31.8.06

Pergunta (sem prémio)

Instruções para lavagem

(Enviado por JESCA)

Até 17 de Setembro

SE TIVER mais de 65 anos, ou se for estudante, ou se for cliente do Milénio.bcp (mesmo que seja podre de rico), tem desconto. Se for pobre ou estiver desempregado... terá de pagar o bilhete normal.
Mas como é assim em todo o lado (seja na CP ou nos eléctricos da Praia das Maçãs), que não seja por isso que não se vai ver esta exposição - que vale bem os €5.
Obs: a entrada é pela porta lateral (Norte) do Museu

Pergunta de algibeira - Variante

COMO ainda ninguém repondeu à pergunta de algibeira ontem colocada (sobre os balões de ar quente - com e sem leme), aqui fica uma outra, relativamente semelhante.

Um navegador solitário vai num pequeno barco. Tem, para o manobrar, dois remos, uma vela e um leme.

A certa altura, e por motivos que não interessam para a história, perde os remos e a vela desfaz-se.

Ora, no momento em que se apercebe que tem só o leme, dá-se conta, também, de que a corrente o está a levar para uma terrível catarata.

Na margem esquerda, vê centenas de ferozes jacarés; na direita, serpentes venenosas por todo o lado!

Pergunta-se: para que margem ele vai preferir dirigir-se para evitar cair na catarata - onde sabe que o espera uma morte certa?

NOTA1: há algum tempo, abordou-se aqui um problema semelhante, relacionado com o facto de os grandes navios recorrerem a rebocadores - nomeadamente em manobras junto aos cais.

NOTA2: a resposta a este problema e ao anterior está dada em «Comentário-2»

Imagem: http://k41.pbase.com/u39/alexuchoa/upload/31951256.CachoeiradoCaracol.jpg

30.8.06

Os 3+1 golpes do multibanco


NO ENDEREÇO www.lusawines.com/public/prevencaoATM.swf
pode ver-se uma explicação de como funcionam os três principais métodos de fraude com cartões.

No entanto, o método mais perigoso ainda é aquele que me aplicaram há dias:

Chega um "amigo" ao pé de mim e dispara:

- 'Tás bom, pá? Há quanto tempo não te via! Olha, não tens aí uns 50 euros que me emprestes? Se não tens, podes ir ali ao multibanco levantar...

-
(Enviado por C.)

Pergunta de algibeira

DESDE que, recentemente, renovou o seu grafismo, o «DN» passou a usar gravuras antigas para "alegrar" as páginas.
Essas imagens só por mero acaso é que estão relacionadas com os textos no meio dos quais são inseridas (um pouco "à martelada"...), mas isso não as torna menos interessantes. E, há dias, uma delas representava um balão de ar quente munido de um grande leme.
Ora isso presta-se até à seguinte questão:

Porque é que não se encontram fotografias de balões equipados com leme - mas apenas (e quando muito) desenhos e gravuras?

A incompetência

A INCOMPETÊNCIA pode ser extremamente perigosa e até mesmo mortífera - é essa a ideia que o famoso Laurence Peter defende nos seus textos.


No entanto, muitas vezes ela é apenas cómica (como se vê na imagem de cima) ou reveladora de uma profunda insensibilidade humana (como no caso deste "acesso" às instalações sanitárias para deficientes, num posto de gasolina).
Imagens do site «Portual no seu melhor», seleccionadas por Bernardo Moura

O matemático desaparecido

A CRÓNICA «Grigori Perelman-O matemático desaparecido» está disponível no «Expresso-online» em http://expresso.clix.pt/Actualidade/Interior.aspx?content_id=368132

Matem-se à-vontade!

FREQUENTEMENTE, quando vemos comportamentos violentos entre condutores, pensamos:
«Porque é que aqueles indivíduos não vão para um recinto fechado espancar-se mutuamente?!».
Como se sabe, nos EUA há umas corridas em que o objectivo é, precisamente, a destruição física dos carros dos adversários.
Ficamos agora a saber que, por cá, também há disso, mas numa versão mais humanizada - como se pode apreciar em: www.maisrallye.com/videos/vila.wmv
(Sugerido por J.M.Figueiredo)

Notícias do Kansas (*)

PARA UM EUROPEU continental, é habitualmente difícil perceber o sistema de ensino dos Estados Unidos e a pressão dos extremistas religiosos para que as escolas ensinem o criacionismo e outras doutrinas anticientíficas. O sistema de ensino norte-americano é descentralizado e aberto, por isso mesmo susceptível a pressões. Umas positivas, outras negativas. Outras, muito lamentáveis. Mas é preciso ter uma ideia da situação global para perceber a dimensão do problema.

