31.8.05

António de Faria nunca existiu?

NO MEIO DA INFERNAL sucessão de piratarias e patifarias relatadas na «Peregrinação», tem lugar de grande destaque (pelas piores razões...) um tal António de Faria.

Claro que, quando é assim, dizemos sempre que «eram coisas do tempo», mas Aquilino, em Portugueses das Sete Partidas, acha que não era bem assim:

Segundo o Mestre, não consta que, por essa altura, andasse alguém com aquele nome a fazer daquelas piratarias por ali, e sugere que Fernão Mendes Pinto e António de Faria seriam uma e a mesma pessoa - tendo aquele atirado para cima deste (personagem inexistente) as maroteiras e crimes que cometera.

A razão para isso é que a Peregrinação foi escrita já em Portugal, e nessa altura Fernão Mendes Pinto tinha a noção de que, apesar dos «costumes do tempo», muito do que tinha feito no Oriente não era lá muito aceitável - «politicamente correcto», diríamos nós agora...

Curiosidade tecnológica

QUANDO um filme em película é passado num canal de televisão português o som aparece mais agudo do que no original.

Porque será?!

NOTA: A resposta está no «Comentário-9», dada pelo leitor que assina «nu e cru».

Curiosidade

HOJE em dia, raramente é preciso escrever o http://, mas houve tempos em que não era assim, e os dois tracinhos tinham de ser // e nunca \\ - coisa que, como se vê, alguns publicitários ignoravam...

NOTA: mesmo o www. já pode ser dispensado se no fim houver um .com
Para aceder, p.ex., à página http://www.janelanaweb.com basta escrever janelanaweb e teclar Ctrl simultaneamente com Enter.

Grandes fi(n)tas

dias, referiu-se aqui um "clip" com espantosos dribles de futebol. Mas um amigo meu, que se está nas tintas para a qualidade das jogadas e que quer é que o seu clube ganhe, comentou, desdenhoso:

«Ora, ora! Esses gajos fazem muitos bonitos, mas quando chega à altura de marcar golos é que eu gosto de os ver!» - e de facto, no filme, não aparece uma única finalização.


Lembrei-me disso a propósito de Manuel Alegre, que fez ontem um discurso muito bom, muito acutilante, mas que, no fim...

«Vai rematar... rematou... com força... com o pé esquerdo... e bola para as nuvens!!!!».

«A Cremação do Poder Local»

(Texto de J. L. Saldanha Sanches aqui transcrito com sua autorização)

A TRAGÉDIA das chamas que percorrem o país perante a impotência geral vai certamente destruir uma boa parte das nossas riquezas: o que seria desejável é que fosse a cremação do poder local tal como o conhecemos hoje e que constitui o cancro do sistema representativo criado pela 25 de Abril.

Estas pequenas questões – estado das florestas, sistemas de prevenção, corpos de bombeiros – deviam ser uma questão do poder local.

E algumas são: cada autarquia tem o seu corpo de bombeiros voluntários que constitui uma espécie de tropa especial, para desfiles e inaugurações, dos senhores presidentes.

A racionalidade do sistema – cada concelho com o seu corpo de bombeiros, voluntariado em vez de profissionalismo, subordinação hierárquica à autarquia que pode recusar o seu uso no concelho vizinho – está inteiramente por estudar.

Texto integral em «Comentário-1»

Etiquetas:

Desculpe, em que mundo anda?

COMO se sabe, em Portugal, gestores e políticos não antecipam os problemas. Quando muito, resolvem-nos... ou tentam fazê-lo.

Como dizia uma famosa empresa de consultadoria:

«Os gestores portugueses são muito bons a resolver os problemas que eles próprios criam» - e isso já era um elogio!

(Governantes portugueses alegam, em sua defesa, que as pessoas também não cumprem o Código de Hamurabi e ninguém se preocupa com isso)

Ora saboreie-se esta notícia do «Público» de hoje:

O ministro da Agricultura, Jaime Silva, está disposto a aplicar coimas às autarquias que não adoptaram medidas preventivas que legalmente lhes cabiam para a prevenção dos fogos florestais.
(...)
"O que não esperávamos era comportamentos que evidenciam negligências graves por parte organismos públicos", afirmou.

