30.9.10

Edward, o Vampiro

Por Maria Filomena Mónica

SE EU TIVESSE catorze anos, como a minha neta mais velha, também gostaria de Edward Cullen. O herói inventado por Stephenie Meyer representa o amor interdito. Pálido e magro, a beleza de Edward não é a de James Dean – o herói da minha geração – mas a do rebelde sem causa do século XXI. Quando Bella é obrigada a trocar Phoenix, a cidade onde vivia, por Forks, fica vulnerável. «Bela, frágil, assustada» é assim que, pela primeira vez, olha Edward. Tal como Lady Caroline Lamb, após ter conhecido Lord Byron, também ela se apercebe que ele era «louco, mau e perigoso».
Para o ser, a paixão tem de ser imaterial, um tema que, entre outros, Eça de Queirós glosou no conto José Matias. (...)

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HOJE, logo pela manhã, dei uma volta por blogues e jornais para ler os comentários às medidas ontem anunciadas pelo governo. Agradeço que alguém me indique onde poderei saber qual a opinião de Manuel Alegre.

A medidazita que faltou

Por Ferreira Fernandes

ELE É vogal de uma dessas entidades reguladoras portuguesas - insisto, não é ministro de país rico, é um vogal de entidade reguladora de país pobre - e foi de Lisboa ao Porto a uma reunião. Foi de avião, o que nem me parece um exagero, embora seja pago pelos meus impostos. Se ele tem uma função pública é bom que gaste o que é eficaz para a exercer bem: ir de avião é rápido e pode ser económico. Chegado ao Aeroporto de Sá Carneiro, o homem telefonou: "Onde está, sr. Martins?" O Martins é o motorista, saiu mais cedo de Lisboa para estar a horas em Pedras Rubras. O vogal da entidade reguladora não suporta a auto-estrada A1. (...)

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A pena de morte, a religião e Sakineh

Por C. Barroco Esperança

A PENA
de morte é uma crueldade vergonhosa para os países que a aplicam e que faria tremer a mão do juiz que a assina se não juntasse à ausência de sentimentos humanos a amnésia perante os erros judiciários amplamente comprovados.

Esta impiedade que vigora em numerosos Estados dos EUA, com particular relevo para o Texas, é uma afronta para o humanismo que presidiu à fundação do grande país, um insulto a quem fugiu das guerras religiosas com que o cristianismo quis impor a vontade divina domiciliada no Vaticano. (...)

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29.9.10

Questões de cidadania

Por António Barreto

NOS TEMPOS actuais, todos os dias assistimos à referência permanente aos direitos humanos e aos direitos dos cidadãos. Tudo se transformou em direitos. Vida, expressão, associação, deslocação, privacidade, bom nome e reputação, escola, cultura, saúde, segurança social, emprego, habitação... Há dias, um antigo presidente da República disse mesmo que “a água de boa qualidade é um direito humano fundamental”.

A esta explosão de direitos, parece nada haver a opor. Seria uma espécie de progresso das sociedades. Quanto mais direitos, mais igualdade, mais democracia, mais liberdade e mais segurança.

Contra esse optimismo inocente, há todavia reservas. A primeira é quase melancólica. Em princípio, não deveria haver direitos sem deveres e contrapartidas. Esse não parece ser o caso. (...)

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Rapaziadas (Parte II)

ESTA NOTÍCIA, cujos detalhes se podem ler [aqui], vem na linha do que foi feito, recentemente, com os beneficiários do RSI, mas não só:

Aquando da gripe das aves, as pessoas foram intimadas a declarar, nas juntas de freguesia, as aves que tinham (quantos patos, quantas galinhas, quantos perus, etc). No caso dos habitantes da terra da minha mulher, o pessoal teria de se deslocar a Vila Velha de Ródão (que fica a 6km) para cumprir a lei - mas se, enquanto iam e vinham, algum bicho nascesse ou morresse, já a declaração estava errada... Acresce que a aldeia (como todas, em redor) não tem transportes públicos. E estamos todos a imaginar a população (ou, pelo menos, uma pessoa por cada casa) a chamar o único táxi existente para ir, dia-sim-dia-não, e aos 4 de cada vez, declarar a bicharada, não estamos?

Dando voz ao que pensam as vítimas: e se esses legisladores-da-treta (garotos urbanos, certamente) metessem essas suas ideias brilhantes no... arquivo?

Rapaziadas

Por Baptista-Bastos

AS ÚLTIMAS semanas foram copiosas em demonstrar que Portugal é um país para se levar pouco a sério. Dois rapazolas transformaram-no num terreiro de berlinde, cada um com um abafador que destinará quem venceu. O pior é que ninguém ganha e todos estamos a perder. Um deles possui um sentido circense que legitima todo o faz-de-conta. O outro manifesta uma devoção ingénua pelo poder que, na realidade, não possui. Ambos resultam desse milagre convencional que nos fez reféns de dois partidos desprovidos de grandeza, intelectualmente asténicos e politicamente impostores.