As diversas comunidades elegem as suas direcções educativas (boards of education) e, quando há fortes influências de sectores radicais, essas influências acabam por se manifestar nas respectivas escolas, como se tem verificado em vários casos, nomeadamente no Kansas, cuja direcção de ensino tem sofrido reviravoltas largamente noticiadas. Ou melhor, voltas largamente anunciadas, pois as notícias positivas são habitualmente omitidas pela imprensa. Foi o que se passou agora.

Nas eleições de Agosto para a direcção educativa do Kansas, os criacionistas, que tinham conseguido anteriormente uma maioria de 6 contra 4, ficaram agora na minoria de 4 contra 6, o que os impede de prosseguir a sua agenda radical. O resultado é consequência de uma discussão muito generalizada em todo o Kansas, em que os cientistas não se limitaram a defender a teoria de Darwin, mas mostraram também o atraso educativo que significa considerar em pé de igualdade o chamado desígnio (ou desenho) inteligente, que é a nova versão, mais moderada, do criacionismo, e a esmagadora massa de dados científicos que mostram a longa marcha das espécies até à actualidade.
Em Novembro haverá eleições para a presidência da direcção educativa. Esperemos que voltem a trazer-nos boas notícias.
(Adaptado do «Expresso»

29.8.06

Um soninho descansado

PORTANTO, eis que saiu mais um decreto com mais umas multas por motivos ambientais - e terríveis, como não podia deixar de ser! Ainda bem, é sempre bom sabermos que há para aí uns legisladores atentos a essas coisas.

Mas... será confusão minha, ou há anos e anos que os atentados ambientais se sucedem, em grande escala e à vista de todos - desde as descargas (na Ribeira dos Milagres, no Alviela e nas praias) até à construção clandestina em áreas protegidas e de domínio público, passando pelas lixeiras de frigoríficos e colchões por todo o lado?

Nesse triste tema, há algumas novidades, alguma coisa que não se saiba desde sempre (até mesmo quem são os responsáveis - por acção ou omissão)?

Para tudo isso, as penalidades já existem há muito - o que falta... será preciso dizê-lo?!

Claro que os adeptos e praticantes das leis-da-treta estão atentos e fazem a única coisa que sabem fazer bem:

De vez em quando lá acordam, espreguiçam-se, bocejam, aumentam as multas para valores "terríveis"... e depois viram-se para o lado que lhes dá melhor dormir.

Garfield - 2

ESTE é o género de filmes que não se vai ver (só) por causa da história mas sim para apreciar como foi feito.
Ao contrário de «Carros», que era totalmente digital, este Garfield mistura figuras digitais com outras (a grande maioria) reais.
Fica apenas a dúvida quando aparecem em cena animais (cães, vacas, ratos, patos, papagaios, etc.) , pois tão depressa parecem amestrados (e, se calhar, alguns são) como manipulações digitais. Um espanto!
NOTA: Estão em exibição as duas versões (a original e a dobrada em Português)

Os surdos e os absurdos

À PRIMEIRA vista, parece ser muito negativo o facto de a Câmara Municipal de Lisboa não concordar com as alterações que a Carris quer fazer em algumas das suas carreiras de autocarros.
Pensar-se-á: «Então essas pessoas todas (a quem, por sinal, pagamos...) não são capazes de se entender numa coisa tão importante?!»

Mas, se tivermos em conta o carinho que a Câmara alfacinha demonstra pelos transportes públicos da capital (onde o automóvel particular é Rei e Senhor - dos passeios, das praças de táxis, das passadeiras para peões, das faixas BUS, das paragens de autocarros...), somos tentados a pensar: «Se Ela não está de acordo com a Carris, só pode ser bom sinal...».
-
Publicado no «Correio da Manhã» de 31 Ago 06, com "corte" do 2º parágrafo - vá lá saber-se porquê!

Novo mito-urbano?

