31.12.05

A campanha

QUER Alberto João Jardim, quer Santana Lopes, costumavam queixar-se das sondagens e da Comunicação Social.

Actualmente, essa tarefa está repartida: Manuel Alegre encarrega-se das primeiras, e Mário Soares não pára de se queixar da segunda.

À primeira vista, poderá parecer que estão à procura de desculpas para um eventual mau resultado nas eleições.

Mas o certo é que, lendo o «Correio da Manhã» de hoje...

Os dias mais longos do ano

COSTUMAMOS dizer que 21 de Dezembro, dia do solstício de inverno, é o dia mais curto do ano. Mas essa afirmação é ambígua. De que dia estamos a falar? Se estivermos a falar do período que decorre entre o nascer e o pôr do Sol, então estamos certos. Ou quase certos... Olhando para um almanaque astronómico, reparamos que em fins de Dezembro há alguns dias em que o Sol está acima do horizonte um segundo menos do que no exacto dia do solstício.

Mas as coisas mudam realmente de figura se falarmos do dia completo. Como definimos então esse dia? Se o definirmos como um período de 24 horas, a pergunta não tem sentido, pois 24 horas são sempre 24 horas e aí não há dias mais longos nem dias mais curtos.

O dia terrestre, contudo, não tem exactamente 24 horas. Se o definirmos, por exemplo, como o período entre dois meios dias solares (momento em que o Sol atinge a altura máxima), verificamos que há dias maiores e dias menores. Devido à inclinação do eixo da Terra, à forma elíptica da sua órbita e ainda a outros factores menores, há dias mais longos e dias mais curtos.

A diferença é de pouca monta. No máximo, são 30 segundos a mais ou 30 segundos a menos em relação ao período de 24 horas. Nada que se veja. Acumulados ao longo de semanas, contudo, esses 30 segundos chegam a valer 16 minutos a mais e 14 minutos a menos. Por essa razão, o tempo marcado pelos relógios solares tem de ser convertido, usando uma regra a que se chama equação do tempo.

O curioso é que agora, em fins de Dezembro, os dias têm cerca de 24 horas e 30 segundos. São os dias mais longos do ano. Quem adivinharia que tal iria acontecer precisamente no princípio do Inverno?!

(Adapt. do «Expresso-online»)

Ainda Simenon

SIMENON (1903-1989) começou a escrever romances aos 18 anos e publicou o seu primeiro Maigret (este «Pietr, o Letão») em 1929.

Ao todo, foram 84 aventuras com essa personagem que em boa hora a editora ASA começou a publicar; já vai no 6º ou 7º volume, com óptimo grafismo e, ao contrário do que lamentavelmente fez a Livros do Brasil na Colecção Vampiro, está a publicá-los POR ORDEM...

E essa publicação por ordem cronológica não é um pormenor pouco importante pois, cobrindo um período de mais de 40 anos, os sucessivos livros vão-nos dando conta da evolução da sociedade.

Embora sendo belga, Simenon descreve essencialmente a realidade parisiense, dando-nos também a conhecer muito sobre a França e mesmo um pouco sobre outros países por onde, por vezes, a acção se espraia.

Faz hoje impressão ler referências (que na altura eram naturais!) à guilhotina - a cortar cabeças de manhã cedo, num pátio de Paris, quando, mesmo ao lado, passavam os primeiros eléctricos a levar as pessoas para o trabalho.

Faz também impressão ler como era habitual o recurso, pela polícia, da privação do sono dos suspeitos até confessarem ("quebrarem", como diziam na gíria). E até mesmo espancamentos dos presos são mais do que sugeridos quando, por várias vezes, é dito que «agora, já não se pode bater neles...».

Também fazem impressão pequenas cenas como estas (escritas em 1929):

Maigret precisa de mandar um recado e, sem se identificar e sem cerimónias, aborda um andrajoso que encontra na rua e ordena-lhe: «Toma cinco francos. Leva este recado».

De outra vez, bate a uma porta e pergunta à empregada que aparece a abrir: «Com quem te encontraste?»

A mesma forma de tratamento brutal por "tu" (a pessoas adultas e desconhecidas) aparece, também, usada para falar com judeus nos anos 3o e 40...

O humor de F' Santos - VI

30.12.05

"Post" aberto

COMO de costume aos fins-de-semana, aqui fica este espaço onde quem quiser poderá, em «Comentários», afixar o que entender.

