30.11.10

As botas mágicas dos macacos aranha

Por Nuno Crato

UM HOMEM bêbado, passeando ao acaso pelas ruas, sem memória do percurso andado nem ideia da direcção a tomar, é a imagem mais frequentemente usada para ilustrar o conceito matemático de passeio aleatório. Falámos deste conceito várias vezes, desde a primeira crónica que aqui saiu com este título genérico até uma outra de há poucos meses atrás. Se a ideia é repetida, é porque este modelo matemático tem aplicações em áreas tão diversas que estão sempre a surgir notícias das suas aplicações.
O passeio aleatório, entendido como um movimento ao acaso obtido por choques de impulsos, apareceu pela primeira vez em 1900 nos trabalhos dum obscuro matemático francês chamado Louis Bachelier — o objectivo era modelar os movimentos de preços nas bolsas de valores. (...)

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Penúria

Por João Paulo Guerra

O LÍDER do PSD vaticinou, qual Bandarra, 8 anos de penúria para que Portugal se restabeleça da crise. Certamente que o guru do PSD, tal como o régulo do PS, entendem que basta o vaticínio para que os portugueses amochem numa apagada e vil resignação perante os desígnios do destino. A política conduziu ao desastre, a banca promoveu o crédito e o endividamento com todas as facilidades e para todos os fins, o País caminhou para o abismo perante a alegre e irresponsável política das promessas irrealizáveis para arrebanhar votos... E agora, tomem lá oito anos de penúria, escassez, miséria, pobreza para pagar a irresponsabilidade dos políticos - que vão aliás continuar a governar em alternância de impunidade - e o endividamento mais os astronómicos lucros da banca. (...)
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29.11.10

Passatempo Caos e Impunidade

Ex-libris de Lagos
AMANHÃ, dia 30, e em momento a anunciar com "actualização", os leitores do Sorumbático serão desafiados a indicar de que países são as matrículas destes carros. Os prémios, a atribuir a quem primeiro der as respostas certas, serão «guias de vinhos» de cada um desses dois países.
Actualização-1: podem, então, começar a responder. De início, cada leitor poderá dar apenas uma resposta (indicando o nome de um país). Não precisa de dizer a que carro corresponde esse palpite. Uma vez obtida a resposta certa, passar-se-á ao 2.º carro.
Actualização-2: o passatempo terminou, pois as respostas certas já foram dadas, como se pode confirmar [aqui].

o FMI vêm aí

Por Manuel João Ramos

Interrrupção da democracia. Por seis meses apenas?

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Comunicar

Por A.M. Galopim de Carvalho

A MAIS simples e vulgar das palavras é tão importante na comunicação, rápida e precisa, do nosso quotidiano, como qualquer vocábulo especializado da mais sofisticada linguagem técnico-científica. Se, por exemplo, o mestre marceneiro disser ao aprendiz «vai buscar a garlopa», este cumprirá a ordem se souber de que ferramenta se trata. Caso contrário, em vez de um único nome que permita aquela comunicação, o mestre ver-se-á obrigado a descodificá-lo numa linguagem que o seu ajudante entenda ou, então, ir ele próprio buscá-la porque, simplesmente, o aprendiz ainda não sabe que a garlopa é uma espécie de plaina comprida feita em madeira de azinho, com a qual se dá acabamento no alisar de grandes superfícies de madeira, muito usada antes da entrada em cena da maquinaria hoje habitual em qualquer oficina do sector. (...)
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28.11.10

Em greve

Por Rui Tavares

HÁ 17 ANOS, salvo erro, passei este dia em frente à Assembleia da República, numa manifestação de estudantes contra o aumento das propinas.
Não éramos muitos; mas estávamos determinados a ficar ali o tempo que fosse preciso. Tinha havido um jogo de avanços e recuos com a polícia nas escadarias do parlamento. Eles ganharam. Ao fim da tarde, estávamos arrinconados no pequeno largo cá em baixo das escadarias de São Bento.
De repente, sem dar aviso, avançou sobre nós a polícia de choque. A intenção era limpar o largo, e conseguiram-no. Alguns de nós fugiram pela rua de São Bento. (...)
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Luz - Westminster Abbey

Fotografias de António Barreto- APPh

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Esta catedral fica perto das Casas do Parlamento. Por essa razão e pela sua beleza própria, há sempre enorme animação nas suas redondezas: deputados, políticos, turistas, excursões e cerimónias oficiais. Aqui foram coroados muitos monarcas, incluindo Victoria e Isabel II. No Canto dos Poetas, encontram sepultados alguns dos maiores poetas ingleses, Chaucer, Tennyson e outros. Centenas de placas memoriais recordam os grandes de Grã-Bretanha, reis, escritores e políticos. (1998)

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Mudar a vida, transformar o mundo

Por Baptista-Bastos

PODEM não estar de acordo, e ainda bem!; podem, por vezes, ser mal-educados e até grosseiros, quando ocultam a cobardia no anonimato - mesmo assim, desde que inteligentes, vale a pena lê-los. Ao longo de uma vida de combates e causas tenho sido objecto de comentários azedos e indecorosos. Não me afectam. Já o disse e escrevi em amiudadas ocasiões. Evidentemente, as injúrias ficam com quem as pratica e, acaso esses correspondentes fossem decentes e dignos, escrever-me-iam directamente. O meu correio electrónico está aposto no final das crónicas que subscrevo. E tenho por costume responder a toda a gente. (...)