CIRCULA na Internet (e já o recebi por várias vezes) um documento em Word que, no essencial, diz o seguinte:
Faça-se a montagem indicada (com um ovo cru e dois telemóveis, um de cada lado). Perca-se o amor a algum dinheiro, e faça-se uma chamada de um para o outro, deixando-os ligados durante 65 minutos.
Ao fim desse tempo, poderá comprovar-se que o ovo estará cozido.
Conclusão: a radiação emitida pelos telemóveis é capaz de modifcar as proteínas do ovo. Imagina o que ela pode fazer com as proteínas do nosso cérebro quando falamos ao telemóvel.


O assunto é muito interessante, mas aqui fica uma pequena observação que, no entanto, não invalida o essencial (*):

Nas imagens e no texto associado, subentende-se que os dois telemóveis "falam" (transmitem) um para o outro "através do ovo". No entanto, numa rede como a nossa as coisas não se passam assim - cada aparelho contacta com a antena mais próxima do seu operador e não directamente com outro, mesmo que este esteja ao lado.

Além disso, a potência irradiada é variável: em lugares de difícil captação o sinal é mais forte, e vice-versa.

Mas faço uma ressalva porque vejo, pelos caracteres que constam na imagem superior, que devem ser japoneses:

Eu estive no Japão e disseram-me que há redes que funcionam de forma diferente.
É possível que algumas sejam em sistema walkie-talkie e (aí, sim) o problema apareça.

(*) É evidente que ter um aparelho a emitir radiações mesmo junto ao nosso cérebro pode ser preocupante. Mas tudo é uma questão de valores em jogo, pois já estamos imersos em ondas do mesmo género (rádio e TV, p. ex.) e não sofremos com isso - à parte o dano que as respectivas programações possam fazer aos nossos céreberos...

Igual ao litro

Segurem-se!

NO SEGUIMENTO desta imagem, enviada por B. Moura, tive curiosidade de ver (na página do ISP aqui divulgada recentemente) em que companhia de seguros está segurado o veículo.
A resposta foi esta:

À semelhança da gasolina...

A MAIOR parte das vezes, tenho grande dificuldade em conversar com o meu velho amigo Roberto pois as suas ideias são quase sempre muito primárias e, desde que o assunto não seja mulheres ou futebol, dificilmente aguenta mais do que um ou dois minutos de conversa.
Mas, há dias, sabendo eu que ele estava a atravessar um período de grandes dificuldades económicas, fiquei contente por poder dar-lhe uma boa notícia:
- A partir de 4 de Setembro a tua conta de electricidade pode baixar!
- E porquê? - perguntou ele, de pé atrás.
- Porque vem aí a liberalização! - respondi eu, com um sorriso aberto.
- O que é isso?
Felizmente, a explicação foi fácil - vêm aí mais umas empresas a oferecer os seus serviços, e não ficaremos dependentes, em exclusivo, da EdP.
Ouviu com atenção e, fungando, limitou-se a comentar:
- É mais uns a gamar.
«Pronto!» - pensei eu - «Cá está ele com os seus raciocínios primários!».
Ainda argumentei durante mais alguns minutos, mas a resposta dele era sempre a mesma:
- É o que eu digo: é mais uns a gamar.
Isso foi há duas semanas.
Será que ele já leu as notícias de hoje que nos dão conta de que essa tal liberalização - por um motivo ou por outro - vai coincidir com aumentos de preços e não com a sua diminuição?

28.8.06

Não passem palavra! (*)

(**)

UMA MANHÃ, alguns meses depois do que acabei de contar (e quando, após muita insistência da minha parte, mais alguns chefes passaram a usufruir do privilégio de ter e-mail...), recebi uma das muitas chamadas de SOS com que a Geronto-Teknika me brindava:

- Olhe lá, você, por acaso, sabe qual é a passa-palavra da nossa contabilista-chefe?

Quem assim se exprimia, aparecendo no meu telemóvel com os seus modos grosseiros e o seu vozeirão inconfundível, era o presunçoso e malcriado Dr. Granítico, um dos Directores-Gerais mais temidos da Geronto-Teknika, de que atrás falei.

Respondi-lhe que não sabia, mas que passaria lá pela empresa para tentar descobrir.

É preciso explicar aos leitores que a estranha expressão passa-palavra era a sua tradução livre de password – tal como Internet era, para ele, inter-rede, Homepage era Casa-da-página... e outras curiosidades semelhantes que só daquela cabeça é que poderiam brotar.

Mas voltando ao assunto: conforme ele explicou em seguida, o que o preocupava era a grande urgência em aceder ao computador da Dra. Gangrenata, a contabilista-chefe que se ausentara para o estrangeiro sem deixar qualquer contacto.