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Ai, ai...

Afinal, a informática no Estado está apenas a latejar...

«Caiu mal»?

RECENTEMENTE, Medina Carreira perguntou porque é que, para se poupar dinheiro, não se reduzia o número de deputados.
Como se sabe, a ideia não foi muito bem recebida...

Pouco depois, Marques Mendes (que, pelos vistos, precisou de 30 anos para se lembrar disso - mas mais vale tarde do que nunca) pegou na ideia e concretizou-a: sugeriu que passasse a haver apenas 180.
Como se sabe, a ideia não foi muito bem recebida... (*)

Mas talvez tenha sido tudo demagogia, como esta:

... como também seria demagogia-barata vociferar que «em tempos de pedir sacrifícios à rapaziada, o Primeiro-Ministro devia dar o exemplo e evitar ir, com a família, esquiar para os Alpes suíços - especialmente tendo a Serra da Estrela aqui tão perto...»:

(*) Curiosamente, parece que ainda não interiorizaram que tanto 230 como 180 são números pares, o que permite que haja situações caricatas como os famigerados 115-115 do tempo de Guterres.
Aparentemente, podiam fazer a média (que dá 205), e ficavam todos satisfeitos. Mas ficariam mesmo?!

Uma cândida candidata

POR MUITO pouco, e apesar de ter entregue mais do que as 7500 assinaturas necessárias, Manuela Magno não conseguiu resolver o problema que afectava algumas delas, ficando assim impedida de participar na campanha eleitoral.
Segundo alega, muitas Juntas de Freguesia não enviaram, no prazo a que legalmente estão obrigadas, as necessárias certidões de capacidade eleitoral.
Claro que, pelo que conhecemos da realidade nacional, o mais provável é que Manuel Magno esteja cheia de razão.
Mas o certo é que me fez lembrar uma história verdadeira que um dia ouvi Solnado contar - a propósito de falhas que, pura e simplesmente, NÃO PODEM ACONTECER:
Um dia, alguns actores que deviam actuar num teatro do Porto, não chegaram a tempo porque o comboio que os transportava se atrasou mais do que o habitual.
Assim, e como o espectáculo não se podia realizar, foi preciso vir à boca-de-cena explicar à assistência que enchia a sala o que se passara.
No entanto, quando, porventura, se esperava a compreensão do público («Coitados, eles não tiveram culpa que o comboio se atrasasse...») houve alguém que proclamou uma grande verdade:
- Tivessem vindo ontem!

Que não lhe doam as mãos! - II

JÁ QUE vamos mesmo ter de pagar coisas tão indispensáveis como os 24 torpedos que Paulo Portas encomendou para os novos submarinos (e que custarão mais de 46 MILHÕES!), haja ao menos quem ajude ao peditório...

Que não lhe doam as mãos! - I

QUEM não ouviu já as espantosas frases «Se o chefe me chateia, dou parte de doente» ou «Vou meter uns dias de baixa para tratar disso»?


www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=186288&idselect=181&idCanal=181&p=0

Claro que seria muito interessante, também, penalizar os médicos que declaram (e fazem-no «por sua honra»!) que fulano, são-como-um-pêro, está incapacitado para o trabalho. Mas parece que essa é uma guerra perdida...

Louve-se, pois, o esforço deste ministro na luta contra esse e outros hábitos tão portugueses.

Boas!

É POSSÍVEL que, à mistura, haja uma ou outra ordinarice em alguma língua menos conhecida...