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O Monopólio das Freguesias de Lisboa

Por Manuel João Ramos

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Palavras para quê? É um ministro da propaganda à portuguesa

De Manuel João Ramos

No Semanário SOL de 26/11/2010

CAOS NAS MULTAS DE TRÂNSITO

Auditoria da IGAI alerta para a “grave situação” da Autoridade de Segurança Rodoviária.

Sónia Graça

UMA AUDITORIA bastou para pôr a nu o que o Governo nunca admitiu: a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), sucessora da Direcção-Geral de Viação, encontra-se numa “grave situação: os serviços demonstraram um “elevado nível de incapacidade para dar seguimento, em tempo útil, às diversas fases de tramitação dos autos”. Só no ano passado, prescreveram 600 mil processos - em média, por ano, a Polícia abre um milhão.
Em causa, segundo uma auditoria financeira da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), estão várias lacunas. Desde logo, a manifesta falta de pessoas: para 164 lugares previstos no quadro, apenas 72 estavam preenchidos no início do ano. (...)

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[aqui]

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27.11.10


Novembro de 2009
Novembro de 2010
HÁ CERCA de 1 ano, referiu-se aqui o roubo de uma ATM na Marina de Lagos, tarefa ao alcance de qualquer aprendiz do gamanço, pois ela estava apenas pousada no chão e mesmo à porta da rua - foi só «pegar e levar».
Entretanto, já lá meteram uma outra; mas, desta vez, alguém pensou que, se a fixasse ao chão, a tarefa dos gatunos seria mais difícil. É bom ver como há pessoas inteligentes!

Um mágico português – só?

Por Antunes Ferreira

O MÁGICO Luís de Matos assinou contrato com a cadeia britânica BBC para uma série de cinco programas a serem emitidos em Janeiro do próximo ano. Isto de acordo com a assessoria de imprensa do ilusionista português. Mais se soube que o programa, com o título de «The Magicians» será apresentado pelo britânico Lenny Henry, e Luís de Matos aparecerá ao lado do norte-americano Chris Korn e da dupla britânica Barry & Stuart, contando cada episódio com diversas celebridades britânicas convidadas. (...)

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TODA a gente sabe que, nas facturas da EDP, constam inúmeras parcelas, das quais apenas uma diz respeito à electricidade que se consome. Ora esta petição da DECO destina-se a protestar contra esse facto e, ao 3.º dia, já conta com mais de 68 mil assinaturas. Ver [aqui].

26.11.10

O mundo mudou mas eles continuam lá atrás

Por Helena Matos

ESTOU farto dos mercados!” – escreve Miguel Sousa Tavares. Com as farturas de MST podem bem os mercados. O problema maior é se os mercados ficarem fartos de nós. Já Santana Lopes acha inaceitáveis as mais recentes declarações de Angela Merkel. Santana Lopes pode achar inaceitável o que quiser e, já que é crente, rezar para que o eleitorado alemão ache aceitável continuar a pagar as as contas inaceitáveis doutros países.
Miguel Sousa Tavares, Santana Lopes e tantos outros ainda não perceberam que não estão num qualquer Gambrinus a protestar porque a mostarda não estava tão boa quanto o costume. O que está a acontecer é que os donos do restaurante lhes estão a dizer que o cartão de crédito esgotou o saldo. Claro que é humilhante. Claro que abusam. Claro que a culpa foi nossa.
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In «Blasfémias»

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ESTES são apenas dois dos muitos anúncios que respeitam religiosamente a norma do «m/f». Foram seleccionados [aqui].

«Dito & Feito»

Por José António Lima

PASSOS Coelho tem falado pouco, nas últimas semanas. O que só tem beneficiado a sua imagem junto dos portugueses, como se vê pelos resultados das sondagens.
Numa das suas, agora espaçadas, intervenções, o líder do PSD traçou um retrato sombrio mas realista da crise em que o país mergulhou.
(...)
Mas seria conveniente que Passos Coelho nos esclarecesse o que se propõe fazer para inverter esta situação, que programa tem (ou não tem?) na cabeça para resolver o definhamento do país e da sua economia.
(...)
Passos Coelho pouco ou nada esclarece. O que se sabe é que já recuou, a par com o PS, e abriu uma excepção à redução salarial nas empresas públicas. Não é, seguramente, um bom sinal para o futuro.

