio da FESTANÇA

E, de facto, na noite do dia 20, lá apareceu a dar tau-tau na Comunicação Social:

«Habituem-se!» - declarou, com um ar de quem se sente muito acima do comum dos mortais a quem faz o favor de falar de vez em quando.

Será de mim, ou havia mesmo no ar um inquietante assomo de «ARROGANÇA»?


Sugestão de leitura

Por vezes, apetece-nos ler um livro mas não sabemos bem qual há-de ser...
Para os que estão com esse problema, aqui fica uma boa sugestão.


21.2.05

Isso não se faz ao homem!

(Grande plano de AJJ num televisor dos novos)

Depois de se queixar da PJ, das empresas de sondagens, do Instituto Nacional de Estatística, dos cubanos, do Presidente da República, das corporações, dos jornalistas, dos poderosos, do sistema, dos militantes que não dão a cara e até de um misterioso Sr. Silva, Alberto João Jardim queixou-se ontem... do método de Hondt!!

Já agora, podia também queixar-se dos novos écrans de TV - pois nisso, toda a gente lhe daria razão.

É que um programa feito para os velhos televisores de formato 4:3 fica deformado (em largura) em mais 1/3 quando é visto num écrã de formaro 16:9 - conforme em cima se mostra.
Se para as top-model já é desastroso, para os gorduchos é o fim-do-mundo!
Que diabo! Alguém pode achar isso justo?!

CDS-PP excede expectativas!!

Porque é que Paulo Portas anda triste se a sua pretensão de atingir os 2 dígitos até foi ultrapassada?
Que diabo!
7,26% quantos tem?

Afinal estão aqui!

Afinal os mais de 103.000 votos em branco sempre serviram para alguma coisa pois, embora muitos digam que foram votos «para lamentar», o certo é que, pelos vistos, deram até para formar um «grupo parlamentar»!

«Cadê os outros?!»

Neste momento, já sei quase tudo sobre os resultados das eleições - só há uma coisa de que ainda não ouvi falar:

Quantos VOTOS EM BRANCO houve?

É que o voto em branco é uma opção tão válida como qualquer outra: quem opta por ele tem tanto trabalho como as restantes pessoas, mas pretende dizer que nada do que lhe oferecem lhe agrada.
É estranho que os valores da respectiva votação tenham sido praticamente silenciados até ao momento.
*
NOTA 1: Afinal, lá se vai sabendo (mas sempre em notas de rodapé): 103.555 votos - de longe, o 6º partido.
Muito atrás dele, vêm outros seis infelizes: PCTP/MRPP: 47.745; PND: 39.987; PH: 16.866; PNR: 9.362; POUS: 5.572; PDA: 1.604

20.2.05

Importa-se de repetir?

«Competentes são os que ganham eleições!»

Esta declaração de Alberto João Jardim foi proferida há algum tempo, a propósito do famoso artigo de Cavaco Silva no «Expresso» (acerca de competentes e incompetentes).

Mas não devia ter sido repetida hoje, 20 de Fevereiro 2005?

Conversas sem pés nem cabeça

Quando, recentemente, Mário Soares disse o óbvio - que havia corrupção nas autarquias -, logo veio a terreiro Fernando Ruas dizer, afogueado, que era uma ofensa a TODOS os autarcas - exibindo uma finura de raciocínio que, se calhar, é condição sine qua, non para exercer o cargo.

Quando agora uma auditoria da Inspecção Geral de Saúde conclui existir «falta de controlo» e «rigor» nos pagamentos efectuados pelos utentes dos serviços de saúde (e que 70% das isenções às taxas moderadoras atribuídas nos centros de saúde e hospitais portugueses são ilegais, lesando o Estado em milhões de euros por ano), logo vem um sindicalista, o Sr. Paulo Taborda, considerar pouco representativa a amostra utilizada na auditoria (40 centros de saúde e 16 hospitais, segundo o DN) e dizer ser «injusto» apresentar como «criminosos» os «milhares de trabalhadores dos centros de saúde em Portugal que lidam com dinheiro».

Que diabo! Já basta, para «raciocínios» desse género, os de Alberto João Jardim - que considera como ataques ao seu governo as suspeitas de que há pedofilia na Madeira, as investigações de corrupção em autarquias e até (supremo mas delicioso ridículo!) as que envolvem árbitros e clubes de futebol!