Na verdade, os dois partidos nunca foram grande coisa. Nas paredes das suas sedes estão retratos poéticos daqueles que os dirigiram. Percorremos o olhar por esses rostos líricos e chegamos a conclusões deploráveis. Poucos socialistas e poucos sociais-democratas. (...)

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28.9.10

Passatempo Calimero de 28 Set 10

INICIALMENTE, este desafio destina-se apenas aos leitores que não tenham ganho nada nos passatempos aqui propostos desde o passado dia 14 até hoje. No entanto, se a resposta demorar a surgir, a participação será alargada.
A pergunta é: «qual a promessa que se ouve por várias vezes ao longo deste vídeo, e que aparece, p. ex., aos 51s?». Cada leitor poderá dar uma única resposta. O primeiro a fazê-lo correctamente receberá um exemplar do livro (semi-humorístico) cuja capa aqui se mostra.

Actualização (17h10m): a resposta certa já foi dada. Ver comentários.

Econometria da educação

Por Nuno Crato

UMA DAS descobertas mais surpreendente dos modernos estudos sociais quantitativos é a «não existência de uma relação sistemática nem de relações forte entre os gastos da escola e o desempenho dos estudantes». A frase é de Erik Hanushek, um dos principais fundadores da chamada «economia da educação», uma área académica que recorre a métodos estatísticos e a conceitos e modelos de economia para estudar o ensino.
A descoberta é surpreendente e perturbante, pois uma das premissas habituais dos responsáveis educativos é a de que, colocando mais meios à disposição da escola — por exemplo, computadores — ela educará melhor os seus alunos. (...)

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27.9.10

Confuso?

Está lá fora o inspector

Por João Paulo Guerra

A PRIMEIRA iniciativa para rever a Constituição da República Portuguesa, na altura escrita e aprovada de fresco, foi da autoria de Francisco Sá Carneiro e continha um item memorável.
Rezava mais ou menos assim: Portugal aceita os limites à sua soberania decorrentes da integração europeia.

Isto de um país aceitar voluntariamente e por sua iniciativa limites à própria soberania seria coisa para arrepiar qualquer patriota. Mas a verdade é que as pátrias dos conservadores - sejam eles de que colorações forem - já não são o que eram. As pátrias passaram a ter o símbolo do mercado e a cor do dinheiro. (...)

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As Pedras e as Palavras

Por A.M.Galopim de Carvalho

Este texto, que é necessariamente longo, foi concebido e escrito a pensar nos professores que, nas nossas escolas básicas e secundárias, ensinam geologia e/ou matérias afins, sendo desejável que também os outros, seus colegas de outras áreas curriculares, o possam ler. Seria, pois, desejável que os eventuais leitores o pudessem reenviar a quem entendam que ele possa interessar.

O PIOR que se pode fazer no ensino das rochas ou das pedras, como toda a gente lhes chama, é apresentá-las desinseridas dos respectivos contextos prático e cultural, precisamente os que têm mais probabilidades de permanecer na formação global do cidadão, em geral, e, naturalmente, também, dos estudantes. (...)

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26.9.10

Escutai-os!

Por João Duque

JÁ É DIFÍCIL imaginar um governo a aderir às mais avançadas técnicas de venda, quanto mais um governo socialista! Fiquei por isso surpreso quando ouvi o senhor secretário de Estado das Obras Públicas explicar, detalhadamente, a política de preços a introduzir nos troços de autoestrada sem custos para o utilizador, as famosas SCUT.
A ideia, parece, é aplicar uma taxa universal pela utilização do serviço, discriminando positivamente alguns eleitos. Em princípio, tratar-se-á de discriminar, baixando o custo, os residentes nos municípios de baixo rendimento das regiões envolventes. Começam por oferecer as 10 primeiras utilizações mensais e depois praticam um desconto nas restantes utilizações do mês, quer a empresas quer a particulares. (...)
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Luz - Templo em Luxor, Egipto.

Fotografias de António Barreto- APPh

Clicar na imagem, para a ampliar
O senhor sentado à esquerda está a fazer um eterno e lento trabalho de conservação e limpeza. Dizia o guia que me acompanhava que alguns destes “artistas” podiam estar por ali dez ou mais anos a limpar meia dúzia de colunas! (2006)

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«Dito & Feito»

Por José António Lima

O ESTADO social tornou-se a última bandeira de um poder socialista que continua, irresponsável e alegremente, a afundar o Estado num endividamento galopante a caminho da insolvência.
«A agenda do Governo é promover e defender o Estado social», insiste José Sócrates, dia sim dia não, ao mesmo tempo que vê as dívidas de 15 empresas públicas (da Refer aos CTT, do Metro à Estradas de Portugal) chegarem quase a uns incomportáveis 20 mil milhões de euros.
Enquanto vê os juros da dívida portuguesa baterem recordes à grega nos mercados internacionais. E enquanto se mostra incapaz sequer de reduzir a imparável despesa pública na execução orçamental de 2010. (...)
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25.9.10

Outra sugestão muito especial...

E QUE TAL experimentar a receita «Arroz de bacalhau de coentrada» sugerida, hoje, pelo Prof. Galopim? - Está [aqui].