Texto integral [aqui]

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NO FILME «Rebecca», que Hitchock realizou a partir do romance homónimo, o mestre segue, com grande fidelidade, a obra de Daphne du Maurier. É por isso que constitui uma surpresa (para quem leu o livro e viu o filme) o facto de ele ter modificado "ligeiramente" o final, por forma a obter um efeito dramático mais de acordo com o que o espectador, porventura, espera (ou deseja?). Essa parte pode ser vista a partir dos 4m 55s, no vídeo que aqui se mostra. Alguém quer abordar essa curiosidade?
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NOTA: o filme está disponível no YouTube, dividido em 13 parcelas com cerca de 9 minutos cada. Quando termina a 1ª (que se pode ver [aqui]), aparece o link para a 2ª - e assim sucessivamente. Embora não esteja legendado em português, percebe-se bem, até porque, à parte um ou outro pormenor acerca de barcos, não é usado inglês técnico.

25.11.10

Irlanda

Por João Paulo Guerra

ESTAREI enganado ou, ao longo das últimas décadas, a classe política portuguesa apontou ao bom povo português, a torto e a direito, o exemplo da Irlanda como molde das virtudes da União Europeia, do Euro e do carácter humano do capitalismo selvagem? Não, não estou enganado. Faço uma busca nos arquivos da Coluna Vertebral – já em 11 anos consecutivos de publicação – e surgem-me catervas de referências. A Irlanda para aqui, a Irlanda para ali, no discurso directo de políticos no activo, ou na oratória indirecta de políticos de reserva, lá vinha a Irlanda à baila como exemplo de um pequeno país, um pobre povo, que soube crescer com desenvolvimento e ser feliz. (...)

Texto integral [aqui]

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31 almoços de lagosta ficaram por atribuir!

TODA a gente conhece o Google Street View, mas o endereço [aqui] indicado é uma boa ajuda para, rapidamente, aceder a imagens de uma determinada rua. Estas duas, p. ex., documentam três locais de Lisboa onde é possível ganhar grandes prémios, incluindo opíparos almoços de lagosta!
Ver [aqui] o que é necessário fazer.

Cavaco e as próximas eleições presidenciais

Por C. Barroco Esperança

AS ELEIÇÕES que se avizinham correm o risco de ser as mais desinteressantes e apáticas do período democrático, quer pelo perfil dos candidatos, quer pelo desassossego geral, quer pelo ar dissimulado com que o recandidato Cavaco parte para a campanha.
Tendo sido o único PR que nunca se insurgiu contra a ditadura, e para cujo fim nada contribuiu, é o mais beneficiado, cultivando uma imagem de isenção que não condiz com o seu percurso cívico ou, melhor dito, com os solavancos do seu oportunismo.
A manifesta falta de cultura e de coragem não lhe tolheu a ambição com que pautou as palavras vagas e os silêncios pesados com que derrubou os adversários. Balsemão foi o primeiro a sucumbir perante a sinuosa marcha da sua avidez. Fernando Nogueira e Santana Lopes vieram a seu tempo, sem nunca desistir de transformar o PSD na correia de transmissão dos seus interesses, adjudicando fidelidades de incondicionais. (...)

Texto integral [aqui]

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CADA vez demoro menos tempo a ler o Expresso, por motivos que não é preciso explicar. Mas as crónicas de Luís Fernando Veríssimo... ah!, essas nunca me escapam!
Aqui ficam as capas de dois livros dele, que acabei de ler, e que recomendo - quanto mais não seja para oferecer no Natal que se avizinha.

24.11.10

Inexorável

Por João Paulo Guerra

O JORNAL «Le Monde» publicou uma reportagem do seu enviado a Lisboa à qual deu o título: «Portugal desliza inexoravelmente para a pobreza». Pela reportagem desfila um conjunto impressionante de números. Dá ideia que as estatísticas se revoltaram contra a política portuguesa e aí as temos, num tumultuoso desfile contestatário, denunciando 30 anos de conluio de interesses entre três partidos governantes e as respectivas clientelas. E o resultado é a pobreza extrema que ameaça agora, no mais elementar dos direitos de subsistência, os que já eram pobres mas também a classe média. (...)

Texto integral [aqui]

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Desafio: completar a frase «A foto mostra uma casa típica de ...»
Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

Dois anarquistas conversando

Por Rui Tavares

NO FINAL de fevereiro de 1861, Pierre-Joseph Proudhon — que era uma das maiores celebridades filosóficas e políticas da Europa — recebeu a visita de um jovem conde russo. Este russo já tinha passado por algumas mudanças.
(...)
Ainda assim, Lev Nicolaievitch Tolstói, o jovem conde russo, trinta e três anos, não sabia que fazer da vida. Proudhon — um tipógrafo, filho de um tanoeiro, que aprendera latim sozinho e se tornara famoso pelos livros e jornais como a primeira pessoa a dizer-se “anarquista” — encorajou-o a fazer aquilo que ele já queria. Se não isso, para quê atravessar a Europa e visitá-lo? (...)

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Isabel de braços cruzados

Por Baptista-Bastos

A PALAVRA greve comporta em si um prestígio e uma emoção transversais a várias gerações. E contém uma forte componente moral que se não restringe, unicamente, a opções ideológicas ou a orientações partidárias. A greve é contra alguém? É. Contra as iniquidades, as prepotências, a soberba e as injustiças do poder político. A de hoje faz de nós sujeitos representativos do combate a uma crise de valores e a padrões exportados - cidadãos que não querem ser governados assim. (...)