(...)
Jaime Silva disse que deu orientações à Direcção-Geral dos Recursos Florestais para "aplicar sistematicamente" a legislação (...)

Ou seja: Em Portugal, um ministro (fazendo figura de extraterrestre) vem confessar que fica surpreendido pelo facto de haver leis que não são cumpidas; vem dizer que isso não pode ser assim, e aproveita para informar o povo que já está a ficar muito chateado, pelo que está mesmo disposto a mandar aplicar a lei!

No entanto, há que reconhecer que, de um Ministro da Agricultura que quase não foi visto durante os fogos, era difícil esperar mais - e, sobretudo, melhor...

Um "post" engraçado

ENCONTRAM-SE a toda a hora, nos fora da Internet, coisas curiosas. Esta (no «Expresso-online» de hoje) é uma delas:

«Começas-te (...) mudas-te (...) começas-te (...) Esssa (...). Andas-te mais uma ves (...) ao personagem (...)». Até aqui, nada de novo - é o habitual neste género de "literatura".
O que, de facto, tem graça é a conclusão: «A tua vida é um churrilho de asneiras!».

O reverso da... moeda

OS trabalhadores portugueses já estão habituados a perder postos-de-trabalho a favor dos congéneres de países mais a Leste, mas não ao inverso. É que, agora, são os de Wolfsburg (da Volkswagen da Alemanha) que estão em riscos de perder trabalho a favor dos de Palmela!

(Quem diria que uma pesquisa em Autoeuropa dava resultados destes?!)

Um representante destes, numa posição politicamente-muito-correcta, pretendia dizer, ontem, que esperava que não fossem usados como moeda-de-troca nem como arma-de-arremesso contra os seus colegas alemães.

Mas devia estar tão confuso com a inesperada situação que até inventou uma coisa nova a que chamou moeda-de-arremesso.

30.8.05

A mosca na sopa

TRISTE destaque para a estúpida tentativa de entrevista da jornalista da RTP1 em Viseu:

Quando, depois do discurso, Manuel Alegre tentava comer a sopa, teve de interromper para atender uma chamada de telemóvel de alguém a felicitá-lo.

Mas uma repórter da RTP1 achou que ficava bem interromper em directo a sopa que arrefecia e a conversa em curso para, com a impertinência de que só os tontos (M/F) são capazes, fazer perguntas e insistir nelas - já depois de a mesma resposta ter sido dada várias vezes, com irritação visível e crescente.

No Banheiro do Shopping

(Mantendo as expressões brasileiras...)

A caminho de casa, um cara sentiu a tal "dor de barriga" e parou num shopping para ir ao banheiro.
Como o primeiro sanitário estava ocupado, entrou no seguinte.
Quando estava sentado, ouviu o cara ao lado perguntar:

- E aí? Tudo bem?

Embora não fosse de dar conversa a desconhecidos em banheiros públicos, respondeu:

- Bem... Vou indo...

Novamente o cara ao lado perguntou:

- E então, o que você está fazendo?

Embora começasse a achar o assunto estranho, respondeu:

- Bem, agora estou aqui no banheiro. Depois vou para casa...

Então, ouviu o cara ao lado dizer, em tom chateado:

- Olha, te ligo depois. Tem um cara aqui ao lado que me responde cada vez que te faço uma pergunta...
--
(Env. por P. D'Ajuda)

Corre-corre...

QUANDO eu andava a estudar, os professores, tanto quanto possível, mantinham a continuidade do seu trabalho de uns anos para os outros - quer no respeitante às escolas em que leccionavam, quer no tocante aos alunos a seu cargo.
Escusado será dizer-se que essa estabilidade era boa para todos, pelo que não percebo porque é que a regra, agora, é exactamente a oposta.