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Esta casa, situada na zona dos Anjos, em Lisboa (e bem característica de uma época), tem um problema de vizinhança. Alguém sabe qual é?
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A resposta (comum a muitas outras casas da zona, algumas já aqui referidas) pode ser vista [aqui]

O meu irmão já tem nome

Por Alice Vieira

AS CORTES abriram anteontem.
Eu estava na livraria com o meu pai e ouvi-o falar disso com o Dr. Miguel Bombarda, que é um médico muito amigo dele (“um grande republicano!”) que vai lá muito comprar livros, e depois fica na conversa.
Segundo ouvi, D. Manuel fez um discurso que parecia não ter fim, prometendo reformas da instrução, da justiça, da administração, enfim, de praticamente tudo.

- Está louco…- dizia o Dr. Miguel Bombarda – Completamente louco…

(O Dr. Miguel Bombarda é especialista em tratar pessoas loucas, de maneira que está sempre a ver loucura em tudo…) - (...)

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[aqui]

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Lisboa - Av. Almirante Reis
Há aqui
uma coisa errada... Ou serão duas?

… como a pescada

Por Antunes Ferreira

O ORÇAMENTO para 2011 arrisca-se a copiar o ditado que diz que a pescada antes de o ser já o era, noutra versão, como o vestido que afina pelo mesmo diapasão. O tema tem tido uma sucessão de peripécias qual delas pior do que a outra. Pepineira similar, naturalmente com consequências muito menos graves, é o famigerado caso Queiroz. Entre um e o outro, venha o Diabo e escolha. Mas, no fim deste despautério, na hora da verdade, deverá sair aprovado o que se dizia que não seria. Daí a parecença com a pescada e com o vestido.

Toda a gente tem metido o bedelho no patético confronto PS/PSD, e curiosamente ainda nem sequer é conhecido o documento que será apresentado no hemiciclo de São Bento. (...)

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24.9.10

Estará aqui a explicação da etimologia da palavra pilarete?

Cegueira

Por João Paulo Guerra

LÊ-SE nos jornais e custa a crer: “A escola de Lamego que, no ano passado, foi escolhida pela Microsoft para integrar a rede mundial de escolas inovadoras, fechou as portas. Os 32 alunos da EB1 de Várzea de Abrunhais - que dispunham de ‘wireless' e em cujas aulas os Magalhães trabalhavam conectados com o quadro interactivo - foram transferidos para um centro escolar onde não há telefone nem Internet".

Será possível? Claro que é possível. Passa-se em Portugal, onde toda a alarvidade fruto de uma política cega é possível. (...)

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Apontamentos de Lisboa

Também aqui, há qualquer coisa que não bate certo, não há?

Vão? Ou não vão?

Por João Duque

A GRANDE dúvida que agora assalta os espíritos mais ocupados com as finanças públicas e a economia portuguesa é a de saber se Portugal vai ou não vai cumprir os almejados 7,3% de défice público em 2010 projectados pelo Governo.
O Governo continua a afirmar que sim, a oposição a optar pelo não. Se estivéssemos no Reino Unido, país conhecido pelo amor que os seus súbditos têm às apostas, estaríamos já com um contrato de apostas a ser cotado nalguma das suas casas da especialidade.
Como o assunto não é de natureza desportiva, não é razoável esperar umas apostas na bwin...
De qualquer modo é um tema aliciante, e como estas crónicas são lidas por muitos leitores no formato ‘online', desafio esses leitores a fazerem as suas apostas. Isto é: o défice orçamental de Portugal vai ficar acima dos 7,3% ou fica igual ou abaixo disso? (...)
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Apontamentos do Reino do Absurdo

Há aqui qualquer coisa que não bate certo, não há?
Actualização (12h13m): ver mais fotos [aqui]

23.9.10

O penteado de Hillary

Por Ferreira Fernandes

O LÍDER iraniano Ahmadinejad discursou em Nova Iorque, garantiu que não tem bomba atómica e provavelmente essa é uma questão menor. A vedeta da abertura da Assembleia Geral da ONU foi Hillary Clinton. Mais exactamente, o seu novo penteado. A chefe da diplomacia americana deixou o cabelo crescer pelos ombros, com um gancho agarrando-o no alto da cabeça. O assunto foi ontem motivo de editorial no Times de Londres e, já há dias, o Washington Post tratava-o (ao cabelo de Hillary) num longo artigo de mil palavras. (...)
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O meu "barómetro da mobilidade"

À PRIMEIRA vista, a cena que aqui se documenta parece prestar-se a um exercício de humor-negro: dado que a cadeira-de-rodas ocupa o lugar destinado a veículos de duas rodas, está tudo certo! No entanto, não é bem assim. Alguém é suficientemente bom observador para decifrar melhor o que aqui se passou? A resposta será dada logo, ao fim da tarde, com a afixação de mais algumas fotos, que completam esta.

Actualização (18h54m): a resposta já pode ser vista [aqui].