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23.11.10

Por Alfredo Barroso

ACABEI
de ler e assinar a petição «Para Uma Nova Economia - Uma Tomada de Posição Pública», que pode ser vista e subscrita [AQUI].

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NO SEGUIMENTO da crónica anterior, aqui fica uma pergunta-de-algibeira: quem foi que escreveu este texto, como que a legendar o famoso desenho de Escher?
Actualização: a resposta certa já foi dada.

Escher em Évora

Por Nuno Crato

QUEM se deslocar ao Fórum Eugénio de Almeida, em Évora, terá oportunidade para ver uma sucessão surpreendente de gravuras. Algumas são paisagens, desenhadas de forma convencional, mas com um pormenor e um cuidado pouco usuais. Outras são figuras míticas — dragões, felinos com asas, castelos flutuantes. Outras ainda são jogos visuais que surpreendem o visitante, pois nunca são o que parecem ser. Há esferas que afinal são círculos, há pássaros que se transformam em campos lavrados e talhões de terreno que se transformam em aves. É um mundo de surpresas. (...)

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22.11.10

Há palavras a menos na política portuguesa

Por Rui Tavares

SEJAMOS honestos, Cavaco Silva se pudesse sufocaria estas eleições no berço porque, simplesmente, é o que lhe dá mais jeito.
Faltam palavras na política portuguesa. Por exemplo, palavras como “sonso”. E falta utilizar essas palavras quando Cavaco Silva, atual presidente da República e candidato à sua própria sucessão, diz que “há palavras a mais na nossa vida pública”.
Cavaco Silva está a matar, devagarinho, qualquer hipótese de termos uma campanha presidencial esclarecedora.
Fá-lo porque nunca entendeu o valor do confronto de ideias; Cavaco Silva não é, essencialmente, um pluralista. (...)

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O cheiro da madeira

Por A.M. Galopim de Carvalho

RAPAZINHO em idade escolar, no então chamado ensino doméstico, antes de ir para o liceu, uma parte do tempo em que tinha autorização para sair, sem prejuízo, é claro, das minhas obrigações, passava-o na oficina do mestre Roberto, na Rua do Segeiro, em Évora. Fazia-o por minha livre vontade e também porque aí a minha mãe me sentia em segurança, ficando, por isso, descansada, como era sua maneira de dizer. De pronto me iniciei nesse ofício maravilhoso. Primeiro, com toda a liberdade, juntava os pedaços de tábua sem utilidade para os trabalhos mas que eu usava como brinquedos, “transformando-os” ao sabor da imaginação. Mais tarde, ganha alguma confiança, ensaiava construir qualquer coisa com eles. (...)

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Três badaladas e um balde de cal

Por Joaquim Letria

FOI NO MÊS
de Novembro que a “Mais Alentejo” juntou mais de duas centenas dos seus leitores, colaboradores, autores e anunciantes num Hotel Design de Tróia e, caldeando-os com autarcas do Alentejo, deputados da Nação, mulheres bonitas e figuras das artes, do desporto e do espectáculo, procedeu à entrega dos prémios atribuídos pelo seu público, num ambiente de festa, de requinte, boa mesa e alegre e discreta elegância.
Não faltava lá ninguém, o espectáculo parecia uma entrega de Óscares, não houve quem não estivesse agradado e a alegria durou até ás tantas. (...)
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21.11.10

Alguém sabe quem é que Ramos Horta está a fotografar?
Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

Auditando as PPP

Por João Duque

PORQUE não fazem uma análise séria de simulação às responsabilidades futuras com base nos pressupostos usados?
Como já vem sendo meu hábito, preocupado com o futuro, fui ler com atenção especial o capítulo do Relatório do Orçamento do Estado dedicado às PPP (Parcerias Público-Privadas) para perceber qual o passivo que vou herdar...
O quadro da previsão desses encargos futuros começa a ser verdadeiramente preocupante para um 'jovem' como eu, isto porque os fluxos previstos vão até ao simpático horizonte de 2050, isto é, quando eu tiver 89 anos... (...)

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NO MUSEU Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, está exposto este quadro, que tem, cravada na moldura, a etiqueta que em baixo se pode ver. Há, no entanto, um pequeno (?) problema com esta. Alguém sabe qual é?
Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

«Dito & Feito»

Por José António Lima

O MINISTRO Luís Amado apareceu a pedir um Governo «de coligação já», sem o qual o país correria o risco de ter de sair do euro. Paulo Portas voltou a insistir na formação de um Executivo «PS-PSD-CDS» de salvação nacional, sem a dispensável presença de José Sócrates. E várias foram as figuras políticas que surgiram a secundar tão instantes apelos a um Bloco Central mais ou menos alargado. São pedidos que, todavia, esbarram logo à partida numa impossibilidade e numa inutilidade.
(...)
Bem pode, pois, Luís Amado forçar a sua demissão a curto prazo. Bem pode Paulo Portas continuar a pôr-se em bicos de pés. Não será o Governo de salvação nacional que os irá salvar.
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Luz - Well’s Cathedral (1998)

Fotografias de António Barreto- APPh

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20.11.10

Têm aí um discurso para ele ler?!

