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NOTA: acaba de ser actualizado o Blogue-Arquivo Humor Antigo com as anedotas ilustradas 5 a 16 do ano 1936.
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A SOCIEDADE LUSA de Negócios (SLN) contratou Miguel Cadilhe, considerado o José Mourinho das finanças. Ordenado: 700 mil euros por ano. Dá 10 mil contos mês, 14 meses por ano. Gosto do pormenor do brinde dos 14 meses, que permite dobrar os 10 mil contitos, nas férias e no Natal, não ficassem eles curtos nos meses em que se gasta mais. Mas ordenado é ordenado, e o homem precisava de almofada psicológica. Daí, a SLN ter adiantado, à cabeça, 10 milhões de euros para Cadilhe. Leram bem: 10 milhões de euros e à cabeça. Reivindicação justa. Por um lado, é mais ou menos o que Mourinho ganha no Inter. Por outro, ele tinha uma reforma vitalícia por ter trabalhado na administração do BCP e ficava sem ela se, entretanto, encontrasse um biscate. E que trabalho foi esse no BCP, para a tal reforma vitalícia? Dois anos. Adiante, a SLN cobriu, pagou os 10 milhões. Isto é, de tanga, a SLN pediu à sua casa mãe, o BPN, o dinheiro. Deram-lho, claro. Mais buraco, menos buraco, o BPN é generoso. A SLN e o BPN afundaram. O José Mourinho, o vero, ganhou o campeonato italiano.
«DN» de 30 de Maio de 2009
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Por João Paulo Guerra
A notícia veio no Público e brada aos céus: a má qualidade da legislação portuguesa custa ao Estado 7,5 mil milhões de euros por ano, qualquer coisa como 4,5 por cento do PIB, segundo estimativa do Centro Jurídico da Presidência do Conselho de ministros.
ISTO É: com melhores legisladores, e fora de tempos de crise, não seriam precisos tantos sacrifícios dos portugueses para respeitar o tecto dos 3 por cento do PIB para o défice. Portanto: a legislação é má e os legisladores - 230 deputados, 17 ministros, 35 secretários de Estado - saem caríssimos.
Com tal verba envolvida - e o Centro Jurídico da Presidência do Conselho admite que o prejuízo possa ser maior - o Estado recorre cada vez mais ao ‘outsourcing'. Quer dizer: encomenda as leis a escritórios de advogados. Mas então, perguntarão, para que serve o Estado? O Estado serve para receber e pagar. E o dinheiro dos contribuintes paga não só o funcionamento, como também paga, por fora, a incompetência do Estado e dos respectivos agentes.
A participação de escritórios de advogados no processo legislativo cria um problema de eventual conflito de interesses, acrescido ao possível conflito que advém da presença em massa de advogados nas bancadas parlamentares, como tem denunciado o bastonário da respectiva Ordem. E esta não é questão de somenos importância.
A má qualidade das leis, por outro lado, é um factor de peso na péssima qualidade da democracia. A fúria legislativa com leis feitas à pressa e eventualmente à pressão, a legislação desenquadrada das realidades, os vícios de forma e erros de estilo e linguagem, os erros até no português - não de lei mas das leis - fazem da democracia portuguesa uma espécie de democracia. E uma espécie menor, diga-se.
«DE» de 28 de Maio de 2009
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A IGREJA CATÓLICA, perante a perplexidade dos crentes, encontra-se sob o escrutínio severo da comunicação social, dos pais e da maioria dos cidadãos. A moralidade que apregoa é posta em xeque pelos escândalos que a devoram.
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Por João Paulo Guerra
O caso dos radares que deveriam vigiar a costa portuguesa, ontem relatado pelo DN, confirma o diagnóstico: Portugal está transformado numa caricatura de país.
AQUI SÓ FUNCIONAM a sério, sem entraves e até com facilidades, as negociatas e só se apresentam limpos os ramos de actividade insuficientemente investigados. A missão dos sete radares seria a vigilância da costa em relação às ameaças de traficantes, contrabandistas e até - imagine-se! - terroristas. Pois dos sete radares, cinco estão desligados e dois só funcionam às vezes, porque caducou e não foi renovado o contrato de manutenção. De maneira que na era dos radares, Portugal vigia a costa... com binóculos. Nem sequer é como nos tempos dos piratas: é de dia, por turnos e nos horários normais de expediente.
De onde se conclui que a grande paranóia da vigilância tem excepções. Portugal encheu avenidas de cidades de radares que não servem praticamente para nada, mas deixou paralisar os radares que vigiam uma costa marítima de dimensão imensa. Quer isto dizer que o que verdadeiramente preocupa os maníacos da vigilância não é a segurança do país ou das pessoas. É a montagem de uma rede, para o que der e vier, para manter os cidadãos sob observação do ‘Big Brother'. Ou seja: a paranóia da vigilância deu lugar à psicose da espionite.
O escritor norte-americano O. Henry inventou a expressão República das Bananas por referência às Honduras, no início do século passado. Hoje, o escritor chegaria à conclusão que não é a produção bananeira, nem sequer a United Fruit Company, que fazem tal tipo de República. Qualquer tipo ou casta de mamão, quaisquer frutas ou frutos, deiscentes, indeiscentes ou indecentes se podem aplicar ao rótulo desta República
«DE» de 27 de Maio de 2009
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Por Nuno Crato
EM 1919, A TEORIA da relatividade de Einstein, formulada em 1905 na sua versão restrita e em 1916 na sua forma geral, era já famosa entre os investigadores, mas era ainda desconhecida do público e ainda muito pouco referida nas universidades. Era então, em grande parte, uma formulação matemática que explicava fenómenos paradoxais sobre o comportamento da luz, mas que não tinha sido objecto de nenhum teste decisivo. A ocasião surgiu em 1919, com um eclipse total que permitiria registar a luz das estrelas passando perto do Sol. Nesse alinhamento, as estrelas tornam-se invisíveis para nós, pois o muito maior brilho do Sol esconde-as. (...)
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Por António Barreto
A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do “Manual de Aplicadores” não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas. (...)
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