SCUTs e deduções fiscais. Paradoxos e perplexidades

Por C. Barroco Esperança

INDEPENDENTEMENTE do quadrante político e das propostas de cada partido para resolver a mais grave crise financeira das últimas décadas, ninguém duvidará de que são escassos os meios para financiar o Governo e apertadas as soluções para reduzir as despesas do Estado, a menos que despeçam funcionários ou lhes reduzam os vencimentos.
Não compreendo, pois, a insistência do PS no adiamento do pagamento das SCUTs nem a trapalhada em que se meteu com medidas de excepção que, não sendo justas, são caras e de difícil execução. (...)

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Luz - Templo em Edimburgo

Fotografias de António Barreto- APPh

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Edimburgo é uma das mais belas e interessantes cidades do mundo. Vários séculos, da alta Idade Média aos tempos contemporâneos, passando pelo Barroco e as Luzes, sem esquecer os mais activos dias da burguesia comercial do século XIX, deixaram marcas importantes na cidade. (1986)

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22.9.10

Quem tem filhos prestes a candidatarem-se à faculdade faz o quê?

Por Helena Matos

“COM O NOVAS Oportunidades, uma pessoa que só tem o 7.º ano pode fazer o 9.º em seis meses e a seguir, em ano e meio, consegue tirar o 12.º. Se tiver sorte, pode passar à frente e tirar o lugar às pessoas que fizeram esse esforço. Conheço quem tenha entrado assim no ensino superior” – explica o Tomás. "O Tomás inscreveu-se num Centro de Novas Oportunidades em Esposende, frequentou dois módulos (Saberes Fundamentais e Gestão) e em meses conseguiu equivalência ao 12.º ano. Acabou agora por entrar na faculdade, no curso de Tradução, na Universidade de Aveiro, e é oficialmente, segundo as listas do Ministério do Ensino Superior, o aluno com a mais alta nota de candidatura do país: 20 valores”.

Isto é uma vergonha. E espero mesmo que os autores desta vergonha apanhem um anestesista formado nestes saberes fundamentais da próxima vez que levarem uma anestesia.
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Blasfémias

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À PARTE o erro de ortografia (aliás, julgo que em tempos era correcto escrever-se "quizer"), esta divisa resume uma forma de encarar a vida que não é tão rara quanto seria de desejar...

Questão simples: quem mente?

Por Ferreira Fernandes

Resenha.
1) A 18 de Setembro, o Expresso entrevista Manuel Maria Carrilho, embaixador na UNESCO. O entrevistado critica o Governo.

2) Dois dias depois, Carrilho é demitido de embaixador. Ele diz aos jornais: "Soube pela Lusa. Ninguém falou comigo."
3) No dia seguinte à demissão, Carrilho lança um livro, compilação das suas crónicas no DN. A editora faz um comunicado dizendo que a demissão foi consequência "da publicação do livro e da entrevista ao Expresso". (...)
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A minha "semana da mobilidade"


PARECE que está a decorrer uma coisa que dá pelo curioso nome de "semana da mobilidade". E escrevo "parece" porque, nos sítios por onde ando, não dei por nada.
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REPARE-SE: nesta esquina, e ao fim de anos e anos de protestos, "quem de direito" montou uns pilaretes. Teve, no entanto, o cuidado salomónico de o fazer por forma a que tal não impedisse o acesso dos carros ao passeio... E mesmo esses poucos foram sendo derrubados e sumiram.

Há dias, apareceu um operário a fazer o que se vê na 3ª imagem. Interpelei-o, para saber se, dessa vez, iam colocar mais 2 ou 3 pilaretes, e respondeu-me que tinha ordem para só pôr dois (imagem ao lado). O resultado viu-se de imediato - está na foto de baixo.

NOTA: o facto de a camioneta e a carrinha amarela estarem em contra-mão (a rua é de sentido único...) acaba por ser apenas um pormenor risível no meio do caos que parece não preocupar ninguém (a começar por aqueles cujos ordenados pagamos para o combater).

A República ameaçada

Por Baptista-Bastos

"SEM DISCURSOS nem trombetas, os inimigos da República tomaram o poder na sociedade. Na primeira linha, o dinheiro e a imagem. A sua aliança sucedeu ao trono e ao altar." Eis as primeiras frases de um texto notável, de que só agora tive conhecimento, e no qual o autor, o dr. Miguel Veiga, advogado e intelectual que vive no Porto, procede a uma análise do estado actual das coisas. Quando a cultura deixa de ser o paradigma da relação com o outro, a colectividade perde o lugar confluente onde se cruzam os preceitos éticos e estéticos que a justificam. (...)
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21.9.10

Bingo!

Por Rui Tavares

LÁSTIMA é que, quando num dia futuro se fizer a história das presidenciais de 2011, vá passar despercebido o vigoroso momento de viragem que foi a passada sexta-feira. Efetivamente, foi nesse 10 de Setembro de 2010 que ocorreu a publicação de uma crónica de Vasco Pulido Valente em que este profetizava que “Alegre vai a caminho do desastre e não percebeu”.