Por Joaquim Letria

CONFESSEM que têm todas as razões para terem saudades de Mário Lino à frente das Obras Públicas. Falava bem Francês, é engenheiro de verdade, mudou da Ota para Alcochete como quem muda de camisa, soltou o apaixonante “jamé” (jamais) quando recusou o futuro aeroporto no deserto da margem sul. E foi sempre original!

Este ministro de agora supõe-se que seja engenheiro, tem um nome fácil de esquecer – Monteiro, ou Nogueira, salvo erro – e há-de ir-se embora sem ninguém dar por isso, sem TGV nem aeroporto. Mas o seu anonimato é uma injustiça depois do que fez [hoje]: conseguiu ler o discurso que o seu secretário de Estado já tinha pronunciado na mesma cerimónia duma reunião qualquer.

Confessem que para engenheiro, político e autor da confusão das SCUTs, que pôs a Espanha a rir e deixou turistas com carros de aluguer a jurar que a Portugal não voltam, o cavalheiro não está nada mal. São habilidades destas que os fazem dar nas vistas e ficar no mapa. Podem ser facilmente encontrados pelo GPS nos caminhos da incompetência e da pouca vergonha.

Enquanto este governo durar, estes ministros podiam ler sempre o mesmo discurso. E podia ser este das Obras Públicas. Ou acham que alguém ouve o que eles dizem?!

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Ouro sobre azul

Por Antunes Ferreira

O ANÚNCIO do casamento entre o príncipe William de Inglaterra e a sua namorada de longa data, Kate Middleton, teve enorme destaque na comunicação social por todo o Mundo e, naturalmente, na imprensa britânica, que lhe deu a importância que para o Reino Unido o futuro (e «esperado») enlace tem.
Quase todos os grandes jornais ingleses - incluindo o formal «Financial Times» - dedicaram as principais páginas ao casal, ilustrando as notícias com as fotografias de William e Kate, assim como do anel que oficializa o noivado, anunciado publicamente na terça-feira. «Finalmente chegámos lá, querida», titulou o «Daily Mail». O periódico referia-se desta maneira ao longo e por vezes atribulado romance entre dois jovens, que se tinham conhecido na universidade, em 2001. (...)

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PELO menos em Lagos, a Portugal Telecom contornou, da forma que se vê, a carência de tampas com o logótipo da empresa: as letras P e T foram manuscritas no cimento, ainda fresco. Tudo bem, cada um sabe de si; mas será mesmo necessário, em casos desses, recorrer aos serviços de analfabetos (não "analfabetos funcionais", mas "analfabetos propriamente ditos"), como atesta a tampa de cima da imagem da direita?

Denunciantes

Por Alice Vieira

OS JORNAIS anunciaram que, a partir de agora, é oficialmente reconhecida a nobre profissão de denunciante. Já tardava, é um facto. Mas pronto, antes tarde que nunca.
Todos sabemos como a nobre arte da denúncia tem sólidas raízes entre nós.
No tempo do Senhor D. João III (e nos tempos que depois se seguiram…) muitos foram os que acabaram nas fogueiras da inquisição, denunciados por vizinhos, familiares ou amigos, prontos a jurar que os tinham visto, por exemplo, “ a ter comércio com o demónio”, ou a “apartar-se da nossa santa fé católica, passando-se à lei de Moisés, vestindo camisas lavadas aos sábados, e jejuando às 2ª e 5ª, e não comendo carne de porco”. (...)

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Alguém sabe o que é um «desentupidor em espiral»?
Actualização: a resposta (com imagem e possível explicação) pode ser vista [aqui]

19.11.10

Asia Bibi e o crime medieval da blasfémia

Por C. Barroco Esperança

NOS PAÍSES onde vigoram as teocracias a vida é um detalhe banal perante os zeladores da vontade do deus autóctone. A tara não é exclusiva do islamismo onde a deriva fascista se acentua com a miséria e atraso a que a religião conduz os respectivos povos.
A violência xenófoba das teocracias do Médio Oriente recorda-nos a forma como foram tratados os mouros, em Portugal, nos reinados de D. Afonso Henriques a D. Afonso III, e os judeus até à sua quase extinção.
Cristãos, judeus, livres-pensadores e todos os que não acreditem em Alá e no seu único Profeta, não façam jejum no Ramadão, não rezem cinco orações diárias, não contribuam com as esmolas e, se puderem, não forem a Meca, terão sempre a vida em perigo, para além de terem de comer, beber e vestir-se de acordo com as indicações que o arcanjo Gabriel ditou, em árabe, ao condutor de camelos, entre Medina e Meca. (...)

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A propósito de "tolerâncias de ponto"

INÍCIO da crónica «Semana Santa», de André Brun, publicada em 1914.