O meu filho, p.ex., que é professor do Ensino Secundário, ficou colocado em Lagos em 2002, passou para Nisa em 2003, desandou para a Benedita em 2004 e regressa este ano a Lagos... mas para uma escola diferente da primeira!
E tem 48h para fazer as trouxas, apresentar-se, arranjar casa, etc.

Mas a imagem que aqui se vê talvez dê uma ideia para a resolução do problema:

Pois se há uns que pensam que o melhor é andar sempre a correr, e outros que acham que o ideal é ficar no mesmo sítio...

Alegre, com a espada na mão esquerda,

visto por... Espada

Preços - Curiosidades

NO último «Expresso» referia-se a vantagem em fazer compras nas chamadas lojas «discount». Aqui ficam alguns exemplos que o confirmam (preços de anteontem):

* Garrafão de 4 l de lixívia ... 0,65 € (o mesmo que custa 1 l no ACS, produto "branco")

* 6 iogurtes ("kink-size",150 ml cada) ... 0,89 € (em vez de 1,30 € a 1,40 € por apenas 4, mais pequenos)

* Garrafão de 5 l de água da Serra da Gardunha ... 0,40 € (em vez de 0,77 € a 0,99 €)

29.8.05

«Cada cabeça...»

Arquimedes - II

UMA vez descoberta uma forma expedita de determinar a área de um círculo, ficava resolvido o problema de calcular o volume de um cilindro cuja base fosse esse círculo.

Mas Arquimedes foi mais longe: provou que o volume de uma esfera é 2/3 do volume do cilindro que a envolve.


Tudo, portanto, recorrendo apenas à medição de segmentos-de-recta, o que não oferecia qualquer dificuldade.

Curiosidade: conta-se que esta descoberta lhe deu tanto prazer que ele pediu que o desenho respectivo (talvez semelhante ao que aqui se mostra) fosse gravado no seu túmulo. Uma pesquisa no Google em «túmulo de Arquimedes» diz que isso foi feito.

Arquimedes - I

NOS tempos de Arquimedes não era fácil calcular áreas de círculos.

Ora ele provou que a área do círculo era igual à do triângulo a verde - essa, sim, fácil de calcular: bastava fazer rebolar a roda, levando-a a dar uma volta completa...

Tempos modernos

(Env. por F. Campos)

Justiça fiscal



IVA do Nestum: 21%
IVA da Coca-Cola: 5%.

(Ver em «Comentário-1»)

Atenção a estas funções

do Google-Earth

NORMALMENTE, os utilizadores limitam-se às vistas na vertical, "de satélite", mas as funções que aqui se indicam permitem rodar a imagem e também incliná-la, para ficar como se mostra ("vista-de-águia").

Podem não acrescentar nada em termos de informação da imagem, mas a ilusão é agradável.

De vez em quando aparecem pessoas

a dizer que não compram livros
porque não têm espaço para eles...




A editora desta abençoada colecção («Grandes obras da literatura universal em miniatura») é a PLANETA D' AGOSTINI.

A encadernação é perfeita, e a lombada também tem letras douradas...

Curiosidade numérica

que às vezes dá jeito:

OS quadrados dos números com dois algarismos e terminados em cinco (15-25-35...85-95) acabam todos em 25, sendo os algarismos anteriores o produto do 1º algarismo pelo que se lhe segue na ordem dos números naturais.

Três exemplos:

O quadrado de 35 é 1225 (pois 3x4=12 e segue-se o 25)
O quadrado de 65 é 4225 (pois 6x7=42 e segue-se o 25)
O quadrado de 95 é 9025 (pois 9x10=90 e segue-se o 25)

28.8.05

As grandes partidas...

MANUEL Alegre bem podia aprender com José Sócrates a arte de fazer citações - que não é tão difícil quanto pode parecer pois, com tantos milhões de pessoas a debitar sentenças, arranja-se sempre alguma adequada à situação.

Esta, de Aquilino Ribeiro, talvez lhe dê jeito:



Claro que não deve faltar quem tenha dito e escrito o mesmo ou algo parecido.

