Por Pedro Barroso
O NUNO MELO era o mais bonito e o mais exportável. Preparou muito bem os
dossiers e defendeu-se bem nos debates. Gostei muito. E ofendeu e atacou selvaticamente o Constâncio, pessoa de quem não gosto nada, nem do penteado. Claro que aqueles senhores, antes católicos, hoje populares, apesar de terem tirado o Freitas da galeria, são muito antigos. E são contra o aborto, a eutanásia e outras decisões assim, cujas eu indefectivelmente defendo, em nome da liberdade de escolha. Gente de bem.
Jeans e
blazer, agora sem gravata. O Portas é o mais directo no discurso, sem dúvida. E quando diz aquilo do
sustentar quem não quer trabalhar, quem pode discordar dele? A grande e melhor oposição, se existiu, foi dele. Sem espinhas. Mas toda aquela populice me cheira a peixaria contratada. E como ainda não sei se a Katia Vanessa ficou grávida ou não desde aquele passeio que demos a Cacilhas… não me convém. Desconfiemos.
Portanto, então não. Fica à espera.
O Louçã é um rapaz muito alto e inteligente e explica tudo muito bem, mesmo quando não percebo nada e os outros também não, mas fazem de conta que sim. Eu, sinceramente, até me apetece votar no rapaz, porque se vê logo que é uma sumidade. Pena não deixar falar o Tomé, ter trucidado a divertidíssima e inefável UDP e, sobretudo, ser contra as touradas. Chiça, mas alguém no Ribatejo aguenta uma parvoíce destas? O único espectáculo público em que o árbitro não pode ser comprado? O gozo que eu tenho a ver sair um touro! A festa, as cortesias, os cavalos, os forcados, a cor, a imprevisibilidade. A Arte! O perigo! A adrenalina! Não. Assim também não. Há qualquer coisa de monge nele que me desagrada. E aquela mania do casamento
gay e de combater a depressão das carpas nas barragens, por obstrução ao livre trajecto do seu percurso sexual natural… Ná! Sou gajo. Gosto de gajas. Estou-me nas tintas para a vida sexual das carpas e gosto de touradas.
Por aqui, nesse caso, visto isto, estamos conversados.
Vejamos então o que nos falta. (...)
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