Deveria até ser alcandorado a tradição eleitoral, no mesmo patamar das straw polls das aldeias do Maine nos EUA ou das previsões do polvo Paul na Alemanha, o impreterível facto de que em Portugal nunca nenhuma vitória eleitoral, — em verdade, nunca nenhum facto político —, se pôde dar sem que o Vasco Pulido Valente que todos conhecemos e amamos não lhe prognosticado a sua evidente impossibilidade. Manuel Alegre tem ainda muito caminho para percorrer; mas pode já respirar de alívio por saber que este primeiro escolho lhe foi removido. (...)
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Já agora...


PARA saber o que estas fotos representam, ver [aqui]. Mas não é nessas explicações que se encontra a resposta à pergunta «O que é que, em ambas as imagens, está errado?». Alguém sabe dizer?
Actualização (15h41m): a resposta certa já foi dada.
Martim Moniz, Lisboa
ESCREVE Ferreira Fernandes, na sua crónica de hoje, que «em tempos em que as marcas e a imagem são tudo, é prudente dar-se atenção aos sinais» - e tem toda a razão.
No caso que a foto documenta, a bandeira nacional de-pernas-para-o-ar dá particularmente nas vistas: pelo menos quanto me pude aperceber é a única, no meio de muitas outras, que está nessa tristíssima figura.

A guerra dos 'piercings'

Por Ferreira Fernandes

O CENTRO Educativo dos Olivais, em Coimbra, achou, porque trabalha com miúdos difíceis, em "reinserção social", que os piercings não deviam ser autorizados aos alunos. Certo? Errado? Podemos passar horas a discutir a eficiência da medida mas temos de admitir que, sendo o piercing um sinal, pode ser considerado negativo. É legítimo pôr-se como hipótese que o seu uso transmite uma identificação que os educadores daquele centro querem afastar dos seus alunos. Em tempos da semiótica rainha, em tempos em que as marcas e a imagem são tudo, é prudente dar-se atenção aos sinais. (...)
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20.9.10

ESTES dois títulos, aqui afixados a propósito da crónica de Helena Matos, prestam-se a alguma demagogia (se lidos em conjunto), mas o certo é que dão que pensar:
De facto, seria boa ideia pôr a limpar as matas (ou, pelo menos, a tomar conta das tais cabras) os presos que tenham sido condenados por fogo-posto. Fica apenas a questão: há alguns?
TERMINOU há momentos o passatempo cujo prémio é o par de livros Ritual da Morte e Sangue e Diamantes. A resposta certa já pode ser vista [aqui].

E, afinal, o que são as rochas?


Por A.M. Galopim de Carvalho

A ATENÇÃO dada às rochas e a procura da sua utilidade percorreram uma caminhada tão longa quanto a do Homo sapiens, caminhada de que temos testemunhos na Pré-história e variadíssimos relatos escritos desde a Antiguidade.
Na sua gíria própria, entendível entre pares, os profissionais falam de rochas, dizendo que são sistemas químicos, mono ou polifásicos, resultantes do equilíbrio termodinâmico atingido pelos seus constituintes em determinados ambientes. Entendendo-se por constituintes os elementos químicos incluídos nos respectivos minerais. (...)
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Já compraram as cabras?

Por Helena Matos

DEVE ter sido a notícia mais bizarra de todo o Verão. Como juntava bichinhos com pêlo, Natureza ou visão urbana dela e corria sob o slogan da “prevenção de incêndios” a notícia espalhou-se à velocidade do fogo num esteval. Refiro-me concretamente a um projecto, Self-Prevention de seu nome, que destina 49 milhões de euros à aquisição de 150 mil cabras, que agora se chamam “limpadores naturais” e que nessa qualidade, afiançavam as notícias, comerão o mato que prolifera na zona transfronteiriça de Portugal e Espanha. (...)
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Passatempo-relâmpago de 20 Set 10

Alguém sabe a quem é que Lisboa deve mais este aborto?
DEPOIS de dada a resposta certa, a foto vai engrossar a interminável lista de horrores que se pode apreciar [aqui].
Actualização (15h06m): a resposta certa já foi dada por "macy", como se pode ver [aqui].

Apoio

Por João Paulo Guerra

O LÍDER do CDS-PP apoiará o professor Cavaco Silva caso o actual chefe de Estado decida candidatar-se a novo mandato.
O líder do CDS-PP gosta tanto do professor Cavaco Silva como o professor Cavaco Silva gosta dele. E os anais da democracia portuguesa registam exuberantes trocas de piropos entre ambos. Paulo Portas, enquanto director de O Independente, disse do cavaquismo e dos cavaquistas o que Mafoma não disse do toucinho. O professor Cavaco Silva, no segundo volume da Autobiografia Política, situou Portas entre os jornalistas "pouco sérios e sem escrúpulos" que "aviltam a informação". (...)
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19.9.10

Luz - Teatro La Fenice, Veneza

Fotografias de António Barreto- APPh

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É um dos mais famosos teatros de Ópera do mundo. Em 1996, a exemplo do que já tinha acontecido no século XIX, o teatro ardeu! Soube-se que foi fogo posto, mas nunca se descobriu o criminoso. Sei que foi reconstruído e novamente reaberto ao público em 2003, mas ainda o não conheço. No La Fenice, entre muitos outros, foi filmado parte de um dos mais maravilhosos filmes que vi, “Senso”, de Luchino Visconti. (1980)

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Passatempo-relâmpago de 19 Set 10

ESTE barco, que actualmente goza uma merecida reforma no Museu de Marinha (em Lisboa), foi, até há bem pouco tempo, utilizado numa actividade muito lucrativa. Alguém sabe em que consistia ela?
Actualização: a resposta certa já foi dada por Sérgio, que vai receber o prémio indicado em 'comentário'.