Só que o autor, no título e sub-título desta saborosa obra, refere também "partidas" e "troca-tintas", palavras que, decerto, andam muito no pensamento de Manuel Alegre nos últimos tempos.

Ai, ai...

ATÉ aos meus 17 anos eu era um maluquinho pelo Benfica. Bastava que empatasse (nem sequer era preciso perder) para que me chegassem as lágrimas aos olhos e deitasse as culpas da desgraça para árbitros, fiscais-de-linha e, se necessário, até para o Artur Agostinho que fazia o relato radiofónico e às vezes dizia «Golo do Benfica» em vez de «Goooooooooooolo do Ben-fi-caaaaaa!!!!!!!» - o que, como se sabe (e há dias me lembrava um adepto) é completamente diferente...

Quando ia aos jogos, pagava bilhete para ver 22 jogadores mas só via 11, e apesar de, por várias vezes, ter na minha frente craques como Gilmar, Pelé ou Yashine... era como se lá não estivessem!

Felizmente, a maluquice passou, e agora só me preocupo se os jogos são bons ou maus, independentemente dos clubes que intervêm - portugueses ou não.

E foi com esse espírito isento e desprendido que ontem vi os últimos minutos do Benfica-Gil Vicente onde, no Estádio da Luz, o SLB perdeu por 2-0, com um golo na própria baliza e falhando um penálti.


Ora, quando foi da exposição dos 140 anos do «DN», vi lá a bola usada numa das duas finais dos Clubes Campeões Europeus que o Benfica ganhou.

Junto dela estava uma camisola, já muito velhinha, para a qual olhei demoradamente e com alguma emoção. Seria a de Eusébio? Ou a do saudoso José Águas?

Mas, de súbito, houve uma coisa que me chamou a atenção: no emblema, em vez das letras SLB estava SLS!

Pensei, durante algum tempo, que fosse engano de quem fizera o bordado - algum restauro desastrado de uma peça de roupa com mais de 40 anos.

Mas não. Vim a saber que se tratava da camisola de um outro clube que junta antigos jogadores do Benfica - no tempo em que havia amor à camisola e em que os craques (e isso era ponto-de-honra!) eram 100% portugueses.

Esse clube (que ainda existe) chama-se Sport Lisboa e Saudade.

Ah, como essa palavra diz tudo... especialmente agora!

O castelo de Heidelberga

A PROPÓSITO da gravura japonesa em que se mostra uma tina aquecida por fora, o leitor A. Leitão referiu que, no fabuloso castelo de Heidelberga, os quartos eram aquecidos pelo mesmo sistema. Também lá estive, mas não visitei essa parte.


Inesquecível é também a adega, com os seus tonéis gigantescos.

Como refere esse amigo, havia uma bomba manual para fazer a trasfega de vinho (e de cerveja, talvez) directamente da adega para a sala de jantar...

Este castelo é descrito por Victor Hugo no seu livro «O Reno».

27.8.05

Alguém se lembra disto?

Chama-se «O JOGO DO ASSALTO», está representado na sua posição inicial e, como se pode ver, não podia ser mais simples de jogar.


(Clicar na imagem)

ERA vendido pela MAJORA (se calhar ainda é), mas joguei-o muitas vezes com papel-quadriculado e feijões ou (o que era um luxo!) com 24 tampas de pasta-de-dentes COUTO e 2 de COLGATE.

Preparar o jogo (e coleccionar as tampinhas) dava tanto gozo como o jogo propriamente-dito.

Nota de nostalgia: Dizia recentemente alguém que «hoje-em-dia os jogos já trazem a brincadeira dentro». De facto, onde já vão coisas como os carrinhos-de-rolamentos, as fisgas, as equipas de futebol-de- caricas, as bolas-de-trapos, as zarabatanas com cones de papel, os arcos-e-setas feitos com varetas de guarda-chuva... e tantas outras do género, em que boa parte do gozo consistia, precisamente, em fazermos nós esses brinquedos!