Moral da(s) história(s):
Em nenhum dos casos os «indignados» exigem que haja mais investigações e mais céleres (e não apenas uma, e ao fim de 20 anos, como foi a da IGS) - para que se faça justiça e se separe o trigo do joio. Porque será?!

Exportando Civilização

Legenda da fotografia:

«Foram divulgadas fotografias de alguns guardas de Abu Ghraib

que faziam um sinal de vitória sobre o cadáver de Manadel al-Jamadi»

*

Em relação ao "post" anterior, um leitor começa por dizer: «O facto, a confirmar-se por observadores isentos (a Aljazeera não merece confiança), justifica o repúdio de qualquer cidadão educado do mundo ocidental»

Ora eu tive em conta o seguinte:

1 - A notícia do «PÚBLICO» (que adiante se transcreve na íntegra) é da Associated Press.

2 - As notícias da Al Jazeera (http://english.aljazeera.net/HomePage) costumam estar correctas (inclusivamente, acabam muitas vezes por ser dadas pelas outras empresas... mas MAIS TARDE ou, eventualmente, SEM DESTAQUE), e não omitem as barbaridades cometidas pelos fundamentalistas islâmicos.

3 - Hoje em dia, a "boa manipulação da informação" já não recorre a mentiras - simplesmente omite (ou remete para as "páginas interiores") o que não lhe interessa ou acha que não agradará aos leitores.

*

Notícia completa:

Segundo documentos a que a Associated Press teve acessoPrisioneiro de Abu Ghraib morreu quando era interrogado pela CIA suspenso pelos pulsos

Um prisioneiro iraquiano cujos restos mortais foram fotografados na prisão de Abu Ghraib junto a soldados norte-americanos que sorriam e faziam gestos de vitória, morreu quando estava a ser interrogado pela CIA suspenso pelos pulsos, que estavam amarrados atrás das costas, segundo revelam documentos a que a Associated Press teve acesso.

O prisioneiro Manadel al-Jamadi morreu numa posição conhecida como a "forca palestiniana", segundo indicam os documentos em causa. Ainda não foi clarificado se essa posição, que os grupos de direitos humanos qualificam de tortura, foi aprovada pela Administração do Presidente George W. Bush para uso nos interrogatórios da CIA.

A agência de seviços secretos norte-americanos, que é supervisionada pelo Congresso dos EUA no âmbito das detenções e interrogatórios aos suspeitos de terrorismo, declinou fazer comentários sobre este caso, à semelhança do Departamento de Justiça.Al-Jamadi era um dos "prisioneiros secretos" da CIA em Abu Ghraib, cuja existência não era conhecida oficialmente.

A sua morte foi tornada pública em Novembro de 2003, quando foram divulgadas fotografias de alguns guardas de Abu Ghraib que faziam um sinal de vitória sobre o seu cadáver, conservado em gelo.

Um desses guardas era o cabo Charles Graner, que no mês passado foi condenado a dez anos de cadeia numa prisão militar.

O prisioneiro iraquiano morreu durante um interrogatório de meia hora, antes que os investigadores pudessem extrair qualquer confissão ou revelação, segundo declarações dos guardas da prisão.

O sargento norte-americano Jeffery Frost afirmou que os braços do prisioneiro estavam esticados atrás das suas costas de uma forma que nunca tinha visto antes, e que ficou surpreendido pelo facto de os seus braços não se terem deslocado das articulações.

O médico militar que examinou o cadáver e que declarou tratar-se de um homicídio, afirmou que o preso apresentava várias costelas fracturadas e que morreu devido a pressões no peito e dificuldades em respirar. Por seu lado, o médico civil Michael Baden afirmou que a posição em que estava suspenso al-Jamadi poderá ter constribuído para a sua morte.

Já o médico Vincent Iacopino, dirigente da associação Médicos pelos Direitos Humanos, disse que a extensão dos braços atrás das costas é um caso de "tortura clara".

19.2.05

«Ao lado da Civilização, contra a Barbárie» (*)


Lia-se no «PÚBLICO» de ontem:

Um prisioneiro iraquiano, cujos restos mortais foram fotografados junto a soldados americanos que sorriam e faziam gestos de vitória e desrespeito, na prisão de Abu Ghraib, morreu quando estava a ser interrogado pela CIA suspenso pelos seus pulsos, que por sua vez estavam atados às suas costas, segundo consta em documentos examinados pela Associated Press.