O Zé Povinho

Por Maria Filomena Mónica

ESTOU a escrever isto a 10 de Junho [de 2009], um feriado cuja origem caiu no esquecimento. Em 1880, um grupo de intelectuais decidiu mostrar ao mundo que Portugal era um país culto, como se provaria pela celebração, naquela data, do terceiro centenário da morte de Luís de Camões. Como é óbvio, o impacto na cena internacional foi nulo. Após a República, veio o decreto consagrando o ócio e, com o Estado Novo, a designação de Dia de Camões, de Portugal e da Raça. O actual regime manteve o feriado, alterando a designação para Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. Não gostando de comemorações, muito menos de cariz nacionalista, optei por trabalhar como se nada fosse, do que resultou acabar o dia a pensar no Zé Povinho. (...)
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A floresta e as árvores

Por Ferreira Fernandes

HOUVE exagero na comissária europeia Viviane Reding quando aludiu às perseguições nazis a minorias étnicas, comparando-as ao que foi feito, agora, aos ciganos romenos e búlgaros pelas autoridades francesas. De facto, não são a mesma coisa. Mas o balanço foi positivo: na indignação de Reding, sinal de que não está esquecida a página mais negra do nosso continente, e na discussão que se instalou - até nos parlamentos nacionais, pela Europa fora - quando as vítimas são pobres, poucas e nem têm por elas um lóbi organizado. É bom sinal que tenha havido tanto escândalo, mesmo que só sustentado numa simples frase de uma circular oficial em que, preto no branco, se aconselhava a perseguir uma minoria étnica, os ciganos. (...)
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18.9.10

Há aqui uma coisa errada... Ou serão duas?

Voltaram os tiros

Por Alice Vieira

COMO a Dra. Adelaide continua sem tempo para acudir aos enjoos da minha mãe, o meu pai mandou a Rosa pedir ajuda à vizinha Henriqueta, que imediatamente enviou a nossa casa uma senhora muito simpática, que sorriu para todos e, em jeito de apresentação, disse:
- Trabalhei muito tempo com a D. Alice Costa!
A minha avó desfez-se em sorrisos e acompanhou-a ao quarto da minha mãe, enquanto o meu pai resmungava:
- Talassa…
Tudo porque, segundo me contou a Rosa, a D. Alice Costa foi quem ajudou D. Luís Filipe e D. Manuel a nascer. (...)
Texto integral [aqui]

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Próximo passatempo

NOS PASSATEMPOS do Sorumbático, cujos prémios são sempre livros (oferecidos por contribuidores, editoras, autores, livrarias, alfarrabistas, amigos e leitores), procura-se que os títulos estejam relacionados com assuntos da actualidade; e foi assim que, a propósito de Naomi Campbell (alvo de censura por ter aceitado 'diamantes de sangue' oferecidos por Charles Taylor, da Serra Leoa), esteve para ser sorteado o livro cuja capa se vê à direita. Essa oportunidade passou, mas reaparece agora no seguimento da referência que é feita por Antunes Ferreira no início da sua crónica de hoje.
O outro vem a propósito dos números alarmantes da sinistralidade rodoviária - com destaque, nos últimos dias, para os de peões atropelados e mortos... mesmo em passadeiras! Resumindo e concluindo: o par de livros será objecto do próximo passatempo, a anunciar em breve.
Actualização (17h07m): Num destes livros lê-se, a certa altura: «Não vale a pena verter lágrimas por isso». Pergunta-se: qual o número da página em que consta essa frase? Cada leitor poderá dar uma única resposta, terminando o passatempo às 15h do próximo dia 20, segunda-feira. O prémio, a atribuir a quem mais se aproximar da resposta correcta, será o par de livros.
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Actualização: A resposta certa já pode ser vista [aqui].