Afrikaans - Geseende Kerfees en 'n gelukkige nuwe jaar
Alemão - Froehliche Weihnachten und ein gluckliches Neues Jahr!
Alemão da Pensilvânia - En frehlicher Grischtdaag unen hallich Nei Yaahr!
Amharic - Melkam Yelidet Beaal Árabe - I'D Miilad Said ous Sana Saida
Arménio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Azeri - Tezze Iliniz Yahsi Olsun
Baixa Saxónia (dialecto alemão) - Heughliche Winachten un 'n moi Nijaar
Bengali - Shuvo Baro Din - Shuvo Nabo Barsho
Bohemio - Vesele Vanoce
Bretão - Nedeleg laouen na bloav ezh mat
Búlgaro - Vasel Koleda; Tchesti nova godina!
Catalão - Bon nadal i feliç any nou!
Cantonês - Seng Dan Fai Lok, Sang Nian Fai Lok Choctaw Yukpa, Nitak Hollo Chito
Coreano - Sung Tan Chuk Ha Cornish Nadelik looan na looan blethen noweth
Crazanian - Rot Yikji Dol La Roo Cree Mitho Makosi Kesikansi
Checo - Prejeme Vam Vesele Vanoce a stastny Novy Rok
Cretense - Afvcke Nettvcakorakko
Croata - Sretan Bozic
Dinamarquês - Glaedelig Jul Duri Christmas-e- Shoma Mobarak
Egípcio - Colo sana wintom tiebeen
Esquimal - Jutdlime pivdluarit ukiortame pivdluaritlo!
Espanhol - Feliz Navidad y Próspero Año Nuevo. Felices Fiestas.
Eslovaco - Sretan Bozic or Vesele vianoce.
Esloveno - Vesele bozicne praznike in srecno novo leto.
Esperanto - Gajan Kristnaskon
Estoniano - Rõõmsaid Jõulupühi
Euskera - Zorionak eta Urte Berri On
Faeroese - Gledhilig jol og eydnurikt nyggjar!
Farsi - Cristmas-e-shoma mobarak bashad
Finlandês - Hyvää Joulua or Hauskaa Joulua
Flamengo - Zalig Kerstfeest en Gelukkig nieuw jaar
Francês - Joyeux Noël et Bonne Année!
Frisio - Noflike Krystdagen en in protte Lok en Seine yn it Nije Jier!
Gaelico- Escocês Nollaig chridheil huibh.
Galês - Nadolig LLawen a Blwyddyn Newydd Dda.
Galo - Nollaig chri dheil agus Bliadhna mhath ur!
Galego - Bon Nadal e Ano Novo.
Grego - Kala Christougenna Kieftihismenos O Kenourios Chronos.
Hawaiano - Mele Kalikimaka & Hauoli Makahiki Hou.
Hebreu - Mo'adim Lesimkha. Shana Tova.
Hindú - Shub Naya Baras.
Holandês - Vrolijk Kerstfeest en een Gelukkig Nieuwjaar!
Húngaro -Kellemes Karacsonyiunnepeket & Boldog Új Évet.
Inglês - Merry Christmas and Happy New Year. Season's Greetings.
Islandês - Gledileg Jol og Farsaelt Komandi ar!
Iraquiano - Idah Saidan Wa Sanah Jadidah.
Irlandês - Nollaig Shona Dhuit.
Italiano - Buon Natale e Felice Anno Nuovo. Pace e salute (Córcega)
Japonês - Shinnen omedeto.
Kurisumasu Omedeto.
Latin - Natale hilare et Annum Nuovo!
Letão - Prieci'gus Ziemsve'tkus un Laimi'gu Jauno Gadu!
Lausitziano - (dialecto alemão) Wjesole hody a strowe nowe leto
Lituano - Linksmu Kaledu
Macedoniano - Streken Bozhik
Malayo (Indonesia) - Selamat Hari Natal
Maltês - Nixtieklek Milied tajjeb u is-sena t-tabja!
Mandarin- Kung His Hsin Nien bing Chu Shen Tan
Maori - Meri Kirihimete.
Mongol - Zul saryn bolon shine ony mend devshuulye.
Norueguês - God Jul og Godt Nyttår.
Occitano - Polit nadal e bona annada.
Oriyano - Sukhamaya christmass ebang khusibhara naba barsa.
Papua Nova Guiné - Bikpela hamamas blong dispela Krismas na Nupela yia i go long yu.
Pashto - De Christmas akhtar de bakhtawar au newai kal de mubarak sha.
Polaco - Wesolych Swiat Bozego Narodzenia.
Português - Boas Festas e um feliz Ano Novo. (Confere...)
Punjabi - Nave sal di mubaraka.
Pushto - Christmas Aao Ne-way Kaal Mo Mobarak Sha.
Rapa-Nui Mata-Ki-Te-Rangi.
Te-Pito-O-Te-Henua.
Rhetiano- Bellas festas da nadal e bun onn.
Romanche - Legreivlas fiastas da Nadal e bien niev onn!
Romeno - Hristos s-a Nascut si Anul Nou Fericit.
Russo - Pozdrevlyayu s prazdnikom Rozhdestva is Novim Godom.
Sami - Buorrit Juovllat
Samoano - La Maunia Le Kilisimasi Ma Le Tausaga Fou.
Sardo (Sardenha) - Bonu nadale e prosperu annu nou.
Sérvio - Hristos se rodi.
Sérvio-Croata - Sretam Bozic.
Vesela Nova Godina. (?)
Singalés (Sri Lanka) - Subha nath thalak Vewa.
Subha Aluth Awrudhak Vewa. (?)
Sorbian (Dialecto alemão) Sorbian - Wjesole hody a strowe Nowe leto.
Somali - Ciid wanaagsan iyo sanad cusub oo fiican.
Swahili - Krismas Njema Na Heri Za Mwaka Mpya.
Sueco - God Jul och Gott Nytt År.
Sudanês - Wilujeng Natal Sareng Warsa Enggal.
Tagalog (Filipinas) - Maligayang Pasko at Manigong Bagong Taon.
Tamil - Nathar Puthu Varuda Valthukkal.
Tailandês - Suksan Wan Christmas lae Sawadee Pee Mai.
Tongano - Kilisimasi Fiefia & Ta'u fo'ou monu ia.
Trukeese - Neekirissimas annim oo iyer seefe feyiyeech! Turco - Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Kutlu Olsun.
Ucraniano - Veseloho Vam Rizdva i Shchastlyvoho Novoho Roku!
Urdu - Naya Saa l Mubarak Ho.
Vietnamita - Chuc Mung Giang Sinh - Chuc Mung Tan Nien.
Yugoslavo - Cestitamo Bozic.
Zulú - Sinifesela Ukhisimusi Omuhle Nonyaka Omusha Onempumelelo.

