28.2.07
Outra vez?!
Professores
Etiquetas: JL
27.2.07
«ACONTECE...» - Pergunta sem prémio
PERGUNTA: a que Europa pertence cada um deles?
Etiquetas: CPC
O TROVÃO E O RAIO
Etiquetas: NC
A revolta da Madeira
“Rock in Rio” em Madrid
Etiquetas: JL
26.2.07
A saúde está primeiro...- II
A saúde está primeiro...- I
Tem sido, também, brandido o argumento de que «não pode haver um serviço desses em cada esquina» - que estaria certo se não fosse uma inversão da questão, pois não está em causa «dar esses serviços a quem os não tem», mas sim «retirá-los a quem já os tem». Como é evidente (e a par da existência de um ministro desastrado em demasia), é esse o verdadeiro motivo da contestação - ou a sua "fonte", já que falámos da Maria da mesma...
Recordações de Viagens
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25.2.07
Jornais: espécie em vias de extinção
A sondagem
Etiquetas: NBS
24.2.07
MÚSICA E PALAVRAS
Etiquetas: AB
Estatuto andaluz
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23.2.07
Zeca sempre ao fim de 20 anos
Ficámos mais pobres, mais órfãos do saber e do viver.
Hoje, reflectindo o espanto de tantas mortes progressivamente convividas, pergunto-me se não haveria mais do que o cantor no nosso peito. Claro que havia. O Homem, o Filósofo, o Poeta, o Amigo.
Havia seguramente o seu ar desleixado e non chalant, o seu sorriso maroto por detrás dos óculos grossos, a sua atenção desatenta, as suas gaffes proverbiais, a sua indiferença perante o bem parecer, a sua permanente preocupação pedagógica, a sua reflexão inteligente, imediata.
Eram e foram também vinte anos a mais que acumulámos em raiva comedida e erros e saudade. Saudade que passa também por nós próprios, companheiros que cantámos com ele por esses palcos fora talvez algumas horas de sol e ré ao som da chula da Póvoa, que, pelo menos essa, todos nós sabíamos.
- Oh Pedro, tu que tens esse boieiro todo, ataca aí, que eu ando com pigarro...- dizia-me ele com humildade. Disparate! Alguém queria saber de mim? Era ele o desejado, a figura maior do nosso acreditar.
Zeca e outros, era assim que se anunciava.
Por vezes, mesmo sem ele próprio saber que tinha sido anunciada a sua presença naquele sítio e lugar.
E nós, companheiros de palco, éramos os outros. Pacificamente e sem inveja. Com um orgulho imenso de o sermos.
Pois seremos nós, hoje, os outros todos, que lembramos. O povo que deixaste.
Mas o exemplo universal do homem probo e bom, do homem que nada quis para ele e mudou a paisagem sonora de tudo o que crescemos, de tudo o que aprendemos, esse exemplo fica.
Vinte anos já, Zeca?
Foi ontem que morremos todos um pouco contigo.
Se não acreditas, vê só até onde isto já veio parar. Ouve e vê.
E morramos outra vez de susto, neste choupal imenso de agonia e cupidez.
Deixa-me sonhar.
A catedral está ainda toda por fazer.
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A ÚLTIMA CAUSA DA ESQUERDA
Só é pena que não haja mais.
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Royal trambolhão
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22.2.07
A EMEL, a PSP e os políticos
A ACA-M pergunta-se: por que razão chegámos a uma situação em que a fiscalização do estacionamento selvagem em Lisboa é feita por uma empresa municipal e não pela Divisão de Trânsito da PSP?
A resposta parece-nos óbvia: É que durante anos, a DT-PSP, a autoridade policial que podia e devia combater os flagelos lisboetas do estacionamento indevido e do excesso de velocidade, demitiu-se quase completamente da sua função.
Claro que a ACA-M prefere que a DT-PSP faça o seu trabalho e que a CML não tenha esse encargo adicional. Claro que muitos condutores que abusam das falhas do sistema estarão agora irritados porque vão passar a pagar como os outros.