A versão completa do arrepiante texto (para o qual só encontrei ilustrações apropriadas em gravuras do Santo Ofício) está em:
http://ultimahora.publico.pt/shownews.asp?id=1216165&idCanal=15

--

(*) Sábias palavras de Durão Barroso, justificando o seu apoio a Bush

18.2.05

Sombra ou Vassoura?!

Ao fazer uma pesquisa em «sombra», encontrei também esta imagem.
Mas, se calhar, seria mais apropriada para um cartaz eleitoral...

A grande dificuldade...

Quando as sondagens não são favoráveis, os atingidos costumam dizer, invariavelmente, uma frase tonta:
«Ora! Elas valem o que valem...»

Quando há um problema grave (na política, na bola ou em qualquer parte), o responsável por ele, se se vê apertado, recorre com frequência a um dos três verbos

Desdramatizar
Minimizar
ou
Desvalorizar

Paulo Portas, numa síntese das duas atitudes, desvalorizou a sondagem da Universidade Católica, que coloca o CDS-PP em 5º, afirmando que «o problema» das sondagens é a «dificuldade em detectar o eleitorado do CDS»!

Essa «dificuldade» terá alguma coisa a ver com o seu «governo-sombra», dando origem a uma nova e estranha entidade - o «eleitor-sombra»?
Ou será apenas um problema da «Amostra»?

17.2.05

Uniforme... mente!

A rábula (verdadeira ou falsa, não interessa agora) é muito antiga, mas tem graça recordá-la - e adiante se verá porquê.

Conta-se que num determinado governo havia um Ministro da Defesa que, apesar de não ter ido à tropa (ou se calhar por isso mesmo), adorava fardas. E como o seu confessado militarismo era inseparável da sua obediência à hierarquia, não fazia nada sem o acordo do seu superior - neste caso, o Primeiro Ministro.

Foi assim que um dia, numa audiência muito especial, ele apresentou ao Chefe umas boas dúzias de manequins, cada qual vestido com um uniforme diferente.

E havia de tudo, desde reluzentes fardas para guardas de sanitários até às que abrilhantariam os membros dos mais altos postos castrenses - e nem sequer faltava uma... para o pessoal dos Serviços Secretos Militares.

*
Lembrei-me disso quando Santana Lopes, no famoso debate dos Cinco, quis discutir em público um suposto acordo entre o PS e o BE - altamente secreto, evidentemente!

Santana e o seu Queijo-da-Serra

Santana Lopes é muito bom a falar... desde que não seja contrariado - face a alguém culto e inteligente, é facilmente encurralado e tenta dissertar sobre tudo menos o que estiver em causa.

Foi o que ontem sucedeu, e por várias vezes, na entrevista conduzida por Contança Cunha e Sá, na TVI, chegando a alegar que, como era ele o entrevistado, tinha o direito de dizer o que lhe apetecesse, mesmo que não tivesse nada a ver com a pergunta!

Uma vez, quando questionado acerca do tratamento por «Sr. Silva» com que o Dr. Jardim mimoseou o Prof. Cavaco, Santana Lopes só não falou das flores da Patagónia porque não calhou (se o fizesse, decerto escolheria os «malmequeres» e desataria a chorar).

Noutra altura, confrontado com a contradição de propor Miguel Cadilhe para ministro quando o próprio já disse que só aceitaria se o acordo PSD-PP fosse rasgado, esclareceu que podia não ser Cadilhe, mas alguém com um perfil semelhante - uma aproximação, digamos...

Fez-me lembrar um velho anúncio:

«Compre o nosso queijo tipo-Serra! Desconfie das imitações!»

16.2.05

«Não pare de ler esta carta. Se o fizer...»

(Clicar para ler - vale bem a pena!)

Quando comecei a ler esta grandessíssima «foleirada», a minha primeira reacção foi deitar o papel fora - pensando que era mais uma cadeia-da-felicidade ou uma oração a S. Judas Tadeu.

Porém, quando vi o nome e a assinatura do Dr. Santana Lopes, resolvi lê-la com cuidado e até ao fim - pois, que diabo!, não é todos os dias que um Primeiro-Ministro, mesmo de malas aviadas, me escreve!