(Env. por Pedro D' Ajuda)

O humor de F' Santos - V

29.12.05

Cavalarias altas

COMO se sabe, os nossos candidatos presidenciais (parece que com a saudável excepção de Louçã) perderam a cabeça quando souberam que eram alvo de apostas, e Mário Soares, porventura exprimindo bem o sentimento dos outros, proclamou:
Presume-se, pois, que nunca qualquer deles jogou no Totobola onde, semanalmente, se pode apostar naquilo que, pelos vistos, devem considerar uma «manada de 286 cavalos» (sem contar com os suplentes, claro).

«Uma pergunta curiosa» - Resposta

A ciclóide:

Um ponto de uma circunferência rodando (sem escorregamento) sobre uma linha gera uma curva chamada ciclóide

NOTA: Atenção aos preciosos Comentários-2 e 3 feitos sobre este assunto.

Critérios ou "descritérios"?!

COMO se sabe, o pessoal da limpeza urbana da C. M. do Porto tem estado em luta porque lhe foi retirado o subsídio de trabalho nocturno que recebia há 31 anos.
Enquanto esperamos para ver se há igual zelo no que toca à justa integração dessa verba no ordenado, estejamos atentos ao que vai suceder noutros lados:

Aceitam uma sugestão?

A TODA a hora ouvimos histórias trágico-cómicas acerca de uma estranha coisa que pretende ser a informática do Estado: Justiça, Segurança Social, Educação, Finanças...



Hoje foi esta:

Ora, como também nos estão sempre a dizer que há funcionários públicos a mais, porque é que não começam por pôr a mexer os responsáveis por estas recorrentes vergonhas nacionais, pelos vistos uma tropa-fandanga de incompetentes em roda-livre que só servem para chatear e que (ainda por cima!) tão caros nos saem?

O humor de F' Santos - IV

?!

28.12.05

Praça do Areeiro, Lisboa

Foto acabada de tirar e enviada por JESCA

Portugal dos pobrezinhos faz "economias"

(...) A 28 de Junho, Pedro Santana Lopes, à data presidente da autarquia, mandou suspender a demolição da casa e anunciou que iria abrir um processo de valorização e tentar uma permuta com o actual proprietário, o ministro da Economia, Manuel Pinho (...).
---
NOTA: Em «Comentário-4» está uma carta enviada para vários jornais; foi publicada no dia 30 Dez 05 no «Público/Local».

Conversa de info-trôpegos

EM TEMPOS que já lá vão, era frequente termos de ouvir conversas-parvas, quase sempre da boca de incompetentes ou info-analfabetos, a garantir-nos que «a culpa foi do computador».


