30.9.05

O eclipse e os medos

DURANTE um eclipse é necessário tomar cuidado e não olhar directamente para o Sol. Mas não é necessário entrar em pânico.

É verdade que é perigoso usar óculos de sol justapostos, vidros enegrecidos pelo fumo, radiografias, negativos de fotografias e outros sistemas improvisados. É verdade que se tem de contrariar a tentação de esforçar a vista. É verdade que usar telescópios ou binóculos sem protecção adequada pode cegar quase instantaneamente. Tudo isso é verdade. Mas nada disso é motivo para não observar o eclipse anular do Sol que tem lugar na próxima segunda feira, durante a manhã.

Alguns professores, temerosos das consequências sobre os seus alunos, avisaram-nos que não vão lhes permitir sair das aulas durante o eclipse. Mas isso é negar aos jovens uma experiência única, que não se repetirá nas próximas décadas.

Há sistemas de observação do Sol muito seguros e fáceis de arranjar. Talvez o mais simples seja usar óculos de elipse, que se distribuem nas farmácias e em vários locais. Mas também se pode ir a uma loja de ferragens e com alguns cêntimos comprar vidro de soldador, de preferência número 14. Outra alternativa ainda consiste em montar um sistema de projecção. Há vários processos, uns mais sofisticados outros menos. É possível construir um desses sistemas apenas com duas cartolinas, de preferência uma preta e uma branca. Faz-se um pequeno orifício na cartolina escura e deixa-se passar a luz através desse orifício, projectando uma imagem do Sol na cartolina branca. Não se conseguem ver pormenores, mas pode-se ver distintamente a imagem do Sol recortada pela interposição da Lua.

Observar o eclipse é fácil e pode ser perfeitamente seguro. Os professores e as escolas têm aqui uma oportunidade única para mostrar aos jovens as maravilhas do cosmos. Não ha razão para a desperdiçar.

(Adapt. do Expresso-online)

Um "post" antes do tempo

HÁ dias, colocou-se aqui esta sequência fotográfica acompanhada do seguinte texto:

«Quando um líder avança sem ter em conta o que pode acontecer aos seus seguidores...»

Agora, mais parece uma alegoria da cândida candidatura de Manuel Alegre e dos seus apoiantes (M/F) que foram ficando pelo caminho.

Com o devido respeito, parece-me ver, na última imagem, o poeta com a sobrevivente Helena Roseta.

Portugal Digital, etc. e tal...

Onde se explica porque é que este blogue esteve tanto tempo sem ser actualizado...

COMO sucede de vez em quando, fui, esta semana, passar uns dias a uma aldeia da Beira-Baixa. Ora, até há uns anos, quando, por essas bandas, precisava de aceder à Internet, o melhor que eu tinha a fazer era não pensar nisso e filosofar que, desde sempre, a Humanidade passara muito bem sem ela.

No entanto, a certa altura, apareceram (e em boa hora!) os ciber-pontos em algumas estações dos CTT; a partir desse dia, eu só tinha de me meter no carro e andar 25 quilómetros para, munido de um cartão Net-Post, poder saborear as delícias do ciberespaço na Estação Central de Castelo Branco.

Mas o progresso não pára, pelo que, algum tempo passado, abriu um posto semelhante numa vila mais perto, a uma meia-dúzia de quilómetros de casa!
E, de facto, isso teria sido uma grande coisa se tivesse durado – mas pouco depois o ciber-ponto foi, pura e simplesmente, retirado!
E lá voltei eu à saudável rotina de percorrer os meus 50 quilómetros.

Até que um dia me deram a boa-nova:

Na biblioteca da mesma vila onde o ciber-ponto fora posto e depois retirado, havia agora uma outra ligação à Internet – e melhor ainda, pois era gratuita!

E foi assim que, anteontem, para lá corri... mas apenas para ficar a saber que a ligação estava fora de serviço e ninguém sabia quando seria reposta.

Sugeriram-me, no entanto, que fosse à Junta de Freguesia - e assim fiz.

Só que, embora a porta estivesse aberta, as luzes acesas e os computadores ligados... não havia lá ninguém! Absolutamente ninguém – e, quer eu quer outras pessoas que entretanto chegaram, teriam podido roubar tudo que ninguém daria por nada.
Ao fim de um bom quarto de hora viemos todos embora...

Por fim, fui a bater à porta de uma associação cultural onde, pagando, consegui fazer o que queria e onde me informaram que poderia voltar no dia seguinte.

Ontem, depois de saber que, na biblioteca, a ligação à Internet continuava indisponível, fui novamente à Junta de Freguesia. Aí, dessa vez, já havia gente, mas fui informado do mesmo: a ligação à Internet não funcionava (*).

Voltei, então, ao tal núcleo cultural onde estivera na véspera - e aí esperei, frente a uma porta encerrada, mais de meia-hora. Ninguém apareceu.