Mas, a certa altura (nomeadamente, na parte final), convenci-me de que se tratava de uma brincadeira, alguma patifaria de gente que o quer queimar ainda mais.

Eis senão quando... vejo-a transcrita no Telejornal, e confirmados conteúdo e autoria!

Velhos tempos...

Vale a pena clicar na imagem para a ampliar e ler o texto...

(Enviado por Fátima Campos)

15.2.05

É o fim da macacada!

Lê-se n' A CAPITAL de hoje:

Guilherme Silva, do PSD, e Pires de Lima, do PP, em declarações a A Capital, respondem com dureza aos dois bispos que ontem se insurgiram contra o que consideraram claro «oportunismo político». O ex-líder da bancada parlamentar do PSD afirma que, «tal como na política, também na Igreja há gente que fala de mais». O cabeça-de-lista do PP pelo Porto, ainda assim mais moderado, condena o que considera serem afirmações «despropositadas e gratuitas» .

Embora da boca daqueles dois senhores nunca se saiba o que vai sair - o que é, aliás, um dos seus atractivos... -, não lembrava ao Diabo ouvir leigos a repreender bispos sobre questões religiosas!

NOTA: Para ilustrar a frase «Mais papista do que o papa», procurei uma imagem de um sumo-pontífice; mesmo descontando as que me apareceram relacionadas com «Compal» e «Sumol», encontrei demasiadas; e uma pesquisa em «papas» conduziu-me, entre outras, a páginas da Nestlé e da Milupa.

Perante a dificuldade da escolha, procurei então uma fotografia que ilustrasse a frase: «Cada macaco no seu galho» - mas também eram inúmeras. No entanto, e tropeçando nesta, fiquei tão comovido com o «colinho» que não resisti!

(Transcrito n' A CAPITAL de 16 Fev 05)

***

Comentário de um leitor:

Fiquei perplexo ante o teor desta mensagem, dado o óbvio erro de que parte.

Na verdade, os senhores bispos não se pronunciaram sobre matéria religiosa.

Antes o fizessem, tão necessitados estamos de sã doutrina.

Limitaram-se a debitar o discurso a que nos têm regularmente habituado e que tão popular é junto da comunicação social.

E que é naturalmente passível de crítica.

Como católico, apenas lamento que estes inefáveis sacerdotes, na sua ânsia de protagonismo, esqueçam tantas vezes os deveres fundamentais que lhes foram concedidos na sua ordenação.

imo pectore

Os analfa-"betos" (Parte II)

Como se sabe, os analfa-"betos" correram a retirar os famosos cartazes da CO-INCENERAÇÃO - no que fizeram muito bem.

Só que se esqueceram de alguns, e um deles é este, fotografado vários dias depois.

Quanto ao misterioso apelo de «Levantar à rua», ainda está a ser estudado por uma comissão de 5 linguistas, 10 agentes dos Serviços Secretos e 50 alunos do ensino básico.

14.2.05

Obrigado, Irmã Lúcia!

Toda a gente já teve a mesma reacção:

Perante alguma coisa desagradável em curso (ou que se avizinha), nasce em nós uma grande vontade de adormecer profundamente e só acordar depois de passado o pesadelo.

E é isso exactamente o que sinto durante as capanhas eleitorais, nomeadamente na que está agora a decorrer, que é nauseante e de uma indigência confrangedora.

Por isso, foi como uma bênção do Céu que acolhi a suspensão da dita por parte dos partidos mais enjoativos a pretexto do luto pela morte da boa senhora.

Pelo menos nesse aspecto, a sua morte não foi em vão...

13.2.05

«Até tu, Bertrand?!»

Santana Lopes reconheceu, recentemente, que os seus quatro meses de governação foram pontuados por algumas peripécias menos felizes - para em seguida se queixar de que, quando contava corrigir o rumo, foi despedido.

Ou seja: se lhe tivessem dado tempo, teria provado que era um bom governante.

Curiosamente, esse raciocínio remete-nos para Bertrand Russell que, no seu livro «Porque não sou Cristão», analisa o chamado Argumento da Reparação da Injustiça, segundo o qual este mundo é tão injusto que tem de haver uma vida futura capaz de estabelecer o equilíbrio da existência cá na Terra.