E foi assim que apareci na empresa ainda nessa tarde, onde fiquei a saber que o grande reboliço que se notava por todo o lado era motivado por uma auditoria que teria lugar no dia seguinte. Como facilmente se percebe, era absolutamente fundamental, antes disso, aceder aos dados do computador pessoal da Dra. Gangrenata.

- Eu sempre disse que isto de computadores só traz é problemas... – foi o desabafo do Arquitecto Quadrilíneo, quando me recebeu na portaria – cordialmente, mas sem esconder a preocupação que compartilhava com os colegas de empresa.

Não era a melhor altura para o contrariar (tanto mais que eu bem sabia que, para ele, até uma máquina-de-calcular era uma modernice perfeitamente dispensável - pelo que procurei abstrair-me dele e dos demais que diziam coisas semelhantes) e, uma vez chegado à Contabilidade, reparei que estava toda a gente com cara de enterro. Mas o certo é que eu já tinha tanto prestígio por aqueles lados que bastou um sorriso meu simulando confiança para que as pessoas presentes perdessem o ar abatido e se animassem – porventura antes do tempo...

Sentei-me então em frente ao computador em causa e comecei a fazer aquilo que é habitual nessas circunstâncias: procurar post-its amarelos – pois a maior parte das pessoas que escolhem passwords complicadas escrevem-nas neles e deixam-nas bem à vista...

Mas não encontrei nada.

Longe de ficar desanimado, passei então à segunda fase, experimentando o invariável «1-2-3-4», os nomes dela (o próprio e o apelido) e o número mecanográfico... mas o certo é que não tive mais sorte.
Deixei para o fim a data de nascimento, porque há várias hipóteses: o velho formato (dia-mês-ano), o novo (ano-mês-dia) e ainda o americano (mês-dia-ano).

O Serviço de Pessoal deu-me a informação correspondente, e comecei a fazer tentativas, cada vez mais nervoso à medida que elas se iam gorando.

E foi nessa altura que o Sr. Lombriga, um daqueles brincalhões que há em todas as empresas, se saiu com esta:

- Olhe lá, que data de nascimento é que você está a meter aí?

- É a que está nesta fotocópia do Bilhete de Identidade dela, 17 de Novembro de 1947 – respondi, sem perceber a razão da pergunta.

- Então a marota sempre nasceu em 1947?! Eu bem desconfiava! Sabe que ela diz a toda a gente que é dez anos mais nova?

Sorri, e fiz então mais uma tentativa com a data de 1957. Então não é que a vaidosa da doutora Gangrenata até tentara enganar o seu próprio computador?!
-
(*) Este texto foi escrito para o livro «Jeremias dá uma mãozinha» mas acabou por não ser incluído.
(**) O cartoon foi enviado por JMF

E até é fácil calá-los!


ACEDENDO ao endereço www.orapois.com/br/arquivos/06162005170419937g.swf , aparecem-nos estes nove bacanos a tocar umas coisas do género tchiki-bum.
Clicando neles com o rato, é possível fazê-los entrar na "orquestra"; nova clicadela, e o artista cala-se (o que pode ser um alívio - mas depende dos gostos...).
(Sugestão de J. A. Martinho)

Bruxaria (*)

(*) Publicado no «24 horas» de hoje, na coluna «25ª HORA»

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Enchendo chouriços

A TSF tem o péssimo hábito de, nos noticiários da rádio, dar - vezes demais - as notícias em triplicado, quadruplicado ou "pentaplicado" em menos de um minuto.
O padrão (particularmente penoso quando, como ontem sucedeu ontem, aparecem pessoas como o Sr. Fiúza, Presidente do Gil Vicente) é assim:
1 - [Dos estúdios]: «O senhor Batatas garante que está um dia muito bonito. Vamos passar à sede da empresa do Sr. Batatas».
2 - [O repórter da TSF, na sede da empresa do Sr. Batatas]: «Estamos em directo da sede da empresa do Sr. Batatas que nos garante que está um dia muito bonito»
3 - [O repórter dá então a palavra ao Sr. Batatas]: «Garanto-vos que hoje está um dia muito bonito!»
4 - [O repórter da TSF, na sede da empresa do Sr. Batatas]: «Pudemos ouvir o Sr. Batatas que nos garantiu que está um dia muito bonito»
5 - [Novamente dos estúdios]: «Ouvimos o nosso repórter (...), em directo da sede da empresa do Sr. Batatas, que nos garantiu que está um dia muito bonito».
-
Numa versão menos dolorosa, temos apenas os passos 1-3-5, mas raramente uma notícia clara e simples.
Por sua vez, nos noticiários da Antena-1, abundam notícias (improvisadas?) do género: «Ahn... Hoje, o... Uhm... O ministro da... da... Ahn...»