A propósito de pobrezinhos,

um pouco de humor-negro...


O pobrezinho pergunta à menina se não lhe podem dar nada para comer.
Ela vai à cozinha saber e regressa:
- A minha mãe pergunta se o senhor gosta de "carapaus de um dia para o outro".
- Gosto, sim, minha menina! Deus a abençoe!
- Então volte amanhã, que ela vai fazê-los hoje.

A verdadeira inteligência na estrada

NUMA altura em que morre tanta gente no nosso país porque a maioria dos condutores, pura e simplesmente, não sabe guiar, a Volkswagen anuncia a construção de um carro inteligente (o STANLEY) que bem poderia ser fabricado em Palmela.

Pelo menos, por cá teria grande mercado, pois a verdadeira inteligência do veículo está no facto de ser totalmente automatizado e robotizado, e andar sem ninguém (especialmente português...) ao volante.

Gestores da caridade alheia

IMAGINE-SE que aqui se propagandeava:

Por cada visita a este blogue serão doados 1o cêntimos para as vítimas dos incêndios (ou do tsunami, ou das cheias na Índia...).

Claro que, por ser um blogue, ninguém acreditaria, mas há muitos casos de empresas comerciais que adoptam esse princípio e não se dão nada mal com isso...

Eu tive uma tia que, não sendo rica, dava sempre esmola. Mas fazia-o directamente aos «seus pobres e necessitados», nunca aceitando a ideia de dar a Fulano para este entregar a Cicrano.

- O quê? Além de não saber onde iria parar o meu dinheiro, vocês é que ficavam com a fama de caridosos? Vão passear, meus lindos, vão passear...

O povo é quem mais ordena,

o pior é que nem sempre ordena o que a gente quer!

TODA a gente sabe que, em certas condições, com 1000 ou 2000 inquiridos já é possível antecipar, com uma margem de erro pequena, o resultado final de uma votação.

Ora, o referendo anterior sobre o aborto, apesar de não ter sido vinculativo, teve uns milhões de "inquiridos" - e o seu resultado sabe-se bem qual foi. Por isso, quem garante ao PS e ao BE que um novo referendo vai dar, agora, um resultado oposto ao anterior?! Eu, se fosse a eles, não poria as mãos-no-fogo...

Percebe-se, pois, que o PCP (mais próximo da realidade...) defenda que, como o referendo pode dar NÃO, o melhor é aproveitar a maioria parlamentar actual para obter um SIM... (Ver texto em «Comentário-1»).

Pequena alteração em «Comentários»

DADO que este blogue tem sido atacado com spam, foi necessário activar a função de «verificação de palavras».
Assim, quando alguém inserir um «comentário», terá de digitar também algumas letras que aparecem aleatoriamente e que (em princípio e até ver...) os programas de spam automático não conseguem identificar.

A propósito de «veículos a gasóleo»

A propósito de «meter gasóleo»

UM leitor chama a atenção para o seguinte:

Nas bombas de gasolina da Galp, o mais habitual é o gasóleo G-force estar na posição mais à direita (foto da esquerda).

No entanto, na de Palmela estão as duas mangueiras do gasóleo seguidas (outra imagem).

Ora, quem mete gasóleo com frequência e, já sem pensar, deita a mão à mangueira da direita nesta bomba... (Não é preciso dizer mais nada, pois não?).

26.8.05

A propósito de «meter água»...

«Lá-lá-láááá... lá-lá lá-lá lá-lá lá-láááá...» - se bem se lembram, é assim que começa o «Speedy Gonzalez», o hino dos rápido-impunes de todo o mundo "civilizado"!