Texto integral [
aqui]

Espiões

Por João Paulo Guerra

DAVID JOHN Moore Cornwell, a.k.a (‘also known as’) John Le Carré, havia de ter gostado de inventar esta história. Mas lá na Cornualha, onde vive, não há histórias destas. E assim, o autor de "O espião que saiu do frio" tem que se contentar com a sua própria imaginação. E desse modo perde, porque a ficção a consideraria provavelmente absurda, a história do chefe dos espiões que anunciou a demissão na véspera de uma Cimeira da NATO no país cuja espionagem externa chefiava. O caso estará para a espionagem com Saltillo esteve nos anos 80 para o futebol: desencadear uma cena de contestação ao sistema mesmo em cima do acontecimento. (...)

Texto integral [aqui]

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Alguém sabe do que se trata?
Actualização: a resposta pode ser vista [aqui].

18.11.10

Racionalidades

Por João Duque

POR VEZES, os governantes esquecem que os agentes económicos, apesar de tudo, são racionais. Por isso, um anunciado aumento de impostos provoca reacções que não são de espantar. O problema é que, por imposição legal, tem de haver um prazo mínimo entre o anúncio da intenção, a discussão da proposta, a aprovação da ideia e finalmente a sua implementação. Tal prazo é, por vezes, na óptica do Estado, muito penalizadora, uma vez que entre o anúncio de uma medida e a sua entrada em vigor vai um prazo de tempo tal, que permite um comportamento que é exactamente contrário ao que se pretendia, reagindo os agentes económicos por antecipação.
Se anunciam um aumento de impostos sobre o consumo do tabaco ou do álcool com intenção de reduzir esse consumo, então dispara a venda dos mesmos no curto prazo porque os consumidores, agindo racionalmente, querem antecipar a compra e reduzir assim o impacto do aumento da tributação. (...)

Texto integral [aqui]

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Concentrado de absurdo

A SENHORA decidiu-se pelo meio da faixa de rodagem porque teve de optar entre um passeio minúsculo (à esquerda) e um outro obstruído por um jipe (à direita), cujo condutor não parece apreciar lugares vagos, mesmo que gratuitos.
Mais algumas imagens do caos desta cidade - «onde os direitos dos peões não são espezinhados... porque nem sequer existem» - [aqui].

A Noruega e as mesquitas

Por C. Barroco Esperança

SE HÁ CONQUISTA de que a Europa se possa orgulhar é a da liberdade religiosa, liberdade que inclui o direito de ter ou não ter religião e a de renegar ou combater qualquer crença pelos meios que pautam as democracias.
Esta conquista deve-se à repressão política sobre o clero e não à vontade das diversas religiões. O secularismo tornou obsoletos os livros ditos sagrados e fez da Declaração Universal dos Direitos do Homem a referência para a acção dos cidadãos que defendem o pluralismo e o livre-pensamento.
Apesar do carácter totalitário e do proselitismo das religiões do livro, hoje com peculiar agressividade do islamismo, apesar da marca xenófoba, racista, violenta, homofóbica e vingativa do deus do Antigo Testamento, onde os três monoteísmos se inspiram, a Europa garante aos crentes – como deve –, a liberdade das suas práticas religiosas. (...)

Texto integral [aqui]

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A NOTÍCIA, apesar de contrariar o que disse o ministro das Obras Públicas (que garantiu que o TGV ia avançar já em Janeiro), pode ter lógica. O título que o «SOL» redigiu é que não...

Cimeira

Por João Paulo Guerra

VINTE E UM anos após a queda do Muro de Berlim, 20 anos depois da reunificação da Alemanha, 19 anos passados sobre a dissolução da União Soviética e a extinção do Pacto de Varsóvia, a NATO é o derradeiro arsenal, unipolar, da guerra fria. É o armazém da tralha de 46 anos de corrida armamentista e de chantagem nuclear. Não tem qualquer razão de existir, a não ser para fomentar o chorudo negócio do armamento, o poder do complexo e da clique militar-industrial que comanda a política americana, e dar emprego a milhões de apóstolos da guerra, formados em cursilhos na doutrina do poder e do terror militar, que agora pregam pelo Mundo, em vez da extinção do único bloco político-militar, o alargamento da NATO. (...)

Texto integral [aqui]

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17.11.10

A PROPÓSITO da crónica anterior, aqui ficam as últimas linhas de uma outra, da autoria do humorista André Brun (in Praxedes, Mulher e Filhos - Cadastro de uma família lisboeta).

Deixem-se de tretas

Por Helena Matos

QUAL o interesse jornalístico da transcrição pelo DN e pelo CM das conversas entre Edite Estrela e Armando Vara? Ao contrário doutras escutas, nomeadamente daquelas que foram excluídas do processo Face Oculta e que envolviam o nome do primeiro-ministro na tentativa de controlo da TVI, as conversas de Edite Estrela com Armando Vara não versam nada mais do que opiniões. Edite Estrela chama descabelada ou invejosa a não sei quem? Presumo que os demais militantes do PS e dos outros partidos, à excepção de Edite Estrela, quando falam ao telefone tratam os opositores por Excelências e não dizem mal de ninguém.
Que bem que nós estaríamos se as conversas entre Vara e demais interlocutores tivessem sido todas deste teor.