A ciência da mentirologia

Por Antunes Ferreira

HÁ SESSENTA e poucos anos, era uso (e era também abuso), a referência jocosa aos mentirologistas. Andava pelos meus oito/nove anos, ou seja 1949/1950, e por esta altura do ano aguardava ansiosamente a chegada do dia 20 para me regalar com as prendas do aniversário. Abro uma parentética para vos comunicar, portanto, que na segunda-feira já me podem enviar os presentes que bem entenderem. Mercedes com puxadores em platina ou BMWs com grelha em ouro com diamantes de bons carates incrustados serão bem acolhidos. (...)
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17.9.10

A verdadeira tecnologia... de "ponta"

Os cartões (de tecnologia-de-ponta) nem sequer entravam.
Ou melhor: entravam... mas só a "ponta".
EM TEMPOS, o Sorumbático referiu inúmeros casos onde se publicitava a possibilidade de pagamento com o Porta-moedas Multibanco - muitos anos depois de ele deixar de existir: nos quiosques dos CTT, em parquímetros da EMEL, em bilheteiras da Refer e do Metro (quer de Lisboa quer do Porto), etc.
Um leitor levou o assunto a sério, e escreveu para as Relações Públicas dos CTT (que também haviam comercializado a anedota do Cartão NetPost - que custava 1100$00/€5,49 e servia, supostamente, para compra de selos e navegação na internet) pedindo esclarecimentos. Por coincidência ou não, os quiosques da empresa passaram, então, a ser 'equipados' com autocolantes a tapar os logótipos dos cartões... Tudo bem; mas não tinham, por lá, uns que fossem opacos? Ou será a bem de uma política de transparência?

Análises

Por João Paulo Guerra

BEM PODE António Arnaut clamar que “nem a falta de recursos deveria alguma vez pôr em causa o SNS”.
Os actuais governantes e dirigentes do partido do Governo não só não têm memória nem sensibilidade social, como não têm muito de socialistas. De maneira que encaram Arnaut, o fundador do Serviço Nacional de Saúde, como uma flor de lapela, um ornamento, um patusco, mas não lhe passam cartão. O PS continua a agitar a bandeira de António Arnaut, porque tem ali um taxímetro para facturar votos. Mas governos e ministros do PS têm liquidado na prática, em doses suaves ou à bruta, a herança de António Arnaut. (...)

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Passatempo-relâmpago de 17 Set 10

CADA uma destas fotos é parte de uma sequência diferente, mas todas elas mostram carros em infracção tendo, por perto, pessoas que os podem punir (no caso da imagem de baixo, trata-se do carro estacionado na paragem da Carris e da fiscal da Emel).
Pois bem. Um exemplar do livro The Walker and the City (devidamente autografado pelos autores) será atribuído a quem primeiro der as 3 respostas certas à pergunta «Qual (quais) dos 3 carros foi (foram) punido(s) logo a seguir?». Salvo se houver dicas, cada leitor poderá dar uma única resposta-tripla, que deverá ser sob a seguinte forma:
  • Imagem de cima ... Sim/Não
  • Imagem do meio ... Sim/Não
  • Imagem de baixo ... Sim/Não
Actualização (11h53m): as respostas certas são Sim/Não/Não, como se pode ver [aqui], [aqui] e [aqui].

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16.9.10

Escape

Por João Paulo Guerra

O PRESIDENTE da Pastoral Social, o bispo Carlos Azevedo, verberou o actual “modelo económico” considerando-o “indecente, injusto, desigual, desproporcionado, dele resultando o agravamento da pobreza e da exclusão social”.
As palavras do bispo Carlos Azevedo, pelo conteúdo e pela forma, estão obviamente mais perto da doutrina cristã que a bênção das desigualdades como ordem natural das coisas, que muito pregam dentro e fora da Igreja de Jesus Cristo. "Indecente, injusto, desigual, desproporcionado" não são pecadilhos que se absolvam com umas tantas rezas. (...)
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Nuclear: Ja, danke?

Por Carlos Fiolhais

NO FINAL do século passado tornou-se comum, na Alemanha, a expressão Nein, Danke, quando se falava de energia nuclear. Em 1986 tinha acontecido o acidente de Chernobyl, que originou uma nuvem radioactiva sobre a Europa Central. A romancista alemã Christa Wolf escreveu um romance sobre o assunto: Acidente. Multiplicaram-se na época os protestos contra as centrais nucleares. No ano de 2000, o governo alemão, sensível a esses protestos, resolveu determinar o encerramento a médio prazo das 17 centrais nucleares existentes. E não seriam construídas outras.
Mas os tempos hoje são diferentes. (...)
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Uma sugestão muito especial...

E QUE TAL experimentar a receita «Tomatada de bacalhau com pimentos assados» sugerida, hoje, pelo Prof. Galopim? - Está [aqui].

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Luz - Tayloriana, Oxford

Fotografias de António Barreto- APPh

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A “Institutio Tayloriana” é a Faculdade de Letras e Línguas da Universidade de Oxford. (2004)

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Turquia – A democracia no seu labirinto

Por C. Barroco Esperança

POR TODA a Europa o pensamento politicamente correcto rejubilou com o SIM dos turcos a um referendo que atenua a laicidade a que o Estado era obrigado e enterra o legado de Atatürk. Juízes e militares, guardiães da Constituição cuja revisão foi sufragada, sofrem há muito a desconfiança da União Europeia que recusa regimes não democráticos, com excepção para os países produtores de petróleo e as teocracias.
Não há democracia quando existe tutela de juízes e Forças Armadas, como acontecia antes do referendo, mas o voto democrático que levou Hitler ao poder é o mesmo que legitima as teocracias e substitui o direito civil pelo canónico. (...)
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15.9.10

A propósito da crónica anterior

REPARE-SE neste título, onde a omissão do "é" (a seguir a doméstica) transforma a palavra suspeita em predicado da oração, permitindo uma leitura completamente diferente da que pretendia quem redigiu a notícia - como se percebe pelo seu desenvolvimento.