- Hey, Rosita, come quick!
HOJE, tivemos de gramar (desculpem, mas é o verbo certo) todo o noticiário da TVI com a habitual voz cavernosa - de filme-de-terror - sempre a interromper:
«Individualidade portuguesa apanhada a conduzir a 200 km/h! Para ver já à frente, neste telejornal!»
Ora, quando eu estava à espera que me aparecesse um deputado ou um secretário-de-Estado do género «pintas-acelera», eis que me sai na rifa um pachorrento juiz do Tribunal Constitucional, cujo motorista se desculpou com a pressa de chegar não se sabe onde... com 3 horas de antecedência.
Claro que nem pagou multa nenhuma, nem viu os documentos apreendidos, nem nada que se pareça.
O responsável da BT lá da zona, pelos vistos a única pessoa com a cabeça no seu lugar, explicou:
«Claro! Tratou-se apenas uma questão de bom-senso!».
Já que não nos podem poupar à vergonha daquilo que todos sabemos, ao menos a TVI bem nos podia poupar ao óbvio...
-oOo-
Curiosidade: Em tempos que já lá vão, o carro em que seguia Américo Thomaz foi mandado parar, e o motorista que o conduzia multado por causa de uma infracção qualquer; pois o Senhor Presidente teve uma reacção feliz e de que ainda hoje se fala:
Mandou dar um louvor ao autuante por ter cumprido o seu dever em condições difícieis.

Enquanto uns se preocupam

em poupar água...


... outros gastam-na à-maluca:

À direita vê-se uma máquina-de-costura que funciona ligada à torneira da água; à esquerda, um detalhe do respectivo motor.

Quem disse

que um banho de imersão...

... gasta sempre muita água?

(Gravura japonesa)

«Sócrates entre fogos»

(Texto publicado no «DN» de hoje, da autoria de João Miguel Tavares, e aqui transcrito com sua autorização. Desenho José Carlos Fernandes)

COM uma demissão, uma nomeação e um safari, José Sócrates deitou pela janela fora, num piscar de olhos, todo o estado de graça que tanto se esforçara por conquistar.

A quantidade de asneiras que produziu em tão curto espaço de tempo é digna de Santana Lopes, e levanta as maiores dúvidas sobre a competência governativa do nosso primeiro-ministro.

(Texto integral em «Comentário-1»)

Um antepassado da «Sonotone»

PARECE mais um dos disparates que aqui às vezes se afixam, mas não é...

Como qualquer pessoa pode comprovar, é possível ouvir sons batendo nos dentes (pois os ossos transmitem-nos).

Aqui vemos um grupo de surdos-mudos ouvindo música e canto utilizando um aparelho chamado Audiphone, feito de borracha endurecida e que era... trincado!

Diz-se que Beethoven o terá usado (ou pelo menos experimentado), mas não sei se com ele resultou - pois só funciona com certos tipos de surdez.

«Agora ou nunca»

ou «Nem agora, nem nunca»?
António Costa afirmou hoje em Coimbra que agora «não é altura para andarmos aqui a fazer um concurso sobre as responsabilidades».

Outro inédito infanto-juvenil (*)

COMO a sua «loja de tralhas e porcarias» andava a vender pouco, o Sr. Oliveira cedeu-a a três sobrinhos que a transformaram numa empresa de invenções por encomenda - o famoso Clube-dos-Inventores.


Para receber por e-mail este livro (344 k em Word) basta enviar uma mensagem para medinaribeiro@iol.pt escrevendo apenas em assunto a palavra «clube».

(*) Para ver o anterior clicar aqui.

A propósito de «esclarecer»

Além de, entre outras coisas, querer que eu substitua «kg» por «Kg», o meu novo corrector ortográfico esclarece-me que não devo escrever «eu comecei» mas sim «eu começaram»...

25.8.05

Esclarecidos?

ANTÓNIO Costa, portanto, explicou a Jorge Sampaio que a lei que este queria que se fizesse já está feita - ficámos apenas sem saber quem é que a promulgou...
Na continuação da rábula, o mesmo António Costa esclareceu ainda que o grande problema é que a lei não é cumprida.

Para PR e MAI (cada um na sua especialidade...), não estão nada mal!
Esta é outra imagem encontrada
numa pesquisa em «zangam-se as comadres...»

Uma outra «VISÃO» do problema

(Estas comadres também se zangarão?)