A isso, contra-argumenta o grande filósofo:

«Suponhamos que recebeis um cabaz de laranjas e, ao abri-lo, descobris que as de cima estão apodrecidas. Por certo que não direis: "debaixo devem estar sãs para que o equilíbrio seja restabelecido", mas sim: "é provável que tudo esteja estragado"».

Ora veja-se como Santana Lopes e o PPD-PSD têm razão quando se queixam do mundo:

É que Russel não falou de uma fruta qualquer, mas foi logo escolher, para o seu eloquente exemplo...

--

(Publicado no «DN» de 18 Fev 05)

Grande confusão!

EXPRESSO (sábado): Miguel Cadilhe ficou surpreendido com a evocação do seu nome por Santana Lopes para ministro e terá manifestado em privado que nunca fará parte de um novo Governo pelo actual líder do PSD

DIÁRIO DIGITAL: O economista Miguel Cadilhe confirmou no sábado ter autorizado Pedro Santana Lopes a evocar o seu nome, no contexto da campanha eleitoral, como «exemplo do perfil de um vice- primeiro-ministro» do seu governo, ao contrário do que escreve o Expresso.

12.2.05

TV para ceguinhos

(Vale a pena clicar para ampliar)

«Vai marcar o canto... ganha balanço... corre para a bola... chuta com o pé direito... com força... bola pelo ar... em arco... para o lado esquerdo... e... sai pela linha de fundo!!!!!!!».

Trata-se de um comentário no melhor estilo-TVI, estação cujos comentadores futebolísticos acham que o "I" vem de "invisual".

Língua Traiçoeira - 8

Betos e analfa... betos
Esta imagem apareceu no "blogue" http://metralhasbros.blogspot.com/ e foi comentada no Causa Nossa (http://causa-nossa.blogspot.com/2005/02/iliteracia-eleitoral.html) por Vital Moreira:
Por intermédio deste blogue acedi à imagem de cartazes de Nobre Guedes espalhados por Coimbra, onde o termo «co-incineração» está escrito «co-inceneração». Como não é possível acreditar que o candidato os não tenha visto e eles continuam expostos, não deverá ele ser "chumbado" por rotunda iliteracia?
Inserido por VM 5.2.05

Mas se fosse, já era tarde

Crónica de Carlos Pinto Coelho
para 12 FEV 2005


Nunca me canso de me surpreender com alguns dos debates de que sou moderador, quer na rádio, quer na televisão. Voltou a acontecer isso no domingo passado, na TSF, com Medina Carreira, António Barreto e António Perez Metello, no meu programa “Directo ao Assunto”.

Mas deixem-me ir uns bons 25 anos atrás. A RTP tinha inaugurado a Informação/2, um memorável telejornal alternativo no Canal 2, de que fui chefe de redacção. Os futuros jardins da Fundação Gulbenkian eram assunto polémico e convidámos para debate o arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles e o então presidente, Azeredo Perdigão, que estavam em discórdia acesa nos jornais. A meia hora que durou esse debate, em directo, foi igualmente acesa. Quando o programa estava perto do fim anunciei que faltavam uns minutos para acabar e ambos fizeram uma genuína manifestação de protesto, diante das câmaras, porque tinham muito mais para dizer. Saímos do estúdio calados, em notório mau ambiente, mas quando chegámos à caracterização ouvi-os, estupefacto, felicitarem-se mutuamente pela elegância das intervenções e marcarem um encontro para o dia seguinte.

No domingo passado, decorridos 42 minutos de inteligente debate sobre a situação e os destinos do País, tive de avisar os meus convidados de que o programa ia terminar. Ouvi protestos, que me fizeram lembrar os de há duas décadas. Mais: quando o programa acabou, um deles lamentou não haver mais hora e meia para a conversa e outro acrescentou que, nos media portugueses de agora, nunca há tempo suficiente para debates de ideias que abordem os assuntos para além do que é imediato e superficial.

A minha surpresa viria horas depois. O debate, vivo e recheado de informação, incidira sobre uma considerável variedade de temas – a previsível agonia do “Estado-providência” e suas consequências, o sistema eleitoral e suas distorções, a administração pública e a irrazoabilidade de certas promessas eleitorais, a brandura dos nossos padrões de exigência no ensino, para só citar alguns – mas, de tudo isso, a única matéria que vingou como tema de notícia e discussão durante o resto do dia, foi um curto aparte de Medina Carreira sobre o seu voto (nem no PS, nem no PSD). Mais nada perdurou, em atenção e referência.