Agora, de volta à Civilização, vou ver se encontro o recorte de jornal (humorístico?) onde se pode ler que o Governo quer dar um endereço de e-mail a cada português.

--

(*) À porta, um cartaz anuncia um curso de alfabetização de adultos, a quem dirige as seguintes palavras sábias: «Se não sabe ler (...)».

28.9.05

Mais uma «pergunta-de-algibeira»...

O ouvido de uma pessoa normal consegue detectar sons com frequências entre (aproximadamente) 20 Hz e 20 kHz.

A mesma nota musical, quando produzida por instrumentos diferentes é, em princípio, perfeitamente identificável:

conseguimos, p. ex., distiguir se um "Dó" foi tocado por uma viola, por um violino ou por um piano.

No entanto já não é assim tão fácil (ou é mesmo impossível!) se o som tiver uma frequência superior a 10kHz.

PORQUÊ?
--

NOTA: A resposta já está dada em «Comentário-1»

27.9.05

«Tira-Linhas»

A Tekno-Maxyma, a Mycro-Teknika, a Makro-Teknyka e a Tekno-Teknyca são algumas das muitas empresas portuguesas onde o Eng. Estultício se sente como peixe na água, pois o lema delas todas é
PROGRESSO, SÓ O ESTRITAMENTE INDISPENSÁVEL! - nada de Formação, nem de Modernices (como Internetes, etc.).

No entanto, para seu desespero, o Progresso vem às vezes ter com ele.

Nessas alturas, recorre ao seu filho Serapião.

A história «Tira-Linhas», que se pode ler em «Comentário-1», foi aqui metida por duas razões:

Primeiro, porque a empresa do Grande-Engenheiro é uma daquelas onde os empregados só pensam em reformar-se.

Depois, porque o Serapião recorre a um pequeno truque, já aqui referido a propósito das tampas-de-esgoto.

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NOTA: Muitas outras aventuras (destes e de outros patuscos) podem ser lidas em
www.janelanaweb.com/humormedina

26.9.05

«Dicas» com mais de 2000 anos...

AO MESMO tempo que nos diz que a reforma dos militares e dos funcionários públicos era, na sua época, aos 55 e 60 anos de idade (para os que lá chegavam, é claro!), Séneca faz um comentário curioso acerca do facto de, à hora da morte, muitas pessoas dizerem que gostariam de viver mais tempo:

«Mas porquê e para quê» - pergunta ele - «se, durante a vida, não fizeram outra coisa senão desperdiçar tempo?».

Claro que isso remete-nos para o velho problema do aproveitamento do tempo e para a possibilidade que cada um tem (ou não tem) de poder fazer com ele o que mais prazer lhe dá.

A preocupação actual pelo prolongamento da idade-da-reforma tem a ver com isso: o facto de nos estarem a limitar a possibilidade de, finalmente, podermos gozar a vida durante alguns anos... antes da chegada da «velha senhora».

De facto, assim é, na generalidade dos casos; mas não é triste que assim seja?

Por que diabo é que o trabalho há-de ser um sacrifício de que só pensamos em livrar-nos - como a generalidade dos sindicalistas defende com unhas e dentes?!

Curiosamente, conheço muitas pessoas que, ao invés, estão preocupadas com o facto de serem obrigadas a reformar-se, pois têm a felicidade de, no dia-a-dia, exercer uma actividade que lhes dá prazer; o prolongamento da idade-da-reforma, para elas, é uma verdadeira bênção!

O certo é que ter tempo livre e não saber o que fazer com ele é tão dramático como o inverso...

Esta é verdadeira

Recebi esta imagem há algum tempo.
No entanto, só hoje aqui a ponho, pois fui primeiro a uma Biblioteca Pública ver se era verdadeira.
É...
(Env. por JAM)

(Env. por JAM)

O Equinócio

O VERÃO terminou e o Outono começou. Foi o equinócio de Outono que teve lugar no dia 22 de Setembro, pelas 23 horas e 23 minutos, segundo a hora legal de Lisboa. Tal precisão é impressionante, mas já estamos habituados a números impressionantemente precisos. Na era dos computadores, satélites e raios laser, não há número que nos surpreenda.

O que continua a ser impressionante, pelo menos para muitos, é como foi possível, na pré-história e depois na Babilónia e na Grécia calcular com precisão os equinócios. Afinal, trata-se das datas em que a duração do dia é igual à da noite. Como seria possível medir isso sem um relógio?

Os solstícios são datas mais fáceis de determinar. Pensemos, por exemplo, no solstício de Inverno, que tem lugar daqui a três meses. É o dia em que o Sol do meio-dia atinge a sua altura mínima. Imagina-se o homem pré-histórico olhando para a sombra de um menir e medindo-a ao longo do ano. Ou olhando para o local onde o sol se põe (ou nasce) e vendo quando esse ponto no horizonte está mais a sul.