Dormir com quem?

(Env. por J.M.Figueiredo)

27.8.06

E esta?!

www.leenks.com/link48919.htm
NESTE vídeo, pode ver-se (já próximo do fim) uma cena espantosa: um cavalo em contramão que provoca um terrível acidente frontal.

Fotos bizarras



(De um conjunto enviado por J.M.Figueiredo)

No país do Choque Tecno...lógico

Duas conversas, verídicas, com uma pessoa que trabalha na Função Pública:

(há cerca de um mês) :

- Então, homem, quando é que tens e-mail lá no teu serviço?
- Já tenho há muito tempo.
- E qual é o endereço?
- Não faço ideia. Hei-de perguntar um dia destes.

(esta semana):

- Então, homem, esse teu e-mail?
- Ainda não perguntei qual é. Mas parece que agora já temos banda não-sei-quê...
- Será banda-larga?
- É isso! Eu ia a dizer banda-gástrica, mas vi logo que não podia ser...

Consenso e bomsenso (*)

O REGIME democrático não funciona por consensos, antes se funda num conjunto de regras para a gestão da natural pluralidade de uma sociedade livre. É este, e não outro, o grande consenso democrático. É isto o que a Constituição exprime. Convém dizer isto à cabeça, porque o abuso das palavras faz delas grandes contrabandistas de ideias - e por isso se vai difundindo a falsa ideia de que consensual é, por definição, mais democrático.
Mas o consenso também não é pecado. Não são pecaminosos os consensos exigidos pela Constituição e pelas leis que a prolongam (dos quais são bom exemplo as maiorias qualificadas para alguns efeitos exigidas). Nem o são as que se exprimem nas maiorias pluripartidárias que se formam no Parlamento, no cruzeiro da vida política. E é certo que a exequibilidade de algumas políticas de Estado, essenciais e duradouras, pode beneficiar com o maior apoio partidário que for possível obter. Porque a Constituição não o proíbe, antes o deixa à livre vontade dos agentes.
Ora, é esta vontade que está em causa no corrente folhetim da escolha de um novo procurador-geral da República. Na origem do caso estão as palavras de Sócrates a Maria João Avillez. Fugindo ao objectivo da pergunta - que era o compromisso do Governo de ouvir sobre o assunto o PSD - o primeiro-ministro respondeu que o PGR é nomeado pelo Presidente da República sob proposta do Governo e que a Constituição seria cumprida. Uma declaração que tanto pode significar a recusa de ouvir a oposição como a mera recusa de se comprometer, no incidental de uma entrevista, a fazê-lo. E a recusa de ouvir a oposição tanto pode significar que ela não deve ser ouvida na matéria como que não deve o Governo colocar o Presidente - que é livre de rejeitar nomes propostos e livre de ouvir os partidos políticos - no embaraço de querer recusar o que já foi concertado entre eles.
Até que tal se esclareça, não vale a pena tanta excitação. Vale a pena é sugerir contenção às "fontes" de Belém. Porque não é verdade, como disseram num dia, que Cavaco se comprometeu a esse consenso durante a campanha eleitoral. Nem é correcto, como disseram no dia seguinte, não ser esse o "papel do Presidente", o qual "não quer exorbitar das suas competências". Pois não há silêncio ou quietude que isentem o Presidente de responsabilidades por omissão.

(*) Crónica de Nuno Brederode Santos no «DN» de hoje, aqui transcrita com sua autorização.

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26.8.06

"Screen-Saver" com páginas Web

EM COMENTÁRIO ao post «Grande animação!», Luís Correia indica-nos como se pode colocar uma determinada página Web a fazer de Screen-Saver:

Basta aceder ao endereço http://www.etntelephone.com/screensavers/mypagess.htm e seguir as instruções:

Corre-se um pequeno programa de 410k.
Aparece o habitual menu para escolha do Screen-Saver.
Abre-se a opção "definições".

Faz-se o Copy/Paste de um endereço indicado na página seguido do pretendido... e já está.