Tinha esperado outras reacções. Tinha previsto que a violência da argumentação e dos números acerca do previsível risco das pensões de reforma, por exemplo, ia alimentar controvérsia brava nos “fóruns” dos jornais electrónicos. Ou a alegada inoperância do Estado, do Parlamento e do Presidente. Ou a crueza com que foi analisado o peso do funcionalismo público no Orçamento. Nada disso. Durante toda a tarde e a noite de domingo, as discussões virtuais dos que tinham e dos que não tinham ouvido o programa, não saíram do jogo de paixões clubistas.

Pouco mudou, desde há 25 anos para cá. Então como agora, convictos de que os debates “cansam” o auditório, os programadores do audiovisual são cautelosos na duração que lhes concedem. Mas agora, norteados pelas audimetrias, preferem a agitação à serenidade, a explosão das emoções ao confronto das ideias, o lavar dos pratos à selecção das ementas. Por isso são tão excêntricos e parecem tão breves os debates que não vestem o figurino da trepidação e da superficialidade, como aconteceu na TSF.
… E parece que o público assim o quer. E que, por isso, os políticos assim o praticam. E que, portanto, assim se desenrolará o resto da campanha. Outros seriam o esclarecimento dos cidadãos, a qualidade das propostas e a consciência da hora grave que vivemos, se outro fosse o diapasão dos debates e dos comícios. Mas, se o fosse, já era tarde para domingo 20.

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11.2.05

Atenção a esta fraude!

Normalmente, quem recebe um mail como o que em baixo se transcreve, fica intrigado e clica em Verificar Status do Pedido / Histórico - que contém um link que aqui se omite.
Ao fazê-lo, inicia-se o download de um ficheiro pouco recomendável que, na melhor das hipóteses, é um vírus...
--

Número do Pedido: 235785740
Data do Pedido: 04/02/2005
Status: Transação Concluída
Forma de Pagamento: CARTÃO DE CRÉDITO

O(s) item(ns) do pedido foi(ram) enviado(s) ou cancelado(s).
Verifique o status de cada item clicando no(s) link(s) abaixo.
O item foi entregue no endereço solicitado.
Verificar Status do Pedido / Histórico
Atenção: atualizamos esta página todos os dias às: 08h00, 12h00, 15h00 e 20h00.
Portanto, acompanhe o andamento do seu pedido, consultando-a após estes horários.

Língua Traiçoeira - 7

Solução salomónica

Decerto às turras com as dúvidas acerca dos «porque» e dos «por que», a SAAB resolveu o problema assim:

("Clicar" para ver)

É caso para dizer: «Quem SAAB, SAAB!»

NOTA 1: Este anúncio aparece como banner nas páginas do Diário de Notícias (www.dn.pt), Jornal de Notícias (www.jn.pt), Diário Digital (www.diariodigital.pt), TSF (www.tsf.pt), etc.

NOTA 2: O correcto, em ambos os casos, é «porque» (uma só palavra)

Alô, Professor Carrilho!

Um professor de Filosofia entra na sala de aula, põe a cadeira em cima da mesa e escreve no quadro:

«Provem-me que esta cadeira não existe»

Apressadamente, os alunos começam a escrever longas dissertações sobre o assunto. No entanto, um deles escreve apenas duas palavras na folha e entrega-a ao professor:

«Qual cadeira ?»

(Enviado por JESCA)

10.2.05

«Os brincalhões» ou «Por este andar...»



Hoje, José Sócrates recusou-se novamente a avançar com nomes para um futuro Governo seu, por achar que essa é uma forma de fazer política «irresponsável», reveladora «de uma grande imaturidade política» e uma brincadeira que «só os pequenos partidos podem fazer».

Ou seja: a 10 dias das eleições, pede-nos uma espécie de voto-cheque-em-branco (e para uma maioria absoluta, ainda por cima).
Vai-me desculpar José Sócrates, mas o que me parece verdadeiramente "irresponsável" é votar no seu partido sem saber o que, REALMENTE, nos vai dar no dia seguinte.