O caso do chinelo encontrado morto

Por Ferreira Fernandes

ESTA SEMANA, alguns sites dos jornais portugueses trouxeram o mais interessante título das últimas décadas. Esse texto veio da agência Lusa, e o Expresso e o jornal i pespegaram-no felizmente sem emenda. O título, óptimo, era: "Espinho: 'Não há indício de crime' no caso do chinelo encontrado morto', diz a PJ".
Os títulos são isca e anzol e raramente vi um tão aliciante. Fala-se muito da crise da Imprensa mas houvesse mais histórias destas e não faltariam leitores. Mesmo dando de barato a sugestão da bófia, "não há indício de crime", o caso do chinelo encontrado morto tem daqueles atractivos que antigamente faziam os ardinas apregoar e o povo comprar. Quem encontrou o chinelo morto? (...)
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Convite

Por Manuel João Ramos
Lançamento do livro The Walker and the City

Coordenação de Manuel João Ramos e Mário J. Alves

16 de Setembro, 17h30m, CES Lisboa

(Picoas Plaza, R. Tomás Ribeiro, n.º 65, 1.º, Lisboa – Metro: Picoas)

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Edite escreveu uma carta

Por Baptista-Bastos

EDITE Estrela escreveu uma carta aos seus camaradas. Embora não sendo camarada de Edite, o texto chegou-me às mãos. É uma carta de instigação e de crítica, por igual impetuosas. Num Portugal entediado, precaucionista, com vocação concêntrica para a manhosice e as meias palavras, o texto de Edite Estrela constitui um tonificante sobressalto. Entendem-se as preocupações subjacentes. Já se não entende o alarido indisposto da Direita, a qual, à falta de melhor argumento, fala, indignadíssima, que Edite Estrela "roça o insulto" ao Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa dixit]. (...)
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14.9.10

Escola

Por João Paulo Guerra

COMEÇOU o ano escolar com alunos sem professores, professores sem alunos, escolas fechadas sem alunos nem professores, escolas em obras.

O costume. Nos tempos do salazarismo, as escolas chegavam para todos, porque eram frequentadas por uma minoria. Havia como hoje os colégios particulares, os estabelecimentos públicos designavam-se escolas da Câmara, mas a maioria da miudagem, nas aldeias, vilas e cidades, andava descalça e não ia à escola. Ainda sobrevivem desses tempos tenebrosos de obscurantismo meio milhão de analfabetos. Depois, com a democracia, o ensino passou a ser obrigatório e funcionar para as estatísticas. E o insucesso e abandono escolar varrem-se para debaixo do tapete. (...)
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Alguém viu e quer comentar?

Os princípios e a sua aplicação

Por Ferreira Fernandes

É COMUM os Estados pagarem resgate aos terroristas que sequestraram os seus cidadãos. A Argélia quer que a ONU denuncie essa prática e compreende-se o seu interesse. Com a vaga de sequestros no Magrebe, a Al-Qaeda já recolheu 50 milhões de euros, dinheiro com que melhor se armou e organizou - e desestabilizou os governos locais. Argel apontou os governos europeus que cederam à chantagem e pagaram pela libertação de seus cooperantes e turistas: este ano, à cabeça vem Espanha, que deu 8 milhões de euros por três raptados. (...)

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O peso de Júpiter, e o seu

Por Nuno Crato

SE O LEITOR tem o hábito de olhar para o céu nocturno após o pôr-do-Sol, terá certamente reparado que aparecem agora nele dois pontos de luz muito brilhantes. A oeste, vê-se Vénus descer lentamente para o horizonte. A leste, vê-se Júpiter levantar-se. Cerca das nove, é possível comparar os dois planetas em lados opostos do céu. São inconfundíveis; não haverá nenhum astro no céu nocturno com brilho comparável.

Ambos estão a grande distância da Terra. Nenhum ser humano os observou de perto. No entanto, sabemos muito sobre eles sem precisar de os os alcançar. Sabemos, por exemplo, a sua massa. (...)
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A pouco e pouco, vamos assistindo à extinssaõ da nossa língua

13.9.10

«Dito & Feito»

Por José António Lima

NÃO É FÁCIL perceber o que terá levado José Sócrates e Passos Coelho a fazerem da questão das deduções fiscais em Saúde e Educação a pedra basilar do Orçamento para 2011. E muito menos se afigura de fácil compreensão o que, verdadeiramente, cada um pensa e defende nesta matéria.

O líder do PSD começou por colocar, como uma das duas «condições minimalistas» para viabilizar o OE, não haver «mais aumentos de impostos», de forma directa ou indirecta. Incluindo nesta última a redução das deduções fiscais. Face à inflexibilidade de Sócrates, o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, veio abrir a porta a uma cedência, dizendo que o problema não é nos escalões das classes mais altas (...)
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