É a vida. Mas, para a ACA-M, a verdadeira questão de fundo é saber de quem foi a responsabilidade política de a DT-PSP se ter demitido da sua obrigação – dado que não consta que os comandos da PSP tomem decisões políticas.
Fazemos assim um apelo à Assembleia da República para que investigue este estranho caso de polícia.
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Comunicado da ACA-M de 21 Fev 2007
A dança e a "contra-dança"
- O senhor não gosta de dançar? - pergunta ela.
- Adoro! - responde ele.
- Então porque é que não dança?
O Grande Maquinista
Vem isto a propósito do facto de, um dia destes (numa reunião com deputados do PS - no seguimento do referendo sobre o aborto), ele ter proclamado: «A nossa reforma é um comboio (...), mas o maquinista sou eu!».
Segundo nos dizem, essa metáfora de teor ferroviário caiu mal entre a assistência - porventura por ter sido proferida no mesmo dia do desastre da linha do Tua. Mas, quanto a mim, teve a vantagem de me fazer vencer a preguiça e me levar, finalmente, a ver o filme «Pamplinas, Maquinista» - que, além de ser um clássico incontornável, tem a vantagem de ser mudo.
Publicado no «DESTAK» de 22 Fev 07
Tempo ao tempo
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21.2.07
Videntes e evidentes
O público da pedreira
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20.2.07
«Cartas de Iwo Jima» - um filme ABSOLUTAMENTE a não perder.
Cristais de colesterol
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Ah, grandes campeões!
Holograma
Na primeira república, Manuel Teixeira Gomes foi um grande político sem nenhuma imagem, enquanto António José de Almeida foi um pequeno político com uma grande imagem. Já em Roma se cultivava a imagem, embora ali existindo gente prudente e sábia capaz de dizer “prefiro que me interroguem por que razão não tenho eu uma estátua em Roma, a que me perguntem porque tenho eu uma estátua em Roma”.
Sócrates continua a mandar em São Bento e tem imagem, apesar de, até agora, só o termos visto ganhar jogos amigáveis. No entanto, ele acredita, secretamente, que triunfará, quando todas as suas utopias e promessas se converterem, finalmente, em realidade. Vamos esperar para o aplaudir e lhe darmos razão ou para nos convencermos de que não passa dum holograma.
«25ªHORA» - «24 horas» de 19 Fev 07
Etiquetas: JL
19.2.07
A propósito de touros...
Como se sabe, a ameaça referida por Carlos Barroco Esperança, em 2002 (na crónica acabada de afixar), veio a concretizar-se pois Jorge Sampaio, sensato, resolveu aplicar o princípio «Se não se consegue proibir, então legalize-se!».
Logo de seguida, a Câmara Municipal de Lisboa, reconhecendo as virtudes de tão sábia filosofia, resolveu que o estacionamento à minha porta (que sempre fora proibido, mas que ninguém respeitava) passasse a ser legal... e pago.
Os Touros de Morte
Junho de 2002
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18.2.07
Humor actual
Etiquetas: director aponta o dedo, incompetentes à solta, não se aponta que é feio, siga a música, tudo bem
O destino em manobras
Etiquetas: NBS
Para pior, já basta assim
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17.2.07
Tiago Monteiro, ó génio português
Etiquetas: JMT
Um plágio inofensivo...
Etiquetas: cada vez me convenço mais que fiz bem em votar em branco, cambalhotas, caos, consciência tranquila, descalabro, descaramento, lata, ruir, siga a música, tudo bem
AGRURAS E ALEGRIAS DO ANÚNCIO CLASSIFICADO
Dizem dela, velha mesmo velha, que vive triste e sozinha, apesar de partilhar a casa grande e escura com o casal sem filhos e com o cavalheiro de posição.
A velha, o casal sem filhos e o cavalheiro de posição vivem todos sob o mesmo tecto, mas na verdade sozinhos, como deles dizem quem os conhece, porque é compreensível que embora coabitando se possa considerar que viva sozinha uma velha mesmo velha, que viu morrer toda a família e todos os amigos, um casal sem filhos com serventia de cozinha e direito a um banho por semana, e um cavalheiro de posição que ocupa um quarto independente, com lavatório de esmalte, a condizer com o bidé e com o balde para a água, por detrás da porta para a escada.