-oOo-

Faz-me lembrar a conversa de um pato-bravo com que em tempos tropecei:

Um dia, ao visitar andares que ainda estavam em construção, perguntei ao empreiteiro se podia escolher os azulejos e outros materiais. A resposta dele, apesar de dada com maus-modos, foi divertida:

«Escolher?! Mas escolher para quê?! Nós colocamos do melhor que há e está escolhido!».

Claro que o mandei passear - mas o certo é que os andares se venderam todos... e depressa!

Não há idade para a ingenuidade!

Santana Lopes jantou ontem com personalidades ligadas à cultura. Segundo a TSF, «o jantar ficou marcado pelo abandono da sala por parte de Simone de Oliveira, publicamente apoiante do PS, e que justificou a sua saída pelo facto de não ter percebido que este era um jantar de campanha de Santana Lopes»!!!

Coitada, caiu do céu... Antes fosse chuva.

9.2.05

Língua Traiçoeira - 6

("Clicar" para ver)

Que bom ser indespensável a nossa visita!
E também há casas com pavimentos em curticite e poliben ...
(Estes anúncios pertencem a um estaminé da CGD)

João Grande e João Pequeno

(A primeira parte deste texto foi publicada no Diário Digital em 1 de Setembro de 2004. Infelizmente, como no fim se verá , está bastante actual).

1 - TODA A GENTE já ouviu anedotas do «31», o soldado tosco e ingénuo a quem sucede tudo e mais alguma coisa. Pois eu, quando fiz a tropa, vi-me presenteado, precisamente, com esse número - e de vez em quando lá aparecia algum camarada a brincar amigavelmente com isso.

Mais tarde, em Macau, houve um chinês que perguntou o meu nome e o quis anotar. Ora, quando ele soube que «ribeiro» significava «rio pequeno», foi assim que passou a referir-se a mim nos seus escritos - em mandarim ou em cantonês, nunca o vim a saber.

EMBORA nesses dois casos não tenha havido maldade, lembrei-me deles a propósito do facto de as pessoas terem direito a serem tratadas pelo seu nome.

No caso da Casa Pia, por exemplo, a comunicação social refere-se aos arguidos (e muito bem) pelo seu nome próprio e apelido. Mas faz uma excepção: Carlos Silvino é, quase sempre, apenas referido por Bibi - o que está mal, a menos que se passem a referir todos outros pelas alcunhas que possivelmente também têm.

Da mesma forma quando, em Portugal (especialmente na luta política), alguém quer atacar outra pessoa, recorre com frequência a brincadeiras e trocadilhos fáceis (e por vezes de mau-gosto), pois são inúmeros os que a tal se prestam: Durão, Portas, Ferro, Estrela, Jardim, Preto...

*

TUDO ISTO me veio à mente a propósito do facto de o Dr. João Soares, um dia destes, se ter referido ao Dr. Santana Lopes como «o senhor Lopes».

Claro que o actual Primeiro Ministro é um «senhor» que se chama «Lopes» mas, como é evidente, não houve qualquer ingenuidade nessa atitude - um acinte inconsequente com laivos de garotice que diz muito mais sobre quem a ele recorre do que sobre o seu alvo.
*
2 - Ontem, e a propósito de uma notícia do PÚBLICO que se veio a revelar pouco fundamentada, ouvimos um outro João (o Dr. Jardim) a referir-se ao Prof. Cavaco Silva como o «Sr. Cavaco Silva», o «Sr. Cavaco» e o «Sr. Silva», por vezes nas mesmas frases em que, dobrando um pouco mais a língua, falava do «Dr. Pedro Santana Lopes».

Por acaso tenho um livro com o título «Então agora é assim, ó Alberto?» - mas é acerca da Teoria da Relatividade...

8.2.05

Ainda o drama dos «MESMOS»...



Já que falamos de impressoras...

Impressora fundamentalista

("Cartoon" de autor desconhecido. Enviado por CPC)

7.2.05

Língua Traiçoeira - 5

O "software" de digitalização da PSC 500 da HP oferece-nos este maravilhoso "Status":
"CancelARar", porventura um misto de "Cancelar" e "AcelArar"!

Aparelho misterioso (Resposta)

Trata-se de um radar da polícia - aqui em acção na Av. de Ceuta, em Lisboa