Posso garantir que funciona.

Uma preciosidade: o tarifário de Mademoiselle Marcelle

[Clicar na imagem para a ampliar]
(Env. por JMF)

25.8.06

Grande animação!

ESTA é uma imagem (parada e parcial) de uma animação diabólica enviada por J.M.Figueiredo: infinitas bolinhas azuis são manipuladas por pessoas e máquinas num processo interminável e a uma cadência infernal e hipnotizante.
--
NOTA: Ver, em «Comentário-1», os endereços dos sites onde ela pode ser apreciada.

Plutão e a bola

PELO que já se percebeu, é muito mais fácil pôr ou tirar planetas do Sistema Solar do que pôr ou tirar clubes de futebol da Primeira Divisão. Talvez porque, no primeiro caso, ninguém se lembrou de recorrer a tribunais...

Grande vaca!

(Env. por Nuno Coutinho)

Demolições e demo... lições

Lolitas (*)

(*) Publicado no «24 horas» de hoje, na coluna «25ª HORA»

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No reino dos trapalhões

NORMALMENTE, às sextas-feiras, alguns leitores aproveitam (e muito bem) o post-aberto para divulgarem algumas anedotas.
Nessa "onda", aqui ficam duas boas:
www.tsf.pt/online/desporto/interior.asp?id_artigo=TSF173141

www.tsf.pt/online/portugal/interior.asp?id_artigo=TSF173144

TODOS conhecemos a sensação desagradável que provoca o facto de alguém dizer «já conheço essa» quando começamos a contar uma história engraçada - e é por isso que se diz que «um cavalheiro nunca conhece uma anedota que lhe contam».

No entanto, há que distinguir entre anedotas e rábulas pois, para estas, o comportamento do auditório pode ser diferente: quem não se deliciou já mais do que uma vez com as de Raul Solnado, António Silva, Vasco Santana ou Charlie Chaplin?

Ora, é nesta última família do «humor que não cansa» que se inserem as notícias anuais acerca das irregularidades das contas dos partidos - e só temos de estar gratos aos artistas, pois a cena em que se especializaram (a de palhaço-trapalhão a exigir rigor aos outros palhaços) ajuda, e muito, a suportar as notícias tristes com que os mesmos nos vão encharcando sem dó nem piedade.

"Post"-aberto das sextas-feiras




Como de costume... para quem o quiser usar.

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[Se necessário, clicar na imagem para a ampliar]
(De um conjunto de cartoons do mesmo autor, enviado por J.M.Figueiredo)

A propósito...

MUITO se tem falado, ultimamente, de trimarans. E que tal este?

24.8.06

Veja se se safa no Porto...


COMO sou do Porto, tive um bom resultado neste teste:

http://kaser.nsk.pt/puorto.htm

Mas confesso que, das 25 perguntas, ainda tropecei em algumas...

(Sugerido por JMF)

Não se pode ser bom (*)

(*) Publicado no «24 horas» de hoje, na coluna «25ª HORA»

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Ao que isto chegou! Até para roubar já é preciso saber escrever!

TEM sido muito comentado o facto de andarem por aí uns e-mails falsos que convidam as pessoas a darem os seus dados para, em seguida, verem as suas contas bancárias pirateadas e o seu dinheiro desviado.
Acabei de receber mais um, e até em duplicado.
Se me perdoam a franqueza: depois de ler o texto, eu acho que quem cai numa burla destas... de certa forma até merece!
-oOo-

Cliente respeitado!

Devido a situação que nós temos em nosso país em torno a Online-Banking, nós fazemos exame de medidas para rever todas as contas-online a fim de descobrir as contas de "um dia", utilizadas para "lavagem" do dinheiro roubado. Nós pedimos a todos os clientes encher o formulário da confirmação dos dados da conta.

Atenção! As contas que não passarão a revisão a 01.09.06, serão restritas à explanação a fim de seu abertura e uso. A revisão atual é requerida para os clientes particulares e para as empresas.

FICHA para os clientes particulares:
http://caixadirecta.net/(...)

FICHA para os clientes incorporados: http://caixadirecta.net/(...)

Nós pedimos-lhe desculpas por aquelas medidas.

Nós agradecemos para Sua compreensão e esperamos continuar a colaboração com Você.