SE bem percebi, as denúncias de corrupção feitas por Paulo Morais (vereador do Urbanismo da C. M. Porto) só desabrocharam agora.

Se se trata de casos recorrentes (como diz), porque não as fez há mais tempo? É que, assim, as pessoas até podem pensar que isso teve ver com o facto de Rui Rio não o querer nas suas listas...

Tudo controlado... olhemos para o lado!

«Conversa tonta, é vezes sem conta!»:

«...Fernando Ruas exigiu, esta quinta-feira, que o vereador do Urbanismo na Câmara Municipal do Porto, Paulo Morais, esclareça as acusações que fez em entrevista à revista Visão, segundo as quais não só terá sofrido pressões enquanto responsável pela habitação, como sabe de outras autarquias do País que cedem a interesses imobiliários».

Já ouvimos esta conversa vezes-sem-conta, e o Sr. Fernado Ruas ainda não percebeu que, ao armar-se em virgem-ofendida (e tomando estas dores como suas) só estar a cobrir-se de ridículo, pois a corrupção (aqui, como na arbitragem, como em qualquer outro lado) é daquelas coisas que toda a gente sabe que existem mas que são muito difíceis de provar (*).

Eu também, em tempos, tive de dar 500$00 (e há 23 anos era dinheiro...) a um fiscal para não me moer mais o juízo. Claro que não o posso provar (não havia ninguém a assistir), mas que dei, dei; e que o assunto se resolveu de imediato, também o posso garantir...

Ah! E não me venham dizer que, com isto, estou a ofender TODOS os fiscais - é que acabei agora mesmo de comer, e não me posso rir muito.

(*) Ver o desenvolvimento deste assunto aqui («Diário Digital») e aqui («Público»)

O relógio ecológico

é que foi, de facto, uma boa invenção!
(Clicar na imagem para a ampliar)

A limpeza das matas

Lê-se no EXPRESSO-online: «O Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu hoje (...) a possibilidade de tornar coerciva a limpeza das florestas».

Lê-se na TSF-online: «O ministro da Administração Interna afirmou, esta quarta-feira, que já existe legislação sobre limpeza coerciva de matas (...)».

NO fim-de-semana passado visitei algumas aldeias em zonas pobres, flageladas pelo fogo.
A propósito da limpeza das matas, aqui fica um apontamento para reflexão, que vem no seguimento de uma demorada conversa que tive com uma pessoa que está longe de ser caso-único:
Uma senhora de 82 anos (a média de idades, nessa e noutras aldeias em redor, é superior a 70), viúva, vive sozinha e tem 18 pequenas parcelas espalhadas por MUITOS quilómetros em redor: cinco oliveiras aqui, 20 pinheiros ali...
Dantes, só para ir e vir, de burro, a algumas delas, demorava um dia inteiro. Hoje, nem sequer lá vai, pois não tem carro, nem burro, nem idade nem saúde para isso.
Ou seja: se, neste momento, arderem essas propriedades (e a maioria já ardeu), ela só sabe disso um ou dois dias mais tarde... e se souber.
Pessoas como ela (a maioria das quais vive sozinha) não têm forças nem dinheiro para fazer limpezas nenhumas - e garanto que bem gostariam, não precisariam de as obrigar!
Mesmo que pudessem pagar (com ou sem subsídios), não há, na região, gente para isso, como também não há para as vindimas, para a apanha-da-azeitona, para o pastoreio, etc.
Entretanto, Governo e PR hão-de, talvez, chegar a acordo sobre as leis... que já existem.

NOTA: Este texto veio a ser transcrito por J. Pacheco Pereira, em «O "Abrupto" feito pelos seus leitores», como comentário a um outro, dele, em que aborda o problema detalhadamente (texto que se transcreve-se em «Comentário-1»).
Foi também publicado no «DN» em 26 Ago 05.

24.8.05

«A falta que faz um nº 10!»