Para determinar o equinócio é preciso encontrar o dia intermédio entre dois solstícios, medir a duração do dia ou da noite, saber para que estrela o sol exactamente aponta na data, ou determinar os pontos cardeais leste e oeste com grande precisão. Alguém tem ideia da forma como na pré-história se determinavam os equinócios? Há várias teorias, mas nenhuma delas seguramente fundamentada.

Um exercício de modéstia será imaginar hoje umas dezenas de mulheres e homens cultos, isolados numa ilha. Se entre eles não estiver ninguém versado em astronomia, quantos anos demorariam a determinar com precisão um equinócio?

(Adapt. do Expresso-online)

25.9.05

Uma «pergunta-de-algibeira» (dupla)

AQUI vemos uma tampa-de-esgoto (aparentemente de uma rua de Londres - mas isso não interessa).

A pergunta que aqui fica é:

Porque é que, em todo o mundo (quase?) todas as tampas-de-esgoto são circulares? Resposta: se fossem quadradas ou rectangulares, podiam cair pelo buraco abaixo.
NOTA: A resposta já está dada aqui mesmo, juntamente com a pergunta. E esta?

Sem palavras

(Env. por JAM)

Quem se lixa

LÊ-SE no Público de hoje:

«Bombeiros suspendem por tempo indeterminado contactos com o INEM (...) »

Em vez de meter aqui imagens alusivas aos bombeiros e ao INEM, resolvi colocar apenas uma - a dos prejudicados com estas e outras tricas com que muitos portugas se deliciam.

24.9.05

Pobretes mas «Alegretes»

E eis que chega Manuel Alegre com a mesma conversa-chocha dos outros todos...

Que diabo! Não será absurdo ver tantos candidatos crescidinhos a apregoar como único (ou, pelo menos, principal) desígnio «DERROTAR CAVACO SILVA!!!»?!

Então e se o homem não avançar?

Mas, acima de tudo, como «proposta de candidatura» é pobre; MUITO pobre, vindo de políticos profissionais.

Vejam que até qualquer treinador de futebol, naquelas entrevistas idiotas que eles são obrigados a dar na TV, é capaz de dizer mais do que «O nosso desígnio é derrotar o adversário!».

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Conheci um indivíduo que era um grande entusiasta de futebol; mas quando lhe perguntavam qual era o clube que ele gostava que ganhasse, babava-se e só dizia, de olhos em alvo: «Tanto me faz! Eu quero é que o *** perca!!».

Há gostos para tudo...

CLARO que, quando alguém desencadeia uma luta, lá terá as suas razões.
Mas confesso que fico muito mais comovido quando, entre as suas exigências, constam coisas como a melhoria das condições de trabalho ou do serviço prestado.

1-Por sinal, a dos juízes vem logo a seguir àquilo que, aos olhos do cidadão-comum, é um escândalo: a magistrada que mandou Fátima Felgueiras em liberdade refere-se à dita como tendo estado «alegadamente no Brasil», no seguimento de «uma aparente fuga à Justiça».

2-A dos polícias também me causa alguns engulhos - tendo em conta a passividade e inoperância que vejo no dia-a-dia mesmo sem precisar de sair à rua (basta-me espreitar pela janela).

3-A dos militares... (????????????????????????????????)

4-Quanto à de alguns professores, aqui fica um pequeno apontamento:

Quando a generalidade das pessoas, face à louvável intenção do Governo de dar estabilidade ao corpo docente, apenas exclama «BOLAS!! SÓ AGORA É QUE ACORDARAM para uma coisa tão evidente?!», ainda é possível ler coisas como esta:

Mário Nogueira, do Sindicato dos Professores da Região Centro (afecto à Fenprof), veio entretanto criticar esta possibilidade, defendendo a manutenção das colocações por períodos de um ano e defendendo mesmo acções de contestação às intenções anunciadas do ministério.

Segurança-no-trabalho é isto!

O Código de Vitorino

O gajo era bom para isto... mas não quer...

O gajo era bom para aquilo... mas não gosta...

O gajo era bom para não-sei-que-mais... mas não está para aí virado...

Falamos de António Vitorino, evidentemente - que acaba de recusar mais um convite, desta vez para ser não-sei-o-quê na candidatura de Mário Soares.

Ora isso faz-me lembrar uma anedota muito velha mas que, por poder ser considerada menos própria, apenas se publica em «Comentário-1».

Um problema curioso

IMAGINE-SE um planeta homogéneo, sobre o qual existe uma torre e onde se cava um poço.



Desprezando o efeito do peso da torre e da "terra" retirada para escavar o poço, pergunta-se:

Onde é que um corpo pesa mais:

Em A - no fundo do poço?
Em B - a meio desse poço?
Em C - à superfície do planeta?
Em D - no cimo da torre?

--

NOTA: A resposta certa («À superfície do planeta») já está dada por J. Oliveira no «Comentário-4».