Mas o certo é que ainda em 2002 fui confrontado com uma frase semelhante:
Mudei de emprego em Janeiro desse ano e, em Setembro, vim a saber que os descontos feitos pelo meu novo patrão não estavam a «dar entrada» - facto que a senhora da Segurança Social teve a bondade de me explicar recorrendo ao seguinte desabafo: «Desde que meteram a Internet nisto...»

http://jn.sapo.pt/2005/12/28/economia/pagamento_abono_familia_atrasado_por.html

De facto, quando a incompetência é muita, aquilo que é feito para ajudar torna-se, afinal fonte de complicações!

NOTA: Se isto não fosse um blogue de pessoas bem educadas citava, sem as estrelinhas, um velho ditado: «A quem não sabe f**** até os t****** estorvam».

É velha mas tem graça

A BITOLA dos caminhos-de-ferro dos EUA é de 4 pés e 8,5 polegadas.

Porque foi usado este número?

Porque era esta a bitola dos caminhos-de-ferro ingleses e, como os caminhos-de-ferro americanos foram construídos pelos ingleses, esta medida foi a usada.

Porque é que os ingleses usavam esta medida?

Porque as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas que construíam as carroças antes dos caminhos-de-ferro e utilizaram as mesmas bitolas das carroças.

Porque era usada a medida (4 pés e 8,5 polegadas) para as carroças?

Porque a distância entre as rodas das carroças deveria caber nas estradas antigas da Europa que tinham esta medida.

E porque tinham as estradas esta medida?

Porque estas estradas foram abertas pelo antigo império romano aquando das suas conquistas, e estas medidas eram baseadas nos carros romanos puxados por 2 cavalos.

E porque é que as medidas dos carros romanos foram definidas assim?

Porque foram feitas para acomodar 2 traseiros de cavalo!

Finalmente...

O vaivém espacial americano, o Space Shuttle, utiliza 2 tanques de combustível (SRB - Solid Rocket Booster) que são fabricados pela Thiokol no Utah.

Os engenheiros que projectaram estes tanques queriam fazê-lo mais largos, porém, tinham a limitação dos túneis ferroviários por onde eles seriam transportados, que tinham as suas medidas baseadas na bitola da linha, que estava limitada ao tamanho das carroças inglesas que tinham a largura das estradas europeias da época do império Romano, que tinham a largura do cu de 2 cavalos.

Conclusão:

O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia é baseado no tamanho do cu do cavalo romano!

(Env. por leitor anónimo)

«A noiva cadáver»

ESTE filme, para ser devidamente apreciado, tem de ser visto com MUITA atenção pois, além dos diálogos estarem cheios de trocadilhos intraduzíveis (como «is candle/scandal», «Bonaparte/Bones apart»), há cenas cujo humor facilmente escapa:

Uma aranha «viúva-negra» aparece a consolar «a viúva do filme», um pianista cego é uma homenagem a Ray Charles, etc. etc.

O ideal é ler o máximo possível acerca deste filme antes de o ir ver para que se possa saboreá-lo muito para além do espantoso trabalho de animação e do impagável humor (negro e não só...) que o atravessa de uma ponta à outra.

Curiosidade comercial

TEM sido natural motivo de preocupação o aumento das importações de produtos chineses - cujo valor se cifrou, este ano, em 23%.

No entanto, e no sentido inverso, as exportações portuguesas para esse país cresceram 40%.

(Valores referidos no «DN» do dia 6 p.p. e citados hoje por Sarsfield Cabral )

O humor de F' Santos - III

27.12.05

Uma curiosidade probabilística

SABIAM que, se estiverem reunidas 20 pessoas, a probabilidade de duas delas terem nascido no mesmo dia é de cerca de 50%?

Como é isso possível?!

(Texto integral em «Comentário-1»)

O tsunami de 2005 - III

TODOS nos recordamos que, aquando do maremoto de 26 de Dezembro do ano passado, o sistema de alerta de tsunamis, no Pacífico, até funcionou e, apesar de não pertencer aos países que viriam a ser mais afectados, o alarme teria servido para poupar MUITOS milhares de vidas se tivesse chegado a tempo aos interessados. Mas, ou por ser domingo ou por qualquer outro motivo (nomeadamente por deficiências de comunicações), tal não sucedeu.

Mais escandaloso, ainda, foi o que se passou na costa oriental de África, onde o tsunami demorou mais umas horas a chegar e onde as pessoas foram apanhadas totalmente desprevenidas.