(Crónica de Alfredo Barroso no «DN» de 17 Ago 05, aqui publicada com sua autorização)

COM os preços do petróleo a treparem por aí acima, o País a arder intensamente de norte a sul, a "matança" nas estradas a prosseguir paulatinamente, a Ota e o TGV a balançarem entre o sonho e o pesadelo, a pré-campanha eleitoral para as autarquias a ser dominada por "dinossauros" e "suspeitos", a crise económica e financeira a agravar-se cada dia que passa - confesso que a minha disposição para me entreter com o pontapé na bola esmorece a olhos vistos.

Ao invés do que costumam dizer os crentes "hora a hora, Deus piora".

Já há quem proponha que se apague "a luz ao fundo do túnel", para poupar energia. E até há quem diga que "isto só vai lá" com uma Thatcher ou um Perón.

No fundo, o que faz falta à vida política portuguesa - sobretudo aos nossos dois maiores partidos (o do Governo e o da oposição) - é exactamente aquilo que faz falta ao nosso futebol - sobretudo às equipas que o dominam, rotativamente, há várias décadas um Travassos, um Hernâni, um Coluna, um Jaime Graça, um Rui Costa, um Deco. (...)

(Texto integral em «Comentário-1»)

Etiquetas:

Para os apreciadores do futebol-espectáculo,

um pequeno vídeo a não perder!
PARA ficar de-olhos-em-bico com os malabarismos e dribles de Cristiano Ronaldo, Zidanne, Ronaldinho Gaúcho, Deco, Ronaldo e muitos outros bem nossos conhecidos: http://media.putfile.com/fussball (Tem som)

--
Neste site há muitos outros vídeos interessantes: http://www.putfile.com/top10.php

A propósito dos que «se estão nas tintas»

POR vezes, quando se nos acabam os tinteiros da impressora (mais caros do que a maquineta-propriamente-dita...), lá vamos nós à procura de quem os encha...

Aqui se vê como o problema, em tempos, era resolvido - rapidamente, e quase sem ter de se sair de casa.

«NUP» - Nem Uma Palavra...

NUMA altura em que tanto de fala de poluição, aquecimento global, níveis de ozono, factura energética, desperdício de energia, horas perdidas em engarrafamentos, etc., etc, o que fazem (ou dizem) os políticos (governantes e autarcas) sobre o uso dos transportes públicos?

Estou a pensar no estacionamento selvagem, nas faixas BUS onde toda a gente circula, na paralisia das autoridades... mas também na partilha de carros, nas eventuais portagens à entrada das localidades (ou zonas) congestionadas, etc.

A explicação talvez esteja em notícias como esta, do «Jornal de Negócios» de hoje:

«As Finanças nacionais encaixaram mais quase 300 milhões de euros na cobrança de IVA sobre os combustíveis...»

Concurso de professores

no próximo dia 30 é que os professores do ensino secundário saberão em que escola ficam. Terão de se apresentar nela dois dias depois.

Se bem que a situação não seja comparável à do ano passado, o penúltimo dia do mês também não é propriamente na 3ª semana de Agosto - como teria lógica e foi anunciado.

A propósito de «fast food»...

LEMBRAM-SE do Sr. Alcino Cruz, o industrial de escolas de condução (!!) que foi apanhado a conduzir a 224 km/h?

Na altura, ele argumentou várias coisas em sua defesa:

* Que o carro era seguro e andava muito.
* Que não concordava com os limites de velocidade existentes em Portugal.
* Que na RFA a lei é diferente.
* Que quem provocou uma situação perigosa foi a polícia, quando o mandou parar.

Etc. etc

Entretanto, negou-se a pagar as multas e reclamou.

Viemos hoje a saber que todo o procedimento contra ele... prescreveu.

E no TGV, como será a cozinha?

POR muito bons que possam ser os três candidatos que se perfilam, assiste-se a algo que se assemelha a um «rapar o fundo do tacho».

Que diabo! A nossa democracia não tinha nada de mais fresco para oferecer?!

(Não me refiro ao senhor que está do lado esquerdo da imagem...)