Curiosidade paisagística

O mesmo local nas quatro estações

(Env. por JAM)

23.9.05

O Grande Eclipse de 2005

O GRANDE acontecimento astronómico do ano não ocorre de noite. É um espectacular eclipse do Sol que se regista na manhã de segunda 3 de Outubro.
O acontecimento está à porta e ainda pouco se tem falado dele, apesar de ser o maior eclipse visto de Portugal continental desde 1912.
Será preciso esperar por 2028 para poder ver no nosso país algo de semelhante.

O eclipse começa dia 3 pelas 8h40min, hora legal, uma hora depois de o Sol se erguer. Nada se notará a princípio, a não ser que se observe o astro-rei com equipamento apropriado. Mas, ao se aproximarem as 10h, tudo muda de figura. Mesmo os transeuntes mais distraídos notarão que o céu escurece e que a terra parece ganhar tons arroxeados. É uma sensação difícil de definir, mas marcante.

Não se trata de um eclipse total do Sol. Se o fosse, seríamos mergulhados na escuridão quase total. Mas nem por isso o evento deixa de ser menos espectacular. Desta vez, as distâncias relativas entre a Terra, o Sol e a Lua são tais que o nosso satélite tem nessa data um tamanho aparente ligeiramente menor que o do Sol. Sendo assim, interpõe-se entre nós e a nossa estrela, mas não a consegue tapar por completo. No momento decisivo, deixa a luz escapar-se por um fino bordo luminoso que o Sol desenha em torno da Lua. Tudo se passa como se a nossa estrela, em vez de ser um disco amarelo e cheio fosse apenas um fino anel de luz. É um eclipse anular do Sol.

O alinhamento perfeito do Sol e da Lua apenas se regista numa faixa estreita. Fora dela, o eclipse não é visto como anular, mas apenas como parcial. Desta vez, temos a sorte de a faixa central passar pelo nosso território, abarcando grande parte do Minho e de Trás-os-Montes. Haverá certamente muitos curiosos que se deslocarão a essa região para ver o centro do disco do Sol comido pela Lua.

Fora da faixa central, o eclipse é visto como parcial, com o disco solar mordido de lado pela Lua. Nem por isso deixa de ser interessante e notório. Mesmo no Algarve, a região do Continente mais afastada do centro da sombra da Lua, o Sol apresenta-se suficientemente dentado para a sua luminosidade diminuir significativamente.

O momento central do eclipse ocorre poucos minutos antes das 10h (horas legais no Continente e na Madeira, uma hora antes nos Açores). A partir daí, os acontecimentos realizam-se em sentido inverso e a luminosidade habitual do dia regressa pouco a pouco. Pelas 11h18, a Lua afasta-se completamente da frente do Sol e tudo regressa à normalidade. Quem queira ver e eclipse na faixa central deverá planear já a sua deslocação. O NUCLIO de divulgação astronómica organiza uma viagem a Trás-os-Montes e planeia uma série de actividades (www.nuclio.pt). Outras organizações têm programas de observação espalhados pelo país.

(Adapt. do «Expresso»)

22.9.05

Curiosidade linguística

- Padre, posso fumar enquanto rezo?
- Que ideia, meu filho! Deus nunca te perdoaria!

- Padre, posso rezar enquanto fumo?
- Claro, meu filho. Deus agradecer-te-á!

Pergunta «de algibeira» - Resposta

EM relação à questão aqui colocada (v. link), vamos supor, para simplificar:

1 - Que o eixo geométrico do túnel está num plano que passa pelo centro da Terra (meridiano, Equador ou outro círculo-máximo).

2 - Que se pode constatar a horizontalidade, em cada ponto, recorrendo a um nível-de-bolha.

Assim sendo, os dois desenhos seguintes falam por si.

21.9.05

A Sinfonia e a «Não-Fonia»

TODA a gente já leu (ou ouviu contar) histórias de pessoas que fazem grande sacrifícios para comprar brinquedos para garotos mimados que depois não dão lhes dão qualquer valor.
E há variantes com esmeradas comidas, confeccionadas com amor e carinho, e que a criancinha afasta de si com um gesto de desprezo e enfado.

São sempre histórias pungentes, é claro, destinadas a apurar a sensibilidade dos meninos e meninas que as lêem ou ouvem, por forma a que venham a ter bom-coração.

Ora foi disso que me lembrei quando vi o entusiasmo do maestro António Vitorino de Almeida com a sua sinfonia (única no mundo, no seu género) em honra dos jogadores do Benfica que ganharam a Superliga.

Como se sabe, no dia do espectáculo nem um dos homenageados se dignou aparecer.

Porque será que agora não me sai do ouvido a expressão «Dar pérolas a porcos»?
--
NOTA: Esta carta veio a ser publicada no «DN» de 23 Set 05, com o título «Música ignorada» e sem a última frase...

«Foi você que pediu...?»