Atentamente,
Banco, Caixa Geral de Depόsitos
Departamento de Segurança

-oOo-

Agora a sério:

Se os ISP dignos desse nome analisam os e-mails em busca de vírus e de spam (antes de os enviarem), e se sabem da existência deste fenómeno de phishing (que tem sido muito noticiado), porque é que não bloqueiam estas perigosas mensagens?!

«Tenham a bondade de auxiliar a ceguinha, por favor...»

COMO se percebe pela ilustração, a ceguinha a que o título se refere é a Justiça (que, como sempre ouvimos dizer, é - ou deve ser - cega), e o pedido de auxílio é o que se ouve quando se constata o estado a que, no nosso país, ela chegou.
No entanto, está em curso, no sempre bizarro mundo da bola, um acontecimento muito interessante e com alto valor pedagógico que pode ser muito positivo se for aplicado no "mundo exterior":

Como se sabe, há um clube que está em vias de descer de divisão por ter recorrido aos tribunais civis para resolver um determinado caso - o que as leis da bola consideram um crime tão grave que tem de ser "contemplado" com a maior punição que - julgo eu - se pode aplicar a algum clube!

Ora, como parece que, à excepção dos prejudicados, toda a gente aceita com naturalidade tão espantosa filosofia, de que é que o Ministro da Justiça está à espera para aproveitar a ideia para aliviar os nossos entupidos tribunais?

Não estou nada arrependido...

... de ter votado em branco nas últimas eleições autárquicas.
É que a apropriação abusiva que os partidos (todos eles!) fazem dos nossos votos (que, em eleições deste tipo, são extremamente pessoalizados) é demasiado irritante.
O Editorial do «DN» de hoje, da autoria de António José Teixeira (transcrito em «Comentário-1»), merece bem ser lido.
-oOo-
Até se compreendia que o PCP tirasse o tapete ao autarca no seguimento das supostas irregularidades detectadas com as 60 reformas compulsivas aparentemente combinadas entre a Câmara e os punidos.
Mas Jerónimo de Sousa vem agora dizer que não é nada disso. O que há é necessidade de «novas energias» (*).
Ao fim de, apenas, 10 meses de trabalho?
E é o Partido que, em telecomando, põe e dispõe num caso destes?!
E o homem faz-lhe a vontade?!
Fra(n)camente!

23.8.06

«De fonte segura disseram-me que...»

AS CONSIDERAÇÕES de carácter geral que Cintra Torres faz acerca da influência do poder político na RTP não causam espanto a ninguém, pois o que ele diz é exactamente o que o cidadão-comum pensa: os governos só não interferem na televisão pública se não puderem - e, neste caso dos fogos, até é bem provável que isso tenha sucedido.

Até aí, tudo bem; o problema só aparece quando ele lança acusações concretas que, além de serem em segunda-mão, não pode provar.

De qualquer forma, já se sabe há muito tempo que é mesmo assim que "a coisa funciona": ao abrigo da liberdade de expressão e do estatuto da classe, um jornalista pode "dizer o que lhe disseram" as fontes em quem confia.
A seguir, se necessário, ergue o escudo do segredo das fontes e dorme descansado.
A lógica parece-me perversa mas, pelos vistos, é essa.

Mesmo assim, não resisto a contar o que, em tempos, se passou com Mário Castrim quando um dos seus adversários asseverou que tinha ouvido dizer, acerca dele e de fonte segura, determinadas coisas:
O autor d' «O canal da Crítica» respondeu, na sua coluna do «Diário de Lisboa», algo como (e cito de memória):
«Agradeço que, por escrito, declare formalmente que me autoriza a divulgar tudo o que, de fonte segura, eu já ouvi dizer de si».
-
(Transcrito no «ABRUPTO» em 24 Ago 06)
-
NOTA: O problema aqui referido tem a ver com as graves afirmações de ECT na última crítica de TV no «PÚBLICO» - e que reafirmou, em directo, na SIC-N:
Segundo fontes em que tem toda a confiança, a RTP recebeu directivas directas do Gabinete do Primeiro-Ministro relacionadas com a forma de noticiar os fogos - nomeadamente os que, nessa altura, fustigavam áreas protegidas (Peneda-Gerês).
Perante a reacção da RTP, que pede provas, ECT alega que essa exigência (de provas) é muito grave... e argumenta com o segredo das fontes.

Rir ou chorar (*)

(*) Publicado no «24 horas» de hoje, na coluna «25ª HORA»

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Não, não é em Portugal...

(Enviado por Bernardo Moura)