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Lagos - Rua Marquez de Pombal
ESTA imagem apresenta - pelo menos... - duas curiosidades. Em que consistem?
Actualização: a resposta está dada nos comentários 2 e 3.
Clicar na imagem, para a ampliar

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Coitado do Sócrates!

Por Baptista-Bastos

O MINISTRO Luís Amado andou por aí a dizer umas coisas. Certa gazeta semanal publicou as declarações e provocou um alvoroço que a natureza do facto não justifica. Que disse o ministro Amado? Na pureza do seu parecer, a salvação da pátria residia numa "grande coligação". Mais adiantou que, se circunstâncias anómalas assim o determinassem, Portugal sairia do euro. O tal sinédrio político seria, naturalmente, constituído pelo PS e pelo PSD. Desassossegado, o dr. Portas comunicou estar "disponível" para colaborar em tão admirável iniciativa. (...)

Texto integral [aqui]

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16.11.10

Convite

Por Alice Vieira
18 Nov 10 / 18h30m

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TALVEZ seja preciso clicar na imagem para a ampliar e descobrir uma coisa que, sem grande esforço, podia (e devia) ser corrigida. O que é?
Actualização: a resposta está dada no 1.º comentário.

Boato

Por João Paulo Guerra

EMPRESAS cotadas no PSI 20, que aumentaram lucros em 40 por cento nos primeiros nove meses do ano, devem estar a cantar hossanas à crise. Tal como as grandes empresas que ganham milhões escapando legalmente ao Fisco, apesar das subidas dos lucros. Assim como os milionários da Bolsa, com participações acima dos 10% e por esse motivo isentos de tributação, devem estar a aplaudir a bem-aventurança desta crise que se abate sobre o mundo, a Europa, o país mas, aqui chegada, distingue quem sofre e quem acumula. (...)

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O tempo e a falta dele

Por Nuno Crato

MAIS uma vez, ao ir levar um amigo estrangeiro ao comboio, esqueci-me de escolher a velha estação de Santa Apolónia e fui levá-lo à Gare Oriente. Má escolha! Não tive outro remédio se não sair do carro e acompanhá-lo — ele jamais descobriria a tempo onde são as bilheteiras. Comprámos a passagem e levei-o à escada para a plataforma. O meu amigo olhava em volta, confuso, e perguntou-me: «Quanto tempo falta?»
Reparei então que não havia nenhum relógio à vista e amaldiçoei de novo a escolha. Em Santa Apolónia não haveria dúvida: o relógio está à vista de todos, no local onde todos o procuram, no centro, bem no topo, comandando tudo. Assim deveria ser. (...)

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Paulo Portas de saltos altos

Por C. Barroco Esperança

PAULO Portas é um político que não esconde a ambição que o devora e a frustração que os resultados eleitorais lhe provocam. A aritmética eleitoral condena-o a ser apenas um fato às riscas com um ministro dentro, às cavalitas do PSD, a quem serve de muleta.
Não escolhe o que quer ser, sujeita-se ao que lhe querem dar, carregando o passado da Moderna e da Amostra, a vocação persecutória no Independente, os esquecimentos nos pagamentos de impostos, a passagem pelos governos de Barroso e Santana Lopes, com a ministra Celeste Cardona para o livrar das enrascadas e Bagão Félix, tão implacável a demitir todos os directores e subdirectores da Segurança Social como néscio a sobraçar a pasta das Finanças e a ajudar ao descrédito de Santana Lopes, como se ele precisasse. (...)

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15.11.10

NESTA foto, tirada em Lagos, há um pormenor insólito... ou talvez não. O que é?
Actualização: a resposta está no link indicado no comentário das 19h17m.

Da importância política da sopa

Por Helena Matos

A SOPA é uma espécie de barómetro das nossas crises. Como não podia deixar de ser, neste ano da graça de 2010 ou da desgraça da dívida pública a 7,22% , aí está ela, a sopa, nas notícias sobre o aumento da procura nas cantinas escolares e nas instituições de solidariedade. Algumas escolas já terão cantinas a funcionar aos fins-de-semana. Tudo isto é acompanhado por aquele vox populi do “que comam pelo menos uma sopa”.
E contudo ainda há algumas décadas a sopa era um sinal do nosso atraso. Nos anos 60 e 70 era um dado adquirido que no dia em que fossemos todos evoluídos e europeus a sopa seria substituída pelos iogurtes e pelas saladas. (...)

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"Santa Calitate"

Por A. M. Galopim de Carvalho

CHOVERA bem naquele Inverno. O sol de Abril dava agora força a tudo o que era verde naqueles campos tantas vezes amarelecidos e escalvados por secas de anos a fio. De trouxa ao ombro, enfiada num pau, mal agasalhado num casaco que fora de homem grande, gasto, sebento e meio rasgado, o Domingos vencia o caminho que o levava ao seu destino, naquela manhã ainda gélida para os seus pequenos pés descalços.
Dissera-lhe a mãe, viúva e com mais duas bocas pequeninas a chorar por pão.
- A “governanta” do senhor padre Mateus anda à procura de um criado que lhe ajude na lida da casa, lhe trate do quintal e da criação e lhe faça os mandados. (...)