Dizem, portanto, de todos e de cada um deles, que vivem sozinhos – mas não é inteiramente verdade porque, de facto, estão a acompanhá-Ios os espíritos, os fantasmas, ou as almas penadas dos desaparecidos naquele casarão, e que assim podem ser chamados consoante a crença ou a credulidade de cada um.
Os espíritos, fantasmas ou almas penadas despertam sobretudo sons nocturnos, rangidelas e estalidos, toques de cristal no aparador e sarrabulhos inexplicáveis de que ninguém fala na manhã seguinte, nem nunca, naquela casa.
Quando estão todos em casa – a velha mesmo velha, o casal sem filhos e o cavalheiro de posição - não falam entre si, ou apenas se limitam, muito raramente e por motivos práticos, a trocar algumas palavras uns com os outros. Actualmente, nem sequer falam quando ouvem os risos risinhos e gargalhadas que, ao princípio, não entendiam donde vinham nem percebiam o que significavam. Uma tarde, a mulher do casal sem filhos perguntou à velha mesmo velha o que era aquilo, e o cavalheiro de posição veio num alvoroço à cozinha a saber do que se tratava, mas nem a um nem a outro a velha deu qualquer explicação, refugiando-se na posição definitiva de que ela não ouvia nada nem sabia a que se estavam a referir.
Mas a velha sabia do que se tratava. Fora ela quem descobrira o mistério dos risos, risinhos, gargalhadas, estertores, sussurros e gritos. Identificara subitamente a voz duma antiga porteira de Benfica que costumava passar algumas matinées com um construtor civil no quarto independente, muitos, muitos anos atrás.
A pouco e pouco, uns após outros, a velha mesmo velha fora reconhecendo os sons, identificando as vozes, recordando as situações que muitos anos antes tinha ouvido daquele quarto maldito com porta para a escada. Situações que, num caso ou noutro, a tinham deixado até perturbada.
A velha não contou nada a ninguém. Quando a mulher do casal sem filhos lhe perguntou, por uma última vez, esbaforida, o que era aquilo, e num sábado à tarde o cavalheiro de posição apareceu na sala de jantar em pijama a dizer que não aguentava aquela gritaria, a velha mesmo velha desfez um sorriso enigmático e com a frieza distante e intrujona que só os velhos sabem ter disse, duma vez por todas, que não sabia do que estavam a falar e que quem não estivesse bem que se mudasse. Ponto final.
Desde então deixaram todos de fazer perguntas e convenceram-se uns aos outros que aqueles sons saíam das paredes, que as casas conservam vida própria e que, umas mais do que outras, têm as suas próprias recordações. Aqueles sons, diziam uns para os outros, deviam ser isso – recordações da casa, vidas a escorrer das paredes como a humidade no Inverno, enfim, coisas tão antigas que nem a velha mesmo velha sabia.
Ao certo, ao certo, só a velha mesmo velha é que sabia, de facto. E até hoje não o revelou a ninguém. Mas na sua manha, que lhe dá para o que lhe convém, ela sabe que os gritos e gritinhos, os risos e risinhos, todas aquelas gargalhadas, eram de quem há muitos anos passou tardes e noites de amores rápidos ou fortuitos no quartinho com porta para a escada.
Ela não diz a ninguém, como também esconde que quem mexe no aparador é a alma do seu tio Ernesto que se enforcou na nespereira do quintal. Mas sabe que os murmúrios e gritinhos eram de quando aquele quarto se destinava a casais que vinham a Lisboa, antes de passar a ser alugado a cavalheiros de posição.
Etiquetas: JL
16.2.07
CARTAS DE IWO JIMA
Alguém quer, aqui, discutir ou comentar este filme?
NOTA: o trailer aqui apresentado é falado em japonês e não tem quaisquer legendas. No entanto, é possível vê-las (em inglês) num vídeo que, infelizmente, não disponibiliza a opção colocação em blogue [v. aqui].