DE vez em quando, aparecem pessoas muito conhecidas que, apanhadas nas teias de algum sarilho, são intimadas pelas autoridades a prestar declarações.
Então, perante as câmaras e os microfones, fazem questão de explicar ao mundo que foram ali «pelo seu próprio pé».

A sra. D. Fátima Felgueiras, que toda a gente sabia que iria ser detida quando chegasse a Portugal, também teve o cuidado de explicar que «foi presa a seu pedido».

O espantoso é que é assim que a notícia é dada, hoje, pela Comunicação Social - como se fosse a coisa mais natural deste mundo!
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Curiosidade: O «Expresso-online» adianta mesmo que «o pedido foi prontamente comprido» (sic).

Sobe-e-desce ou Desce-e-sobe?

AO menos com a gasolina... não há que enganar: o seu preço sobe sempre!
Mas, se uma vezes subisse e outras vezes descesse, bastaria olhar para os mostradores das bombas e ninguém ficaria a discutir o que aconteceu.

Outro tanto não sucede com o preço dos medicamentos pois, enquanto o Governo diz que desceram, a ANF diz que subiram!

Por isso, só faltava agora esta notícia do «CM»:

Centenas de medicamentos de marca não baixaram o preço em seis por cento, como o Governo pretende, e os doentes vão continuar a pagar o valor antigo.
Isto porque 13 laboratórios farmacêuticos pediram isenção da obrigatoriedade de reduzir os preços, alegando investimento em investigação e desenvolvimento.

20.9.05

Pobreza é isto!

Ao contrário das outras imagens, esta não tem graça nenhuma
(Env. por S. Paixão)

O que é feito do «voto electrónico»?!

NAS últimas eleições muito se falou - e ainda bem! - do voto electrónico.

Agora, que se avizinham duas e, se calhar, com um referendo pelo meio, o assunto parece morto.

Porquê?
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NOTA1: Sobre o voto electrónico, ver este link.
NOTA2: Sobre a actividade da UMIC, ver este link.

Amor paternal é isto!

(Env. por JAM)

Ecologia é isto!

Convivência harmoniosa da Natureza com a Tecnologia...

(Env. por JAM)

Pergunta «de algibeira»

PORQUE será que o eixo-geométrico de um túnel horizontal não pode ser uma linha recta?

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NOTA: Ver a resposta neste link

Um-Dois-Esquerda-Direita!

LEIO sempre com gosto o que escreve Joana Amaral Dias - quer no "DN", quer no seu blogue "Bicho Carpinteiro", que visito diariamente. Ora, hoje, e com o título «Três em um», li o seguinte post seu:
«Rui Sá, candidato da CDU à Câmara do Porto, está disponível para uma aliança pós-eleitoral com o PSD e com o CDS/PP. No Porto, votar CDU é votar na direita».

Como me pareceu que valia a pena discorrer um pouco sobre o assunto, coloquei, em "Comentários", alguns reparos (que aqui reproduzo com alguns retoques).


www.oprofeta.blogger.com.br/esquerda_direita_pe.jpg

TALVEZ por passar muito tempo longe das grandes cidades (incluindo várias semanas por ano em aldeias do interior), tenho uma visão MUITO diferente deste assunto das eleições autárquicas.

Posso garantir que, pelo menos nas zonas onde o poder dos caciques não conta (ou conta pouco), o POVO está-se nas tintas para coisas como "Derrotar a Direita" ou a "Combater a Esquerda".

As pessoas querem é quem lhes dê garantias de que vai resolver os problemas concretos da sua terra - no que fazem muitíssimo bem, dando uma grande lição-de-vida aos citadinos para quem o seu partido é tudo (porventura porque as suas existências decorrem sem problemas de maior).


Durante muitos anos, eu também votei em função das minhas simpatias partidárias:

«O partido escolheu? Então deve estar muito bem escolhido!» - era o meu tonto raciocínio, que fazia com que eu delegasse na cabeça de outros o que devia emanar da minha.

Mas isso é coisa do passado - agora, sigo o critério popular acima indicado, com o que a minha consciência se tem dado muitíssimo bem.

Resumindo e concluindo:


Se o candidato que me parecer mais indicado for do "meu partido", óptimo.
Caso contrário, paciência! - "ele" que tivesse arranjado "coisa" melhor.

Ou será que - no limite e por absurdo - para tratar do lixo, dos cães vadios, do trânsito caótico e dos buracos nas ruas eu havia de
preferir um imbecil do meu partido a um competente de outro?

«Um fósforo fora do sítio» - Solução

O leitor "JC" acabou de dar a resposta certa ao problema aqui apresentado

19.9.05

A união sagrada dos militares

Crónica de J.L. Saldanha Sanches (*)

O facto comezinho de Portugal não pode continuar indefinidamente a gastar 15% dos seus recursos a financiar o sector público é uma daquelas evidências em que ninguém quer acreditar. Especialmente no sector público.