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Vento

Por João Paulo Guerra

NÃO ESTAVA previsto, como garantiu um membro do Governo, mas passou a estar: Sexta-feira há tolerância de ponto em Lisboa, excepto para 60 chefes de Estado e de Governo, respectivas comitivas e guarda-costas, para além de um batalhão de polícias mobilizado para garantir a segurança da Cimeira da NATO, em especial contra a ocorrência de um atentado terrorista que o ministro da Administração Interna tem a profunda convicção que estará iminente.
O ministro foi acusado de "alarmista", mas que seria dos sistemas de alarmes se não fossem os alarmistas? Se não houver atentado - como se espera - o ministro vai dizer que mais vale prevenir que remediar. Se houver, o ministro vai proclamar a sua presciência: "Eu não dizia?". (...)
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14.11.10

NO SEGUIMENTO da foto da pirâmide de Keops, veja-se este pormenor da de Quéfren: repare-se na união perfeita dos blocos de pedra, talhados numa altura em que o ferro ainda era desconhecido no Egipto. (In A Epopeia dos Grandes Trabalhos, de René Poirier).

A lição de Lula e o teste de Obama

Por Rui Tavares

HÁ UNS MESES, no Rio de Janeiro, ouvi Lula explicar como entendia ele ser de esquerda, ou por outras palavras, como entendia ele a sua esquerda: “é fazer primeiro o necessário, começando pelo mais simples; depois é fazer o possível; logo, logo, o impossível vai estar acontecendo”.
Lula defendia que esse modus operandi o distinguia da esquerda de “à europeia”, que se caracteriza por aceitar as estruturas de poder como elas estão, mas também da esquerda “Chico Alencar”, do nome de um político brasileiro que saiu do PT para fundar o Partido Socialismo e Liberdade, que deseja chegar ao socialismo “de uma vez só” (na descrição de Lula, que talvez não fosse a dos sujeitos em causa). (...)

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Luz - Vista da pirâmide de Keops, Cairo, Egipto

Fotografias de António Barreto- APPh

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Também fotografei as pirâmides “de baixo para cima”, como mandam os costumes e os turistas devem fazer. Mas as imagens feitas “de cima para baixo” pareceram-me muito mais interessantes. (2006)

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13.11.10

«Dito & Feito»

Por José António Lima

QUANDO um socialista tão influente como António Vitorino vem assumir publicamente que «o Governo despertou tarde para o problema da dívida soberana», isso é sinal de que o PS já interiorizou a insustentabilidade desta governação de José Sócrates. Bem como a inevitabilidade de uma mudança, a breve prazo, do ciclo político. (A propósito, cabe perguntar quando acordou Vitorino para tão magna e crítica questão, ele que andou desde 2008 a negar os alertas e as evidências em todas as intervenções que foi fazendo por múltiplos jornais e televisões...). (...)

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A 2ª FASE do passatempo ontem iniciado consiste em indicar o título e o autor do livro cuja capa aqui se mostra. Actualização: a resposta certa já foi dada, como se pode confirmar [aqui]. 'Macy' tem 24h para escrever para medina.ribeiro@gmail.com indicando morada para envio do livro.

A Igreja, o Poder e o 'wrestling'

Por Antunes Ferreira

SE AINDA subsistiam dúvidas sobre a intervenção política da Igreja Católica, Apostólica e Romana neste País, elas ficaram, agora, eliminadas. Kaput. Tirem daí o sentido; nem pó.
Muito se tem falado do conúbio entre António de Oliveira Salazar e Manuel Gonçalves Cerejeira, relação que começara nos bancos do seminário onde ambos tinham estudado. Naturalmente, qualquer deles negava essa ligação verdadeiramente umbilical, pois que vinha do ab initio de ambos.
Um exemplo, apenas. A censura. Politicamente, eram os censores administrativos, em estreita relação com o Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, depois PIDE e finalmente DGS. (...)

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12.11.10

ENTRE hoje e amanhã, será aqui proposto, a qualquer momento, um passatempo a propósito deste simpático crustáceo, o nosso bem conhecido bicho-da-conta. Terá duas fases, e outros tantos prémios.
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1ª fase: Lá vai, então: «Qual o nome popular pelo qual é conhecido, em certas regiões do baixo Alentejo, este animal - nome esse que figura no título de um recente livro?». O prémio, a atribuir a quem primeiro der a resposta certa, será um exemplar da referida obra, oferecido pelo seu autor. Actualização: a 1ª fase terminou, com a resposta certa ("porca-sara") dada por Zénite, que tem agora 24h para escrever para medina.ribeiro@gmail.com indicando morada para envio do livro. A 2ª fase será anunciada, em post próprio, a qualquer momento.