Como se sabe, os portugueses também têm uma história dramática desse género para contar, pelo que todos nós, nessa altura, nos interrogámos: «e se fosse cá?» - pergunta que, evidentemente, já caiu no esquecimento...

Entretanto, lá para os lados da Ásia, está a fazer-se qualquer coisinha:

As Nações Unidas estão a coordenar um projecto internacional para a instalação de equipamentos de detecção precoce, a Tailândia está a instalar umas torres, a Índia está a tratar disso... e o Sri Lanka, talvez devido à influência dos portugueses de quinhentos... não tem nada em marcha mas... já aprovou legislação!

NOTA: Algumas destas entidades queixam-se de falta de verbas, realidade essa que deverá ser confrontada com a outra (aqui referida ontem) que nos diz que há verbas em excesso (!) e que, por isso, ainda não foram entregues...

O tsunami de 2005 - II

A experiência secreta

Os jornais acabam de dar conta da fuga de dois presos da cadeia de Alcoentre utilizando uma lima. Isso fez-me recordar esta história, em tempos publicada na revista «VALOR».

A experiência secreta

Estava eu muito sossegado, quando o Salvador me telefonou pedindo ajuda e adiantando que se tratava de um trabalho extremamente interessante.

Por isso, assim que pude, "desenfiei-me" do emprego e fui até ao seu escritório (...) (Texto integral em «Comentário-1»)

11 500 000!!


AO PRINCÍPIO ainda pensei que fosse engano, mas o número aparece repetido em vários jornais:
Em Portugal há 11,5 MILHÕES de clientes registados de telemóveis.
Ou seja: mais do que a população toda...
Passa-se o mesmo com os cartões (de débito + crédito), apesar de, nos estabelecimentos comerciais, se continuar a ver a maioria das pessoas a pagar em numerário...

Que raio de título!

DE VEZ em quando, o «DN» (especialmente o online) surpreende-nos com umas paginações esquisitas...

O humor de F' Santos - II

26.12.05

O tsunami de 2005 - I

«A comunidade internacional organizou um peditório cujos resultados ultrapassaram todas as expectativas mais optimistas. De tal forma, que as receitas para distribuir foram consideradas excessivas para as necessidades. (...) até agora os Estados Unidos ainda têm retidas 30% das receitas recolhidas e a Europa 60%». http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=24756145

JULGO que já aqui falei de uma falecida tia minha, pessoa muito bondosa, e que nunca negava uma esmola ou um auxílio a quem lhe pedisse ou ela achasse que necessitava.

Mas fazia-o com uma condição: o que tinha a dar, dava PESSOALMENTE, nunca entregava a "A" para entregar a "B".

«Que garantias tenho eu que o que dou chega a quem precisa?» - questionava ela.

De facto, são inúmeras as histórias de dinheiros que vão a caminho mas nunca chegam ao destino.

Hoje, ficámos a saber de uma nova modalidade perversa: o dinheiro que, ao fim de um ano, nem sequer vai a caminho!

A postos para as apostas?

ALÉM das empresas de sondagens e da Comunicação Social, apareceu agora mais um alvo para quatro dos nossos candidatos presidenciais:

A Betandwin!

Cavaco, Soares, Jerónimo e Alegre (apoiados pela CNE) reagiram muito mal quando souberam que eram objecto de apostas a propósito das presidenciais e a empresa acabou por as cancelar.

Curiosamente, elas prestavam-se a interpretações muito interessantes...

Pagos à peça?

JÁ TODOS ouvimos falar, nem que seja na brincadeira, de oficinas de reparação de pneus que semeiam pregos nas estradas perto delas...
Será que vai passar também a haver indivíduos pagos para partir cabeças de incautos que passem perto dos bancos dos hospitais?!

E se fossem à ...?!!

COMO muitos milhares de portugueses, também eu penei "o tempo que se imagina" nas filas das Finanças para cumprir o que a lei mandava.
Mas só me posso queixar de mim, pois já tinha idade para saber que estava a perder tempo!

Falsas frases-falsas?

DE VEZ em quando, aparecem pessoas a garantir que certas frases famosas, afinal, nunca foram escritas (ou pronunciadas).

Vejamos três casos:

1 - O mais certo é que Galileu, depois do susto que apanhou, nunca tenha dito o «Eppur si muove»E contudo ela move-se»). A frase deve ter sido inventada para salvar a face dele para a Posteridade...