Quando ouvimos os discursos reivindicativos parece haver uma espécie de presunção implícita que os números estão errados e que devem ser o produto de uma conspiração dos economistas, das confederações patronais, do imperialismo ou de qualquer outra associação de malfeitores. Não é coisa que se deva tomar a sério.Mesmo assim neste ambiente de loucura generalizada podemos encontrar comportamentos racionais. (Texto integral em «Comentário-1»)


(*) Publicada com autorização do autor

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Um fósforo fora do sítio


O que aqui se vê é um disparate: «7 (em romano) : 1 = 1»

O problema é que houve um brincalhão que moveu um fósforo, pois antes disso a igualdade estava certa.

É preciso, pois, voltar a colocar o fósforo deslocado no sítio onde estava inicialmente. Como?

(A resposta já foi dada por um leitor e o desenho-solução afixado no dia 20 Set 05)

Tugas

O "cartoon" de F. Espada

DEPOIS do cartoon de Manuel Alegre (de espada em riste), o leitor F. Espada envia-nos este de alguém não menos combativo...

A derrota dos porcos

Tradução de uma carta (VERDADEIRA) recebida recentemente pelo Comissário Europeu da Agricultura.

Senhor Comissário da Agricultura,

O meu amigo Robert, que vive na Bretanha, recebeu um cheque de 100.000 EUR da UE para não criar porcos este ano. Por essa razão eu estou a pensar entrar no programa de não-criação de porcos no próximo ano. O que eu gostaria de saber era qual é a melhor quinta possível para não criar porcos e também qual a melhor raça a não criar.

Gostaria de não-criar Javalis, mas se eles não forem uma boa raça para não-criar, fico igualmente satisfeito se puder não-criar uns Landrace ou uns Large White. O trabalho pior neste programa parece-me ser manter um inventário preciso do número de porcos que não criámos.

O meu amigo Robert está muito entusiasmado quanto ao futuro do seu negócio. Criou porcos durante mais de 20 anos e o máximo que tinha conseguido ganhar foram uns 35.000 EUR em 1978... até este ano, que recebeu o tal cheque de 100.000 EUR para a não-criação de porcos. Se eu posso receber um cheque de 100.000 EUR para não-criar 50 porcos, então receberei 200.000 EUR por não-criar 100 porcos, etc?

Proponho-me começar por baixo para depois chegar a não-criar uns 5000 porcos, o que significa que receberei um cheque de 10.000.000 EUR para poder comprar um iate e para outras necessidades urgentes. Mas há outra coisa: os 5000 porcos que eu não criarei deixarão de comer os 100.000 sacos de milho que lhe estão destinados. Entendo, portanto, que irão pagar aos agricultores para não produzir esse milho. Isto é: receberei alguma coisa para não produzir 100.000 sacos de milho que não alimentarão os 5000 porcos que não-criarei? Pretendia começar o mais cedo possível, porque parece que esta altura do ano é a mais propícia à não-criação de porcos.

Com os melhores cumprimentos,

(Assinatura ilegível)

PS: Mesmo estando implicado no programa poderei criar uns 10 ou 12 porcos para ter algum presuntito para dar à família?


Quando um ano se transforma em dois

SEGUNDO uma ideia muito difundida, Newton teria nascido no ano em que Galileu morreu.

Ainda hoje li essa afirmação e eu próprio - mea culpa! - já a escrevi. É fácil, aliás, acreditar que se trata da verdade. Qualquer enciclopédia refere 1564 e 1642 como datas de nascimento e morte de Galileu e 1642 e 1727 como datas de nascimento e morte de Newton. Onde está então a dúvida?

A verdade é que os dois 1642 são diferentes. Um está referido ao calendário gregoriano actualmente em vigor em quase todo o mundo. Outro está marcado pelo antigo calendário juliano, que foi abolido na Europa ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII.

Galileu morreu em 8 de Janeiro de 1642, segundo o calendário gregoriano, que foi adoptado na península italiana em 1582. E Newton nasceu em 25 de Dezembro de 1642, segundo o calendário juliano na altura usado em Inglaterra e mantido nesse país até 1752.

Se referirmos ambas as datas ao mesmo calendário temos surpresas.

Convertendo o nascimento de Newton para o calendário gregoriano, vemos que ele nasceu dia 4 de Janeiro de 1643. No ano seguinte ao da morte de Galileu e 361 dias mais tarde!

Poderia pensar-se que os dois sábios teriam nascido no mesmo ano se se adoptasse o calendário juliano para ambos. Mas também isso não é verdade.

Neste último calendário Newton nasceu em 25 de Dezembro de 1642, como se disse, e Galileu morreu em 29 de Dezembro, mas de 1641 - os mesmos 361 dias de diferença. Na base deste desfasamento está a diferença de dia adoptado para começo do ano. No calendário gregoriano é 1 de Janeiro, como se sabe.

No caso juliano era 25 de Março.

Fazer história pode ser mais difícil do que se pensa. As coincidências de datas podem ser apenas aparentes.

(Adapt. do Expresso-online)

Curiosos anúncios em autocarros

Quando a porta se fecha...

Para receber um conjunto de 5 curiosas imagens publicitárias, enviar um e-mail para medinaribeiro@iol.pt escrevendo apenas em assunto a palavra AUTOCARROS.

18.9.05

New Orleans Blues

NO dia em que cheguei a Nova Orleães a Casa Branca mandou começar a Guerra do Golfo, o que não foi uma coisa boa, nem para o mundo, nem para mim. O mundo ficou a conhecer melhor o gangster que queria tomar conta dele e eu perdi horas e horas no quarto do hotel a ver televisão por causa disso.

ANOS depois, agora que a ira do ciclone veio por a nu a face podre dos Estados Unidos, precisamente no que resta de Nova Orleães, vou buscar as minhas memórias desses dias. Olho demoradamente cada uma destas fotografias e revejo-me naqueles sítios. Guardo em cada imagem, intactos, os alaridos das ruas, os cheiros sensuais dos restaurantes, a agitação doce das multidões passando sob os balcões românticos da antiga Rue de l’Hospital, depois Gov. Nicholls St., e as vagas de blues saindo das portas sempre escancaradas dos bares de Bourbon St. Era mágico.

DEPOIS os diques cederam e cada vez mais, percebo cada vez menos. Aquela era a cidade onde a arte e a miséria tinham assinado um pacto de convívio, escrito nas ondas brandas do velho Mississipi. Porque havia de ser ali que a fúria dos ventos escolheria desvendar as desigualdades e as injustiças? Porquê ali?

Adapt. da Revista «24 Horas» de 17 Set 05
Texto de abertura de caderno 6 páginas

17.9.05

Como é que continua esta sequência?

O leitor Rui Veleda envia também este problema que algumas pessoas já conhecem e que é MUITO interessante.


Nota: Já há respostas (e todas certas) em «Comentários».

Uma solução engenhosa

RECENTEMENTE, propôs-se aqui um problema intitulado «Um bom quebra-cabeças» (v. link).

Tanto quanto se sabe, a solução é impossível se A, B e C forem considerados como "pontos" - e, de facto, deve ter sido essa a ideia de quem inventou o problema.

No entanto, se A, B e C forem mesmo "casas" (com dimensões), pode considerar-se a hipótese de as linhas de alimentação passarem no seu interior, como sugere o leitor Rui Veleda neste exemplo para o caso da casa B:

16.9.05

E pensar que vou ajudar a pagar

o ordenado deles todos!
DO pouco que, com algum esforço, consegui ouvir do debate Rúben de Carvalho/Sá Fernandes, ficou-me só uma ideia: LAMENTÁVEL.
Do pouco que, com muito esforço, consegui ouvir do debate M. M. Carrilho/Carmona Rodrigues, ficou-me só uma ideia: ABSOLUTAMENTE LAMENTÁVEL.

Na vanguarda da investigação

na área da genética

Um jogo curioso - Solução

A SOLUÇÃO para obter o número máximo de pontos no jogo (ou quebra-cabeças) há dias proposto é a seguinte:

Começa-se num ponto qualquer (neste exemplo, foi em baixo, à esquerda) e avança-se em linha recta, para qualquer lado, contando «1-2-3».
É o que está indicado pelos movimentos «a1» e «a2», no seguimento dos quais se chega ao ponto «A».

O segredo está em continuar o jogo sempre de forma que a jogada seguinte ACABE ONDE A ANTERIOR COMEÇOU.
Neste caso, as jogadas «b1» e «b2», vão definir o ponto «B», que foi onde começou a jogada anterior.

E assim sucessivamente, até obter a pontuação máxima de 9.

Câmara (de compreensão) lenta?

LÊ-SE no "DN" de hoje :

«Um país que desenvolva câmaras de vigilância por todas as esquinas é um país securitário». Fernando Seara, autarca de Sintra que se recandidata ao lugar pela coligação PSD/PP, não concorda com a videovigilância para controlar as áreas problemáticas do município e prefere antes o "policiamento de proximidade".

Evitemos trocadilhos devidos ao facto de um Presidente de CÂMARA ser contra câmaras, e pensemos no seguinte:

Ter uma câmara de vídeo em cada esquina é "securitário", mas ter dois polícias nas mesmas esquinas já não é?

Mas a solução - salomónica - pode ser a adoptada pelo banco Totta & Açores, de que sou cliente:
Um dia, roubaram-me a carteira no interior da agência da Av. de Roma, em Lisboa.

Veio a saber-se, no dia seguinte, que o roubo tivera lugar bem à vista de uma câmara de vigilância... que estava desligada.
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NOTA: Precisamente no concelho de Sintra, já perdi a conta ao número de vezes que fui assaltado - sem que alguma vez os artistas tenham sido apanhados. Curiosamente, os assaltos pararam quando instalei um sistema de vigilância "securitário".