2 - Também estou farto de ouvir dizer que, em «Casablanca», Bogart nunca chega a dizer «Play it again Sam». Mas isso vou tirar a limpo um dia destes, pois um amigo meu, que tem o DVD, garante que - sim senhor - a frase vem lá.

3 - Quanto à famosa expressão «...elementar, meu caro Watson» (que ainda ontem me garantiam que nunca foi escrita), ela pode ser lida na novela «O doente internado» (pelo menos na tradução de "Livros do Brasil", pág. 230):

(Holmes, numa cena decalcada de Pöe, descobre o que Watson está a pensar).

«O silêncio é de ouro»,

«O calado é o melhor»
ou «Não digas mais, que não é preciso»

Não levem a mal a pergunta...



... mas num país em que as leis são meras sugestões, em que os cheques carecas são o pão-nosso-de-cada-dia
e em que a fuga-ao-fisco é um desporto nacional (que até parece ser encorajado pelo Estado)... o que é que se esperava?

Já agora, vamos ver o que acontece aos brincalhões.

Mas será arriscado apostar que não lhes vai acontecer absolutamente nada - para além de (e eventualmente!) serem convidados, com muito bons modinhos, a corrigir a situação («quando puderem e tiverem tempo e disposição»)?

O humor de F' Santos - I

ESTE é o primeiro cartoon de uma série de vinte que F' Santos (*) nos ofereceu sobre o tema do urbanismo.

(*) Ferreira dos Santos é arquitecto urbanista. Alguns cartoons seus, sobre assuntos da actualidade nacional, já aqui foram apresentados.

23.12.05

"Post" aberto

COMO de costume aos fins-de-semana, aqui fica este espaço onde quem quiser poderá, em «Comentários», afixar o que entender.

Entretanto, bom fim-de-semana! Regresso a este blogue no domingo à noite.
Ou antes: será melhor na segunda-feira...

Próximos posts (possivelmente...):

* Porque é que Mário Soares me fez recordar Sttau Monteiro?
* De que é que o fisco estava à espera?!
* Apostas em candidatos?
* Crucifixos nas escolas - Outras formas de ver um problema que já enjoa.
* Um ou dois cartoons de F. Santos

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Os atrasados

JÁ SE SABE que mesmo as acções mais ignóbeis encontram sempre quem as defenda.

Por isso, não estanhei quando, recentemente, duas pessoas minhas conhecidas defenderam a tese - sem fazer humor - de que «não tem mal nenhum que os jogadores do V. Setúbal estejam com dois meses e meio de salários em atraso, pois ganham muito; e assim até jogam melhor, como se tem visto ultimamente».

Ora sucede que eu tenho alguma confiança com uma delas, pelo que me preparei para contra-argumentar.
Mas, depois, pensando melhor, achei preferível não perder tempo com isso - e mudei de assunto:

- Mas diz-me lá o que é que fazes aqui por estes lados? - perguntei-lhe.

- Vim ter com a patroa - respondeu-me, sorridente - Vamos às compras, e até já estou atrasado...

E, sem esperar por mais perguntas, esclareceu:

- A malta hoje não trabalha. Estamos em greve por causa dos salários em atraso.
--
Este texto veio a ser publicado no «Público» em 28 Dez 05

Para combater o défice, uma nova fonte de receitas para o Estado.

Não, não me refiro a confiscar as carteiras de todos os velhinhos que jogam à bisca; a minha ideia era a criação de um IMPOSTO SOBRE O RIDÍCULO.

Hummm...

«Para mentir sem mentir, basta a verdade omitir» (*)

(*) Não é do António Aleixo... mas bem podia ser

22.12.05

Fair-Play

POR CONTRASTE com as parvoíces e más-criações de putos-mimados que por aí andam à solta, gostaria muito de poder disponibizar aqui um vídeo espantoso que o leitor Vítor Coelho enviou.

Nele, podemos ver uma cena em que há um jogador lesionado, e um outro, da equipa adversária, marca um golo.

Pede desculpa, mas, como o tento foi validado, a solução foi... oferecer um outro golo ao contrário!

O vídeo tem 2,8 Mega. Para o receber, basta enviar um e-mail para medina.ribeiro@gmail.com escrevendo em Assunto FAIR-PLAY.
Dado o tamanho do ficheiro, o envio será feito com BCc para vários endereços ao mesmo tempo.