15.9.05

Collina e a mulher de César

COLLINA assinou um contrato com a Opel. Tudo seria normal se esta empresa não fosse também patrocinadora do Milan, e se não fosse possível Collina vir a ser juiz em jogos desse clube.

Ora, em casos destes, muitas vezes as pessoas envolvidas parecem ignorar o que é isso de «conflito de interesses» - é que não basta ser-se honesto.

E foi assim que ele reagiu como em todo o lado reagem os que se deixam apanhar em situações semelhantes: proclamando a sua honestidade, quando tinha obrigação de saber que não era isso que estava em causa.

Finalmente, lá acabou por perceber; mas não rescindiu o contrato com a Opel...
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Ver aqui notícia JN sobre o assunto

Todos conhecem

a calculadora que se vê à esquerda...


... mas muita gente ignora que, clicando em "Ver", acede a uma outra em versão científica.

A Mexer por Dentro

O NÚCLEO interior da Terra roda mais depressa do que o próprio planeta. Foi a essa conclusão que chegaram há pouco quatro sismólogos de dois centros de investigação norte-americanos. A notícia não é completamente inesperada.

Há muito que esta possibilidade era discutida, havendo dados apontando nesse sentido e dados contraditórios. O novo trabalho tem as honras de um artigo e de um comentário na "Science" (26 de Agosto, pp. 1357-60).

(Texto integral em «Comentário-1»)

Um problema de transportes-públicos

DUAS empresas de autocarros dividem entre si um determinado mercado.


Para garantir que estão em igualdade de circunstâncias, têm...

autocarros iguais, trajectos iguais, pessoal vestido da mesma forma, o mesmo número de carreiras diárias, o mesmo intervalo de tempo entre autocarros (que circulam alternadamente)
etc.

À vista, nada distingue os autocarros das duas empresas. Além disso, todos circulam de hora-a-hora e cumprem rigorosamente os horários.

No entanto, uma das empresas prospera, enquanto a outra vai à falência por falta de passageiros em quantidade suficiente para ser rentável. Porquê?

NOTA: A resposta está dada no «Comentário-4».

Mistério policial

ACABEI de receber esta curiosa sequência fotográfica obtida anteontem, na Ilha Terceira.
Como adiante se verá, a cena pode ser interpretada de duas formas completamente diferentes.

A) O que parece à primeira vista:

Com nevoeiro cerrado, um carro da PSP circula com as luzes apagadas e ultrapassa uma camioneta sem fazer o pisca. Ainda por cima, esta está a fazer-lhe sinal de que NÃO DEVE ultrapassar!

B) A mesma cena, analisada por um céptico:

1º - No aspecto do pisca do carro: um pisca, por definição, apaga-e-acende, pelo que as imagens podem muito bem ter sido obtidas nas fracções-de-segundo em que a luz estava apagada.

2º- No aspecto das luzes estarem apagadas: isso, aparentemente é verdade para as de trás, mas nada prova que o seja para as da frente.

- Não é evidente que a camioneta esteja a fazer sinal para o carro não a ultrapassar, pois nada garante que a luz que se vê seja a do seu pisca. Pode muito bem ser a luz de presença (ou do stop) do lado esquerdo, estando em falta a do lado direito. Se assim for, quem está em infracção é ela.

14.9.05

Desculpem, é engano

ou, em termos genéricos, estão a gozar connosco?
«Tomando o seu próprio remédio»
Notícia da SIC, hoje: «Remédios de marca mais baratos e genéricos mais caros»

O Grande Circo

NO circo, por vezes, o apresentador proclama, acompanhado por um enervante rufar dos tambores: «Estimável público! E agora... mais difícil ainda!».

Ora, é nessa linha do «Mais difícil ainda!» que agora temos (após as nomeações de Armando Vara para a CGD, de Fernando Gomes para a GALP, etc) a criteriosa escolha de Guilherme d' Oliveira Martins, dirigente do partido do Governo, para a presidência do Tribunal de Contas - cujas funções são as que se sabe.

Em defesa disso, Alberto Martins argumentou, dirigindo-se a Marques Guedes:

«É lamentável e um défice de cultura democrática admitir que alguém por ser membro ou próximo de um partido é incapaz de exercer com isenção e imparcialidade as funções públicas».

Claro que isso é inverter completamente a questão, como já o fizera António Vitorino, na RTP, a propósito de outros "artistas": «Era só o que faltava que, lá por serem do PS, não pudessem ser nomeados para isto ou para aquilo!».

Que nos queiram comer por parvos, já não espanta - é uma espécie de direito divino a que todos os governos se arrogam.

O que admira é ver como o PS continua a dar rajadas de tiros nos pés como se fosse a coisa mais natural do mundo.